Quando as amígdalas devem ser removidas?
As amígdalas estão localizadas na região da garganta e a sua função é produzir anticorpos para o sistema respiratório. No primeiro ano de vida, elas atuam como uma proteção contra vírus, bactérias e fungos que podem afetar o bebê.
Por que em certos casos o médico pode recomendar a remoção das amígdalas? Em seguida, veremos algumas questões sobre as dúvidas de muitos pais e mães sobre esse assunto.
As tonsilas faríngea (adenoide), palatina (amígdala) e lingual formam o chamado anel linfático de Waldeyer. Esse canal constitui um sistema de defesa para o organismo. No entanto, quando certas inflamações afetam a saúde do paciente, é recomendável que as amígdalas sejam removidas, como indicam alguns especialistas.
Em que casos as amígdalas devem ser removidas?
Existem duas causas principais pelas quais as amígdalas devem ser removidas: amigdalite e apneia do sono. A primeira está relacionada à inflamação das amígdalas. Trata-se de uma das doenças mais frequentes da infância e é chamada de amigdalite. A segunda, chamada de apneia do sono, ocorre quando existe uma obstrução nas vias aéreas durante o sono.
Em ambos os casos, um otorrinolaringologista é quem deve determinar se há a necessidade de um tratamento cirúrgico ou não. Quando as infecções da garganta são recorrentes, a possibilidade de remover as amígdalas se torna uma opção.
A questão é: qual deve ser a frequência da amigdalite para realmente que uma cirurgia seja realmente necessária?
No caso de crianças de até 12 anos, se considera a remoção das amígdalas quando ocorrem seis infecções ou mais por anos e por, pelo menos, dois anos consecutivos.
Quanto à apneia do sono, trata-se de um distúrbio que causa interrupções na respiração durante o sono. Isso implica não apenas uma noite mal dormida e uma jornada de sonolência, mas também leva ao risco de transtornos mais sérios.
A cirurgia pode ser evitada nesses casos?
Atualmente, recorrer a intervenções cirúrgicas é geralmente o último recurso para os pacientes. Contudo, até pouco tempo atrás, operar as amígdalas era muito comum. De fato, as amígdalas eram removidas ao menor sinal de inflamação.
A diferença é que, hoje em dia, a intenção é permitir o desenvolvimento natural e completo do sistema imunológico e dos anticorpos nas crianças. Na verdade, o fato de crianças menores de 5 anos sofrerem de amigdalite não é apenas normal, mas também desejável, uma vez que produzirão defesas que serão úteis para a vida toda.
O otorrinolaringologista geralmente considera necessário recorrer a uma cirurgia em casos nos quais o paciente apresenta problemas respiratórios ou problemas auditivos, com riscos de sequelas na vida adulta.
Quando uma criança apresenta infecções virais ou bacterianas frequentes, é imprescindível seguir as recomendações do pediatra à risca. Seguir os tratamentos adequados em cada caso e não expor a criança a situações de novas infecções é uma maneira de dar tempo ao seu sistema de defesa para prevenir novas recaídas.
Por sua vez, a apneia do sono se manifesta por meio do ronco. Em geral, as crianças que têm muito muco podem respirar pela boca enquanto dormem. No entanto, se a dificuldade respiratória for constante e muito ruidosa, não hesite em consultar o médico da criança.
Em que consiste a cirurgia para remover as amígdalas?
A operação para remover as amígdalas é simples e relativamente rápida. Por outro lado, é necessário pelo menos 10 ou 20 dias de descanso no período pós-operatório.
Esse longo período de repouso é recomendado porque as hemorragias podem ocorrer mesmo dez dias depois da operação. É importante prevenir os riscos derivados dessa intervenção.
As cirurgias são realizadas com crioterapia e laser, embora a adenotonsilectomia seja o método mais utilizado para remover as amígdalas. Os pacientes recebem anestesia geral e devem estar em jejum para o procedimento.
Em relação ao período pós-operatório, tanto as crianças quanto os adultos precisam de apenas duas horas de recuperação no hospital e logo recebem alta.
Em suma, para remover as amígdalas é necessário um conhecimento profundo do histórico clínico de cada paciente pelo otorrinolaringologista.
A cirurgia é relativamente simples, embora necessite de cuidados adequados no pós-operatório. Então, depois que as primeiras três ou quatro semanas de descanso tiverem passado, a qualidade de vida de crianças e adultos melhora consideravelmente.
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