Quando um filho ri, há por trás uma mãe feliz

Quando um filho ri, há por trás uma mãe feliz
Valeria Sabater

Revisado e aprovado por a psicóloga Valeria Sabater.

Escrito por Valeria Sabater

Última atualização: 11 outubro, 2022

Quando uma criança ri o mundo fica mais calmo, e a própria vida mais feliz. Porque a infância e a existência de toda criança deveria estar rodeada de risadas e gargalhadas naquelas bochechas em que aparecem as covinhas de felicidade que toda mãe adora observar. Porque não há melhor música para uma mãe do que a risada do seu filho.

Uma coisa curiosa e ao mesmo tempo encantadora nas crianças é que, diferentemente dos adultos, elas não percebem todas as normas sociais e caem na gargalhada quando alguém as diverte ou chama sua atenção. Os bebês e as crianças entre 2 meses e 5 anos vivem nessa fase tão importante na qual não há normas culturais rígidas, na qual se você gosta de alguma coisa ou se diverte com isso, pode dar gargalhadas livremente.

Por sua vez, poucas coisas são tão contagiosas como ouvir uma criança dando risada. Esse gesto tão característico da nossa espécie e que, por sua vez, está no código genético que nos constitui como seres sociais, é um ato de poder que nos une uns aos outros. É por isso que gostamos tanto das risadas das crianças.  É o reflexo da vida que se expande, da nossa sociabilidade, e dessa conexão que estabelecemos uns com os outros por meio da cumplicidade.

Por outro lado, uma coisa que tanto os pediatras quanto os especialistas em desenvolvimento infantil dizem é que o verdadeiro sorriso social, ou seja, aquele sorriso que procura “intencionalmente” nos conectar com as outras pessoas aparece entre os 7 e os 8 meses de idade. Até essa idade, uma criança pode sorrir e dar gargalhadas, mas esses gestos são reflexo do seu estado emocional, é a felicidade e o prazer em estado puro, mas sem ainda existir essa busca expressa de querer chamar a atenção da mamãe e do papai ou de conseguir fazer com que eles sorriam também.

Hoje em “Sou Mamãe”, queremos falar sobre as risadas, aquelas risadas que inflamam o coração de qualquer pai e mãe. O reflexo mais verdadeiro de que estamos agindo corretamente…

As meninas riem mais que os meninos

Estamos certos de que ao ler isso muitas mamãe vão pensar que seu menino passa o dia todo sorrindo. É claro que há diferenças individuais, mas assim como é explicado em um artigo publicado no espaço “Psychology Today”, em média, as meninas sorriem mais que os meninos por uma razão específica: a testosterona.

Esse hormônio sexual marca parte do nosso caráter e, sobretudo, a tendência de ser mais ou menos reservado emocionalmente.

Mães que riem frequentemente, crianças que sorriem muito mais

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Esse momento de cumplicidade mágica que se estabelece entre mãe e filho durante a amamentação no peito ou na mamadeira é o momento mais propício para criar esse despertar de emoções positivas, no qual os olhares e os sorrisos constituem a primeira linguagem. E não podemos nos esquecer: é um tipo de linguagem poderoso que produz mudanças maravilhosas no cérebro da criança.

  • Os bebês têm um campo de visão muito limitado. Assim, os primeiros rostos que aprendem a diferenciar são aqueles que sempre estão próximos.
  • Dessa forma, se desde cedo eles se acostumam com rostos iluminados por belos sorrisos e pelo som de gargalhadas, vão entender imediatamente que estão frente a um gesto agradável, um gesto que relaxa e que, por sua vez, vai ajudar a “se conectar” com o papai e a mamãe. Como não imitar essa pessoa que tanto amo?

Entre os 6 e 12 meses, o bebê vai experimentar muitos tipos de risadas e gargalhadas

A partir dos 6 ou 7 meses o bebê vai apresentar um leque bem interessante de emoções. É comum que ele vá do choro ao riso ou ao contrário. Também é normal que demonstre grande interesse pelo ambiente ao seu redor e que busque um contato mais social com seus pais. Começa, por sua vez, a brincadeira de manter a atenção em relação a certos estímulos, interpretando-os como divertidos, ameaçadores, atraentes ou incômodos.

O bebê que tem de 6 a 12 meses de vida, organiza seu mundo com base nos estímulos que seus pais proporcionam, e por isso vamos começar a notar como sorriem muito mais, com sorrisos cheios de emoção ao fazer algo divertido, ou como caem na gargalhada quando o papai, por exemplo, faz gestos ou emite sons “estranhos”.

Quando nosso filho ri, todas as nossas preocupações se desfazem

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Poucas coisas são tão relaxantes e satisfatórias quanto chegar em casa e passar um tempo com seu filho. Quando você o ouve rir, quando você o vê imerso em sua linguagem ainda ininteligível, ensinando seus brinquedos, tentando atrair sua atenção e sua presença enquanto sorri, todas as suas preocupações do dia se desfazem, como uma fumaça que sai pela janela.

As crianças têm o poder de nos curar, de nos lembrar como a vida é linda com a presença deles e daqueles olhares repletos de esperança.

Não hesite em ensinar seu filho desde pequeno que sorrir é como respirar, uma atitude e ferramenta valiosa que nos conecta uns com os outros, e nos torna pessoas mais felizes…


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