Razões médicas para induzir o parto
Induzir o parto é um processo delicado que consiste em intervir para que o nascimento do bebê se inicie de maneira artificial. Isto é, quando se induz o parto, o objetivo é acelerar o processo para que comece antes do que a natureza se programou.
Nos últimos anos a indução eletiva tornou-se popular pela sua conveniência. Alguns pais precisam conciliar com seus horários de trabalho ou simplesmente desejam controlar a data do parto.
Apesar da atual tendência em relação a esse processo por motivos pessoais, os médicos não recomendam.
A Faculdade Americana de Obstetras e Ginecologistas diz que induzir o parto deveria ser uma decisão exclusivamente médica.
Ou seja, é recomendado somente no caso de o bebê estar em risco ao ficar mais tempo do que o esperado no útero.
O que os médicos levam em consideração para induzir o parto?
Todas as gravidezes são diferentes, por isso é difícil prever um resultado específico. Embora a sua gravidez vá bem, você não está 100% livre de precisar induzir o parto. No entanto, algumas razões prevalecem nesses casos.
Os médicos consideram a indução do parto quando se apresentam as seguintes situações:
- Se a mãe apresentar complicações de saúde particulares. Por exemplo, se ocorrer diagnóstico de sangramento frequente, pré-eclâmpsia, doenças cardíacas, hipertensão ou diabetes gestacional. A este respeito, é preciso considerar se essas condições comprometem a saúde do bebê. Na maioria dos casos, essas condições podem ser controladas.
- É preferível induzir o parto quando for identificado que o bebê esteja recebendo pouco oxigênio. Também é necessário intervir se for detectado que há o risco de o bebê não receber nutrientes suficientes
- Se a mãe não começar o trabalho de parto naturalmente em um período de 24 a 48 horas depois da bolsa amniótica se romper.
- Se o fornecimento de nutrientes ao feto for comprometido porque a gravidez tem mais do que 42 semanas
- Quando for diagnosticado corioamnionite, uma infecção no útero.
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-Anônimo-
Como a indução do parto é realizada?
Existem vários procedimentos médicos para induzir o parto. Isto pode ocorrer por meio de intervenções manuais ou com o uso de medicamentos.
A seguir contaremos quais são e os riscos que representam.
Indução com medicamentos
As principais substâncias utilizadas para induzir o parto são a prostaglandina e a oxitocina, por meio de hormônios sintéticos.
A prostaglandina é inserida na vagina sob a forma de supositórios. Ela é colocada à noite para que o útero comece o trabalho de parto de manhã.
Enquanto isso, a oxitocina é colocada como pytocin e sintocinona por via intravenosa, produzindo contrações na mãe.
Este método acelera o processo que ainda não tenha começado, mas apresenta o risco de que a aplicação possa precipitar demais o trabalho de parto. Outra consequência é a mãe sentir muita dor e não conseguir lidar com a força das contrações.
Ruptura artificial da bolsa
A bolsa se rompe naturalmente para iniciar o trabalho de parto. No entanto, os médicos podem fazê-lo artificialmente para que o corpo comece a produzir prostaglandina. O aumento desse hormônio aumenta as contrações que levam ao parto.
Para realizar este procedimento, o médico insere um gancho de plástico esterilizado para tocar a bolsa.
Isso faz com que o bebê se mova de cabeça para baixo, o que irá produzir contrações. A mãe sentirá a mesma coisa do que sentiria se a bolsa rompesse naturalmente.
Esse processo tem algumas vantagens, pois é rápido e permite verificar a condição do líquido imediatamente. No entanto, também apresenta alguns riscos como o bebê não virar quando a bolsa se romper.
Outra complicação é a possibilidade de o bebê se enrolar no cordão umbilical. Além disso, o risco de infecção aumenta devido ao tempo decorrido entre a rompimento e a expulsão do bebê.
Estimulação natural
Há um mecanismo natural que costuma ser eficaz para induzir o parto. Os médicos indicam a estimulação dos mamilos da mãe, manualmente ou por meio de um extrator.
Esta estimulação faz com que a oxitocina seja produzida, causando, consequentemente, as contrações.