Ser mãe depois dos 35 anos

Ser mãe depois dos 35 anos

Última atualização: 10 dezembro, 2017

Na mente da maioria das pessoas, a simples ideia de virar mãe depois dos 35 está associada a riscos durante a gravidez ou no parto. No entanto, estudos recente afirmam que nem tudo é negativo em um parto nessa idade.

Um estudo publicado no Journal of the American Geriatrics Society revelou que ser mãe depois dos 35 anos melhora as habilidades mentais da mulher. O estudo também destaca que as mulheres que ficaram grávidas pela primeira vez depois dos 35 anos obtiveram melhores resultados em testes de acuidade mental, resolução de problemas e capacidades verbais.

Ser mãe no mundo de hoje

A sociedade atual é caracterizada por pessoas que decidem crescer no âmbito profissional antes de se dedicar à vida pessoal, o que leva muitas mulheres a se tornarem mães em idades cada vez mais avançadas. Mas temos uma notícia boa para as mulheres do mundo de hoje.

A medicina estabeleceu que, em termos biológicos a idade ideal para que as mulheres engravidem é aos 25 anos. No entanto, na nossa sociedade atual a idade média para se tornar mãe pela primeira vez vem sendo adiada.

Por exemplo, em países como a Espanha, segundo dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) do país, a idade média em que as mulheres se tornam mães pela primeira vez passou para os 32,2 anos. Apesar desse dado, uma quantidade significativa de mulheres tem seu primeiro bebê aos 35 anos de idade.

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Benefícios de ser mãe depois dos 35 anos

O estudo mencionado anteriormente não é o único que destacou os benefícios de ser mãe pela primeira vez em uma idade mais avançada. Existem vários outros estudos que destacam muitas vantagens de se tornar mãe depois de completar 35 anos de idade. Um deles, realizado em 2014, afirma que as mulheres que são mães aos 33 anos ou mais viveriam por mais tempo do que as que davam à luz com menos de 33 anos.

Outra pesquisa da Universidade de Boston revelou que as mulheres que decidem ser mães depois dos 35 anos têm duas vezes mais chances de viver até os 95 anos ou mais quando comparado com as mulheres cujo último filho nasceu antes de que elas tivessem completado 30 anos.

Existe ainda outro estudo que apresentou os benefícios da maternidade “tardia”. Este foi realizado por um grupo de pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia que, baseados nas respostas de mais de 830 mulheres após a menopausa, também descobriram uma relação positiva entre ser mãe depois dos 35 anos e as habilidades mentais.

Segundo essa pesquisa, os motivos estão relacionados ao aumento dos hormônios que ocorre durante a gravidez, de maneira que interferem positivamente na química do cérebro. A pesquisa sugere que quanto mais idade a mulher tiver, mais tempo vão durar essas alterações no seu cérebro. E tais alterações desencadeariam melhorias nas funções cognitivas em idades mais avançadas.

Existe uma idade adequada para ser mãe?

Hoje em dia, para as mulheres, a estabilidade econômica é muito importante. Elas souberam se tornar independentes nesse âmbito e também estão lutando para dividir igualmente as responsabilidades de um lar.

“O equilíbrio socioeconômico que as mulheres buscam hoje em dia geralmente é alcançado por volta dos 34 anos de idade. Assim, é nesse momento da vida em que a mulher começa a pensar na possibilidade de ser mãe”

Alcançar essa estabilidade as motiva a viver a experiência da maternidade, pois sentem que poderão se dedicar por completo. Mas, a partir dessa idade, o relógio biológico da mulher já não é mais tão preciso. Assim, as chances de ser mãe vão diminuindo com o passar dos anos.

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Riscos de ser mãe depois dos 35 anos

Por outro lado, os riscos de ser mãe depois dos 35 anos estão associados ao aumento das chances de sofrer alguma complicação durante a gravidez. Dentre as quais, aparecem o risco de aborto e o aumento das chances de o bebê nascer com anomalias cromossômicas.

As estatísticas médicas revelam que 30% das mulheres grávidas com mais de 35 anos sofrem alguma patologia perinatal ou complicações na gravidez. As mais comuns são a diabetes gestacional, a hipertensão (principal causa de partos prematuros) e o sangramento uterino. Da mesma forma, as chances de ter um parto prematuro aumentam: 10% dos partos de mães com mais de 35 anos são partos prematuros.

No entanto, todos esses riscos podem ser medidos e também controlados com o acompanhamento médico adequado.


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