7 mitos sobre cáries infantis

Alguns adultos acreditam nos mitos sobre as cáries na infância. Contudo, confiar nessas crenças nem sempre é uma boa ideia. Saiba mais a seguir.
7 mitos sobre cáries infantis

Última atualização: 18 julho, 2021

Existem vários mitos sobre as cáries infantis que podem ser considerados de risco se levados a sério, pois essa doença, embora evitável, é um dos problemas de saúde mais comuns no mundo.

“Estima-se que, em todo o mundo, 2,3 bilhões de pessoas sofram de cáries em dentes permanentes e que mais de 530 milhões de crianças sofram de cáries em dentes de leite”.

-Organização Mundial da Saúde (OMS) –

A seguir, vamos analisar algumas das crenças em torno dessa condição. Assim, você saberá o que é necessário para cuidar bem da boca do seu pequeno.

7 mitos sobre cáries infantis

 

Criança com cárie no dentista.

1. As cáries são causadas pela ingestão de açúcar

Embora seja verdade que o consumo de açúcar aumenta o risco de cárie dentária, não é a verdadeira e única causa da perda de minerais dos dentes. Os ácidos que as bactérias geram ao metabolizar qualquer carboidrato são responsáveis pela destruição dos tecidos dentais.

Portanto, mesmo que as crianças não consumam muitos doces, se não houver uma higiene bucal adequada, essa doença pode se desenvolver. Muitas pessoas acreditam que doces e alimentos ricos em açúcar são os únicos responsáveis pela patologia e negligenciam os demais cuidados necessários. Na verdade, o consumo de qualquer carboidrato, como batata, pão, arroz e frutas, se houver bactérias, pode causar cáries.

É verdade que os microrganismos têm mais facilidade para metabolizar açúcares como os contidos em doces, refrigerantes e bolos, por isso evitá-los ou reduzir o seu consumo é uma boa ideia. Mas, como já dissemos, se os germes se acumularem, eles metabolizarão qualquer carboidrato, gerando os ácidos responsáveis pelas cáries. Portanto, também é essencial manter a higiene dental adequada para eliminá-los.

2. A cárie dentária é uma doença da infância

É comum que a presença de cáries em crianças seja normalizada por se pensar que é algo comum na infância. Mas essa patologia não afeta apenas as crianças, pois está relacionada aos hábitos e às práticas de higiene. Portanto, pode ocorrer em qualquer fase da vida de uma pessoa.

É verdade que alguns comportamentos infantis favorecem a instalação da doença. O aumento do consumo de alimentos com alto teor de açúcar e a falta de habilidade motora para se higienizar sozinho ou adequadamente são fatores que predispõem ao desenvolvimento das cáries. De qualquer modos, com os devidos cuidados, a doença pode ser evitada e, assim, as crianças podem ficar livre das cáries.

3. Não há necessidade de escovar os dentes do bebê

Muitos adultos afirmam que, como os dentes de leite vão cair, não há necessidade de se preocupar em cuidar deles. Na verdade, isso não é verdade e é um dos mitos infantis perigosos sobre a cárie dentária.

Os dentes temporários têm funções importantes na boca dos pequenos. Eles os ajudam a se alimentar, falar corretamente e ter uma boa aparência. Além disso, são responsáveis por guardar espaço para a erupção dos dentes permanentes, evitando o desalinhamento dentário.

Por isso, é necessário cuidar dos dentes de leite desde o momento em que aparecem na boca. Começar a escová-los e estabelecer bons hábitos de higiene bucal desde cedo previne cáries e ajuda a manter um sorriso saudável.

E, caso apresentem problemas, tratá-los o mais rápido possível evitará consequências mais graves, como infecções, dores e a destruição dos dentes. A atenção com os dentes de leite é necessária para cuidar da boca dos pequenos.

4. Os bebês não têm cáries

Esse é mais um mito sobre as cáries infantis que podem ser prejudiciais à saúde dos pequenos. É errado acreditar que os bebês não podem contrair essa doença.

Os dentes são suscetíveis a essa condição assim que aparecem na boca. De fato, o desenvolvimento da síndrome da mamadeira ou cárie dentária na primeira infância é uma patologia bastante comum em bebês. É uma forma aguda da doença que avança rapidamente e ataca os primeiros dentes do bebê, podendo levar à sua destruição.

A falta de higiene dentária, o consumo e a permanência de substâncias açucaradas nas superfícies dentais são fatores que predispõem ao desenvolvimento dessa síndrome. Como se pode notar, descuidar-se dos dentes dos bebês pode ter consequências prejudiciais à boca das crianças.

5. O fio dental não é necessário para as crianças

Alguns adultos acreditam que, para limpar a boca dos seus filhos, a escovação dos dentes já é suficiente. É verdade que a escova é o principal instrumento na hora de limpar a boca, mas a incorporação de outros elementos que complementem a limpeza desde cedo é o mais conveniente.

Existem áreas onde a escova de dentes não consegue alcançar. A superfície entre os dentes, por exemplo, deve ser limpa com o fio dental. Isso porque o acúmulo de placa bacteriana nessas áreas favorece as cavidades proximais, a formação de tártaro e a gengivite.

Portanto, o uso do fio dental deve ser adicionado à rotina de limpeza oral desde cedo. Com paciência e apoio, deve ser utilizado na criança para que seja incluído como parte dos cuidados habituais.

Um dos mitos sobre as cáries na infância é que as crianças não precisam passar fio dental.

6. As cáries são herdadas

A forma e o tamanho dos maxilares e dos dentes, seu alinhamento e espaçamento podem ser parecidos em membros da mesma família porque são herdados geneticamente. Mas acreditar que essa doença é hereditária é outro mito sobre as cáries infantis.

Existem algumas doenças da boca ou dos dentes que são transmitidas geneticamente e podem aumentar o risco de cáries. Contudo, são as condições bucais de cada pessoa que dão origem a essa patologia.

7. As crianças devem ser levadas ao dentista quando seus dentes estiverem doendo

Acreditar que não se deve levar seu filho ao dentista se ele não estiver com dor na boca é outro mito sobre as cáries infantis em que não se deve acreditar. As crianças devem comparecer à sua primeira consulta com o dentista antes do primeiro ano e continuar com consultas regulares a cada seis meses.

O profissional não só acompanhará o correto desenvolvimento da cavidade oral, mas também será capaz de detectar e resolver qualquer condição a tempo. Além disso, vai ajudar os pais a aprenderem a cuidar da boca do filho.

Pensar que não se deve tratar as cáries até que os dentes estiverem doendo também é um erro. A doença se manifesta de maneiras diferentes dependendo do seu progresso. Quando a sensibilidade aparece, é porque geralmente ocorreu bastante destruição. Como já dissemos, os exames de rotina permitem que os problemas sejam detectados nos estágios iniciais.

Cuidado com os mitos sobre as cáries na infância!

Você já viu que essas crenças comumente ouvidas podem colocar em risco a saúde do seu filho se forem levadas a sério. A cárie é uma patologia muito comum que pode afetar as funções da boca e, com ela, a estética, a autoestima e a qualidade de vida da criança.

Por tudo isso, não cuide levianamente da boca dos pequenos. Com hábitos saudáveis, como higiene dental desde cedo e uma dieta nutritiva e variada com baixo teor de açúcares refinados, muitos dos problemas orais mais comuns podem ser evitados. Consultas regulares com o dentista também são necessárias para manter a boca saudável.

Como você notou, os mitos sobre cáries na infância podem ser perigosos. Mas ao agir com responsabilidade e confiar apenas nos conselhos dos profissionais de saúde, será possível cuidar bem do sorriso do seu filho.


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