Tiroide e gravidez: sintomas e possíveis consequências

Tiroide e gravidez: sintomas e possíveis consequências

Última atualização: 30 janeiro, 2018

A glândula tiroide desempenha muitas funções importantes no corpo. Durante a gestação essa glândula trabalha ainda mais e em alguns casos isso pode trazer algumas complicações para a mãe e para o bebê.

Durante a gravidez, a produção de tiroxina na tiroide aumenta consideravelmente. Parte dos hormônios produzidos pela mãe são transferidos para o feto até que ele comece a produzir por conta própria. Além disso, existem ainda outros aspectos da relação entre tiroide e gravidez. Veja a seguir.

A tiroide é uma glândula que se localiza no pescoço. Sua função é produzir triiodotironina (T3) e tiroxina (T4). Esses dois hormônios são responsáveis por regular o metabolismo e a temperatura corporal. Além disso, esses hormônios contribuem para o bom funcionamento do cérebro, do coração, dos músculos, e, nas mulheres, influencia em outras tarefas relacionadas à fertilidade e à reprodução.

A partir da concepção, esta pequena glândula é forçada a trabalhar “horas extras”, por assim dizer. Por que isso acontece?

O hormônio T4 tem a função de processar os nutrientes consumidos e transformá-los em energia. E também é um dos hormônios que contribuem para a formação da placenta. O bebê não desenvolve a sua própria glândula tiroide até a 12ª semana de gravidez, portanto, até este momento ele vai receber os hormônios da mãe.

Problemas na tiroide durante a gravidez: possíveis problemas

Durante a gravidez, a produção de T3 e T4 no corpo da mulher aumenta entre 30% e 50%, respectivamente. A gonadotropina coriônica, hormônio que é detectado em testes de gravidez, é responsável pelo estímulo da tiroide. A partir do segundo trimestre da gravidez, o estrogênio também altera a produção deste hormônio.

Alterações na tiroide antes ou durante a gravidez podem causar algumas complicações nessa fase.

Durante a gravidez a produção de T3 e T4 no corpo aumenta entre 30% e 50%, respectivamente

Hipotiroidismo na gravidez

É considerado hipotiroidismo quando a produção de tiroxina produzida pela glândula tiroide for insuficiente. Nesse caso, geralmente é indicado fazer um tratamento via oral para suprir as deficiências hormonais no organismo.

É importante fazer exames para verificar a tireoide durante a dravidez

O hipotiroidismo pode ser detectado a partir dos seguintes sintomas:

  • Cansaço
  • Fraqueza
  • Ganho de peso
  • Constipação
  • Dores nos músculos e nas articulações
  • Pele seca
  • Enfraquecimento do cabelo e das unhas.

Na gestação, a baixa produção de tiroxina pode causar a formação de um bócio no feto. No entanto, isso desaparece alguns dias após o nascimento do bebê.

No caso de insuficiência, a mãe pode aumentar a ingestão de iodo (principalmente com o sal iodado) para favorecer a produção de hormônios.

O perigo do hipotiroidismo na gravidez, é que se não for tratado a tempo, ou seja, antes do primeiro trimestre, a mãe corre risco de aborto espontâneo, parto prematuro ou outras complicações como a hipertensão ou a pré-eclâmpsia.

Hipertiroidismo na gravidez

Outra situação é acontecer o oposto. Ou seja, a produção de hormônios da tiroide ser maior do que o corpo necessita.

A porcentagem de mulheres que sofrem de hipertiroidismo na gravidez é muito baixa. Estima-se que apenas 2 em cada 1.000 mulheres apresentam esse problema.

Quais são os sintomas que podem indicar o hipertiroidismo na gravidez? Os mais frequentes são:

  • Taquicardia
  • Perda de peso
  • Tremores
  • Funcionamento irregular do intestino
  • Intolerância ao calor
  • Fraqueza emocional
  • Pele fria e úmida
  • Crescimento da glândula tiroide
Tireoide e gravidez

Nesse caso, o tratamento deve ser realizado com medicação antitireoidiana para tentar equilibrar os níveis hormonais tanto da mãe quanto do feto.

Se não for controlado, o hipertiroidismo na gravidez pode ter como consequência: taquicardia fetal, baixo peso ao nascer, ou ainda, aborto.

A alta produção de hormônios da tiroide também pode causar problemas para a mãe. Os mais comuns são:

  • Tempestade tiroidiana. É quando os sintomas do hipertiroidismo se intensificam. Pode ser causada por estresse, infecção grave, indução anestésica, trabalho de parto, cirurgia, síndrome de abstinência de drogas antitireoidianas ou após o tratamento com iodo.
  • Pré-eclâmpsia. Faz com que os órgãos da mãe (rins, fígado, cérebro e também a placenta) recebam menos sangue. Também traz complicações que colocam a saúde do bebê em risco.

Prevenção de problemas na tiroide durante a gravidez

É importante que essas condições sejam detectadas a tempo, pois isso vai ajudar a evitar qualquer complicação mais grave. No caso de qualquer desequilíbrio na glândula tiroide, é preciso considerar alguns fatores como histórico familiar e hábitos não saudáveis.

Geralmente, quando a mulher é diagnosticada com algum desequilíbrio na tiroide ou quando tem a a intenção de engravidar, o médico indica a realização de uma série de exames. O exame de sangue é importante para medir a concentração hormonal.

No caso de desequilíbrio na tiroide é preciso considerar alguns fatores como histórico familiar e hábitos não saudáveis.

Apesar da possibilidade de algumas consequências, o desequilíbrio da tiroide na gravidez normalmente não traz maiores problemas É perfeitamente diagnosticável e tratável.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.