Você sabe o que é cardiopatia congênita?
Durante a fase de gestação, pode ocorrer de o feto apresentar algum problema de má formação ou anomalias congênitas. A seguir, veremos com profundidade uma das mais comuns: descubra o que é a cardiopatia congênita.
Os tipos de anomalias presentes nos fetos podem ser vários, desde malformações nas mãos a problemas do coração. Justamente pensando neste órgão, muitas vezes surge uma pergunta cuja resposta é muito importante: o que é a cardiopatia congênita?
A palavra cardiopatia faz alusão a qualquer doença do coração ou no sistema cardiovascular. Por outro lado, o termo “congênita” significa “condição presente ao nascer”.
Até agora, está bem claro a que nos referimos quando falamos sobre essa patologia. No entanto, por trás dela se esconde um mundo de perguntas que vão desde “Por que isso pode acontecer com o feto?” até “Quais são os tipos de cardiopatias congênitas, seus sintomas e tratamentos?”.
A cardiopatia congênita
Anteriormente, definimos cardiopatia congênita como um defeito de nascimento em que o coração do bebê apresenta problemas na estrutura e no funcionamento cardiovascular.
Agora, quando se fala de cardiopatias congênitas, na verdade, pode-se englobar um grande número de doenças do coração. No entanto, apesar de pôr em risco a vida do bebê durante o seu primeiro ano de vida, com um tratamento médico adequado essa condição pode ser atenuada.
Segundo a Academia Americana de Pediatria, entre 1% e 2% dos bebês nascem com malformações congênitas. Ademais, de acordo com a Associação Americana do Coração, 9 em cada 1.000 bebês têm uma doença congênita ao nascer.
Esses dados médicos indicam que, efetivamente, pode-se considerar a cardiopatia como um dos defeitos congênitos mais recorrentes.
As suas causas
Agora, você deve estar se perguntando por que isso acontece ou quais são as suas causas. Como você sabe, o coração do bebê começa o seu desenvolvimento já no momento da concepção. Posteriormente, o seu desenvolvimento absoluto se completa a partir da oitava semana de gravidez.
Vai ser durante esse período que a malformação vai ocorrer. A causa principal é que não se cumpriram todas as etapas necessárias para que se formasse um coração saudável.
Entretanto, o motivo pelo qual isso acontece é um mistério. Na maioria dos casos em que se apresenta, não há um motivo específico e não há nada que a mãe tivesse podido fazer para impedir.
Uma cardiopatia congênita é um defeito de nascimento, no qual o coração do bebê apresenta problemas na estrutura e no funcionamento cardiovascular.
Tipos de cardiopatias congênitas
As cardiopatias congênitas podem ser classificados de diversas formas. Em cardiologia, fala-se de causas cianóticas e não cianóticas. A seguir, vamos exemplificar cada um dos problemas que o bebê pode sofrer:
- Fluxo reduzido de sangue para os pulmões. Quando isso acontece, o sangue do bebê está carecendo de oxigênio, e, portanto, o mesmo acontece em todo o organismo. Isso faz com que a criança esteja cianótica e apresente um tom azulado em sua pele.
- Muito fluxo de sangue para os pulmões. Isso faz com que os pulmões trabalhem em excesso e que aumentem a pressão arterial da criança.
- Pouco fluxo de sangue pelo corpo. Ocorre quando os vasos sanguíneos estão bloqueados e o fluxo de sangue não consegue chegar de forma correta.
Partindo desses três problemas principais, os cardiologistas tratam especificamente as malformações que as produzem, sejam nas vias arteriais, na comunicação interauricular, nos canais ventriculares, nas válvulas pulmonares, entre muitas mais.
Em muitos casos, pode ocorrer mais de uma cardiopatia ou uma combinação de várias categorias.
Tratamento para as doenças cardiopáticas
Os cardiologistas pediátricos serão os profissionais encarregados de tratar cada caso de cardiopatia de forma específica. Certos tipos dessas anomalias podem ser detectados até mesmo quando a criança está no ventre materno, enquanto outras podem permanecer ocultas por um tempo.
Para tratar essas condições, o especialista, junto a uma equipe multidisciplinar, decidirá qual será o tratamento mais eficaz para o pequeno. As medidas incluem desde o uso exclusivo de medicamentos até operações, conforme cada caso e a sua gravidade.
Por fim, um último aspecto sobre o tipo de tratamento é que, no caso de a criança ter de ser operada, os médicos decidirão qual será o momento mais indicado. Em alguns casos, as operações devem ser feitas imediatamente. Em outros, no entanto, deve-se esperar meses ou até anos para ser realizada.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Rivera, I. R., Silva, M. A. M. da, Fernandes, J. M. G., Thomaz, A. C. P., Soriano, C. F. R., & Souza, M. G. B. De. (2007). Cardiopatia congênita no recém-nascido: da solicitação do pediatra à avaliação do cardiologista. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. https://doi.org/10.1590/S0066-782X2007001300002