2 alternativas mais saudáveis para substituir o açúcar na alimentação infantil
Substituir o açúcar na alimentação infantil é uma forma de prevenir muitas doenças e garantir uma vida mais saudável.
O açúcar adicionado aos alimentos (leite, iogurte, etc.) e os produtos com adição de açúcares têm grande presença na alimentação de muitas crianças e adolescentes. E para diminuir essa quantidade, buscam-se outras alternativas com capacidade de adoçar.
Mas são boas para os pequenos? E, o que é mais importante, são mais saudáveis que o açúcar? Vamos descobrir mais abaixo.
O problema do excesso de açúcar em crianças
Há algumas décadas, o açúcar tem sido um ingrediente comum na indústria alimentícia e em muitos lares. Ele confere sabor, melhora a palatabilidade e a textura de muitas preparações e também prolonga sua vida útil.
No entanto, com algumas exceções, não é um composto necessário na dieta de crianças, nem na de adultos.
Esses açúcares livres aumentam a densidade energética e podem promover um superávit calórico. O equilíbrio é essencial para promover um peso corporal saudável e garantir a ingestão de nutrientes.
Da mesma forma, a ingestão desse tipo de açúcar (principalmente na forma de bebidas e através de produtos processados) é preocupante devido à sua relação com problemas de cárie e ao aumento do risco de doenças não transmissíveis.
Portanto, é conveniente reduzir sua presença e não exceder as quantidades diárias recomendadas. E uma forma de fazer isso é buscar alternativas mais saudáveis ao açúcar que possam ser usadas em casa.
2 alternativas mais saudáveis para substituir o açúcar na alimentação infantil
Você deve saber que as frutas são ricas em frutose. Só de oferecer sucos, smoothies ou frutas de forma natural ao seu filho, você já estará incorporando os açúcares que ele precisa na dieta.
No entanto, se o seu desejo é aumentar um pouco mais a doçura dos alimentos para estimular o paladar e não privá-los de um sabor tão agradável, recomendamos duas alternativas mais saudáveis ao açúcar refinado.
Mel
O mel é rico em glicose e, como aditivo, é um excelente alimento para adoçar as sobremesas infantis. Uma única colher de chá é suficiente para cumprir esse propósito.
Este produto, além de sua doçura, possui propriedades apreciáveis que previnem e aliviam doenças comuns durante a infância. Em qualquer caso, evite oferecer este produto a crianças com menos de 1 ano de idade, pois elas podem desenvolver uma patologia conhecida como botulismo infantil, como afirmam os especialistas. Este problema afeta gravemente a saúde.
Entre as propriedades do mel, não podemos deixar de mencionar que:
- É antimicrobiano: previne a proliferação de bactérias, fungos, vírus e parasitas.
- É usado para combater a tosse e a dor de garganta.
- Ajuda a curar e prevenir infecções em feridas e queimaduras leves.
- Sua composição de glicose o torna um poderoso energizador natural.
- Alivia o desconforto do resfriado comum.
- É uma fonte natural de vitaminas e minerais.
Stevia rebaudiana
A Stevia rebaudiana, popularmente chamada de estévia, é mais doce que o açúcar refinado, assim como o mel. É um adoçante artificial não calórico, que não produzirá ganho de peso. Por isso, nos últimos anos, tornou-se uma alternativa amplamente utilizada para substituir o açúcar.
Isso não significa que possa ser consumido sem controle. Um estudo publicado na revista Food and Chemical Toxicology associa o abuso de adoçantes artificiais a alterações disfuncionais na microbiota. Por esse motivo, deve ser consumido com moderação.
O extrato de folha de estévia, como adoçante, é vendido como líquido e em pó e, às vezes, em pequenos comprimidos. Outra opção pode ser a sacarina, com propriedades semelhantes.
Outras formas de adoçar e substituir o açúcar
O uso de frutas desidratadas, como tâmaras, damascos secos ou passas, também costuma ser recorrente na hora de dar um toque doce aos preparos dos pequenos. Dessa forma, são os açúcares concentrados desses alimentos que proporcionam esse sabor.
Isto é válido quer se trate de preparar receitas (bolos, biscoitos, sorvetes) ou adoçar alguns alimentos de uso corrente (iogurte ou aveia).
Além disso, em muitas lojas especializadas é possível encontrar cada vez mais produtos como xarope de agave, açúcar de coco, eritritol ou xilitol em pó. Lembre-se de que, mesmo que sejam alternativas melhores ao açúcar refinado, não se deve abusar deles.
Recomendação nutricional. Uma sobremesa sem adoçante ou açúcar adicionado
Ressaltamos que é sempre melhor oferecer às crianças alimentos naturais que não contenham aditivos. No entanto, se vamos adicionar adoçantes, é preferível usar alternativas como mel e estévia, em vez de açúcar refinado.
Por fim, oferecemos esta deliciosa receita de sobremesa de pudim de arroz que o seu filho vai adorar. Basta seguir os passos que recomendamos ao pé da letra para que perceba que não precisará de açúcar na sua preparação.
Ingredientes:
- 3 colheres de sopa de arroz.
- 1 litro de leite de vaca.
- ½ litro de água.
Preparação
- Coloque as 3 colheres de sopa de arroz para amolecer na pressão com o ½ litro de água. Cozinhe por 15 a 20 minutos.
- Despeje o litro de leite em outro recipiente e leve ao fogo para que ferva e assim a água do leite evapore. Cozinhe por cerca de 15 minutos depois de começar a ferver.
- Em seguida, despeje o arroz e a água do outro recipiente na panela com o leite e deixe continuar cozinhando. Você terá que mexer de vez em quando para não grudar.
- A sobremesa estará pronta quando você perceber que ela ficou grossa, doce e com um tom amarelado.
Use alternativas para substituir o açúcar
O melhor para a saúde das crianças acaba sendo restringir o consumo de açúcar refinado. Desta forma, elas não sentirão necessidade disso durante a idade adulta. Além disso, o metabolismo não será afetado e a incidência de diabetes e obesidade será reduzida. Lembre-se de que a melhor época para incutir bons hábitos é a infância. Não desperdice.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Committee on toxicity of chemical in food, consumer products and environment. Discussion paper on potential risks from various sweeteners in the diet of infants aged 6 to 12 months and children aged 1 to 5 years. TOX/2019/36.
- Food Data Central. Dates, medjool. Departamento de Agricultura de Estado Unidos. Abril 2019.
- Gómez Fernández-Vegue M. Recomendaciones de la Asociación Española de Pediatría sobre la alimentación complementaria. Comité de Lactancia Materna y Comité de Nutrición de la Asociación Española de Pediatría. Noviembre 2018.
- Lobach AR., Roberts A., Rowland IR., Assessing the in vivo data on low/no calorie sweeteners and the gut microbiota. Food Chem Toxicol, 2019. 124: 385-399.
- Organización Mundial de la Salud (OMS). Ingesta de azúcares para niños y adultos. 2015.
- Paglia L, Friuli S, et al. The effect of added sugars on children health outcomes: obesity, obstructive sleep apnea syndrome (OSAS), Attention-defycit/Hiperactivity disorder (ADHD) and chronic diseases. Intedisciplinary Update. 2019.
- Saraiva A, Carrascosa C, et al. Natural sweetener: the relevance of food naturalness for consumers, food security aspects, sustainability and health impacts. International Journal of Environmental Research and Public Health. Septiembre 2020. 17 (17): 6285.
- Wikstrom S., Holst E., Infant botulism – why honey should be avoided for children up to one year. Lakartidningen, 2017.
