Como a dislexia e a disgrafia afetam as crianças
A dislexia e a disgrafia estão entre os transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares. A primeira afeta o processo de leitura, enquanto a segunda causa dificuldade na expressão escrita. Mas fique calma, todos os aspectos que podem afetar seu filho são superáveis.
A prática leitora, conforme explicada por diferentes textos psicopedagógicos, tem uma influência decisiva e geral nas habilidades linguísticas. A leitura favorece a aquisição de vocabulário e acelera o raciocínio verbal, por isso a dislexia gera efeitos contrários.
A dislexia pode afetar mais do que a leitura porque também pode causar dificuldades para escrever, falar, aprender matemática e desenvolver as habilidades sociais.
Por esse motivo, e principalmente durante a idade escolar, algumas crianças com esse transtorno carecem de autoconfiança, pois tendem a se sentir diferentes das outras crianças e se preocupam se são inteligentes ou não.
No entanto, estudos científicos, inclusive os publicados na revista Enfoques Educativos, afirmam que a dislexia é uma dificuldade específica, independente da inteligência. Portanto, uma criança pode ser disléxica, seja ela muito inteligente ou não. A categoria dislexia identifica apenas a falta de habilidade para a leitura.
A fim de aumentar a autoconfiança do seu filho, você pode incentivá-lo a escolher atividades que fortaleçam suas habilidades, que ele pode praticar depois da escola. Se ele se sair bem em uma área específica, isso pode ajudá-lo a aumentar sua autoconfiança e autoestima.
Como explica em um artigo Mark Griffin, fundador e diretor da Eagle Hill School, os especialistas descobriram que muitas pessoas com dislexia têm dificuldade para distinguir ou separar os sons em palavras faladas. Algumas crianças encontrar problemas na hora de pronunciar palavras desconhecidas em voz alta.
Griffin afirma que não é incomum que as crianças tenham dislexia e disgrafia ao mesmo tempo.
Escrita à mão
Crianças com disgrafia podem ter problemas para escrever à mão ao organizar seus pensamentos no papel.
“Chamamos disgráfico quem confunde, omite, junta e/ou inverte sílabas ou letras incorretamente”.
-Adelfo Tapia Pavón-
Essa condição também dificulta a capacidade de compreender expressões da linguagem, como o sarcasmo.
Mas o sarcasmo não é imprescindível no humor, então você pode muito bem assistir junto com o seu filho a um filme ou programa que tenha um humor fácil de entender, que empregue uma linguagem direta. Riam e curtam esse momento juntos, então depois vocês podem conversar sobre o que acharam engraçado, por exemplo.
Lembre-se de que escrever pode ser um processo lento e difícil para crianças com disgrafia. Portanto, forçá-las a fazer isso pode gerar ansiedade.
Essa situação pode ser gerenciada ao propor um exercício de escrita em um diário ou outras atividades que desenvolvam o hábito da escrita. Lembre-se de que todo indivíduo que está em desvantagem em algum aspecto merece ajuda, compreensão e respeito. É o suficiente, mas muitas vezes nem isso se recebe.
Habilidades que a disgrafia pode afetar
- Controle motor fino: a disgrafia pode afetar a capacidade de coordenar pequenos movimentos musculares dos dedos e de outras partes do corpo.
- Isso pode dificultar a execução de tarefas como amarrar os cadarços, apertar botões e manusear tesouras.
- Essas crianças também têm dificuldade para segurar o lápis corretamente, encaixá-lo confortavelmente na mão e escrever sem se cansar.
- Processamento visual: essa condição dificulta a capacidade de diferenciar padrões, cores e formas diferentes.
- As crianças com essa condição têm dificuldade para separar palavras, letras, formas e números.
- Elas também acham difícil escrever nas linhas ou nas entrelinhas, desenhar números, letras e formas em proporções e tamanhos apropriados, bem como desenhar e ler mapas.
- Planejamento e organização: nesse aspecto, a dificuldade é organizar os pensamentos e de forma coerente por escrito.
- Lembrar informações e detalhes importantes para escrever, pensar em palavras na sequência, bem como usar a gramática e a sintaxe corretas ao escrever, também é um verdadeiro desafio. No entanto, essas habilidades podem ser aprendidas com tempo, dedicação e ajuda de psicopedagogos.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Alvarado, H., Damians, M., Gómez, E., Martorell, N., Salas, A., & Sancho, S. (2007). Dislexia. Detección, diagnóstico e intervención interdisciplinar. Enginy.
- Aragón, L. E. (2001). Intervención con niños disléxicos: evaluación y tratamiento. México: Trillas. http://www.trillaseduforma.com/zona-prensa/ficheros/resenas/8466541675.pdf
- Artigas-Pallarés, J. (2002). Problemas asociados a la dislexia. Revista de Neurología, 34(1), 7-13. http://ardilladigital.com/DOCUMENTOS/EDUCACION%20ESPECIAL/LOGOPEDIA/TRASTORNOS%20LENGUAJE/DISLEXIAS/Problemas%20asociados%20a%20la%20dislexia%20-%20Artigas%20-%20art.pdf
- Tapia Pavón, A. La disgrafia. Libros Ambigú. España. Año 1990. ISBN 10: 8440461429 / ISBN 13: 9788440461421
- Mondragón Barrios, L. (2007). dislexia. Salud Mental.
- PRODISLEX. (2010). Protocolos de detección y actuación en dislexia. PRODISLEX.
- Anguis J, Esther L. Dislexia en edad escolar. Revista Enfoques Educativos. Número 29. Enero 2009. P 30-40. Disponible en: https://www.yumpu.com/es/document/read/47936006/revista-enfoques-educativos-na-29-enfoqueseducativoses