8 curtas animados para trabalhar emoções com crianças
Os curtas animados são um excelente recurso para educar os pequenos sobre as emoções e a sua gestão. Estamos falando de uma ferramenta valiosa para professores e pais em casa.
Dar espaço à educação emocional é um requisito essencial se quisermos promover infâncias saudáveis e felizes. O que melhor do que aproximar as crianças do mundo das emoções através de um meio educativo e atrativo como a animação?
Os melhores curtas animados sobre emoções
Apresentamos uma seleção dos mais divertidos para toda a família. Vamos lá!
1. Pequeno Ícaro
Fazer um avião de brinquedo voar nem sempre é tão fácil. O protagonista de Pequeno Ícaro, um menino que adora aviões, fica muito bravo ao perceber que as coisas não saem como o esperado. Ele fica frustrado repetidamente porque não consegue tirar os aviões de plástico do chão.
No entanto, ele continua insistindo. Essa história permite que facilmente nos vejamos refletidos nesse personagem, já que todos nos encontramos na vida com situações inesperadas e obstáculos no caminho dos nossos objetivos.
Além disso, esse curta-metragem de animação pode levar a um debate mais do que interessante com nossos filhos ou alunos: o que fazemos quando as coisas não saem como queremos? Como o menino do filme se sente? O que faríamos em seu lugar?
2. O Náufrago
David Vera, o autor de O Náufrago, apresenta-nos dois homens muito parecidos na aparência (embora diferenciados pelos cabelos), mas com níveis muito diferentes em relação à maturidade emocional.
Um dos homens assume uma atitude egoísta e uma notória dificuldade em registar e interessar-se pelas emoções alheias. O outro, por outro lado, mostra generosidade e solidariedade. Esse curta é uma ferramenta interessante que pode ser muito útil para trabalhar habilidades sociais em casa ou na sala de aula.
3. Bridge
Esse lindo curta tem quatro animais como protagonistas. Eles tentam cruzar uma ponte estreita e alguns atrapalham os outros. A duração de dois minutos é suficiente para transmitir a ideia principal: às vezes, para chegar a um acordo que seja conveniente para ambas as partes, é necessário adotar uma postura flexível.
É o adorável guaxinim que surge com uma ótima (mas simples) ideia para que ele e seu parceiro coelho cheguem ao outro lado da ponte. Essa produção pode funcionar como um gatilho ao trabalhar conceitos como colaboração, trabalho em equipe e empatia. Além disso, em Bridge fica evidente a ineficácia da violência.
4. Piper
Piper é uma produção criada pela Disney Pixar em 2016. Conta a história de um lindo passarinho que tem medo de água. A questão é que, para conseguir comida, ele precisa enfrentar esse medo.
O filme consegue descrever perfeitamente aquela incômoda apreciação de se sentir muito pequeno e inseguro em um contexto que parece tão desconhecido quanto ameaçador.
Nesse sentido, a obra pode ser uma grande aliada para introduzir a questão do medo do desconhecido e do autoaperfeiçoamento. Assim que o filhote consegue superar seu medo, ele descobre um maravilhoso mundo subaquático, além de aumentar sua autoconfiança e senso de pertencimento.
Essa é uma história sobre crescer com coragem em um mundo que parece grande e intimidador.
– Alan Barillaro (diretor de “Piper”) –
5. Monsterbox
Esse trabalho surgiu como um projeto final de estudos gráficos 3D na Bellecour School of Art and Design em 2012. Enfoca uma amizade intergeracional entre um homem mais velho e uma menina curiosa.
O velho é jardineiro e tem um belo viveiro onde cuida com carinho de suas plantas. A menina e seus amigos inquietos fazem travessuras dentro do local, o que deixa o homem muito revoltado.
Porém, com o tempo e uma certa timidez, eles vão juntos construindo uma forte amizade. Monsterbox é uma proposta interessante para falar sobre o poder da amizade e da empatia com as crianças.
6. Snack attack
Com um toque diferenciado de humor e malícia, o curta-metragem Snack attack nos convida a refletir sobre os preconceitos e a importância de não se deixar levar pelas aparências.
Neste caso, a história se passa em uma estação de trem. Uma idosa, após várias tentativas, consegue tirar um pacote de biscoitos de uma máquina de venda automática. Seu tempo para saborear biscoitos enquanto espera o trem chegar é interrompido quando um jovem despreocupado e casual decide sentar-se ao lado dela.
Generalizar é sempre errar.
– Hermann Vonerling –
7. Mouse for sale
Conta a história de Sniker, um lindo ratinho de orelhas compridas que está ansioso para ser adotado por uma criança que possa lhe dar amor. O problema é que sua peculiaridade física provoca rejeição e zombaria das crianças que frequentam o pet shop.
Sniker faz de tudo para ser visto e insiste em encontrar alguém que o aceite como ele é. Mouse for sale é um recurso valioso para trabalhar o respeito, a empatia e a tolerância com as diferenças. Podemos também destacar o enriquecimento pessoal e coletivo que advém da aceitação e valorização da diversidade.
8. Palavras no ar
Sylvain Vincendeau se baseou na história de Alain Gagnol para criar esse interessante curta de animação no ano de 1995. Em Palavras no ar um jovem quer fazer uma vizinha triste que está olhando de sua janela se sentir melhor e ele surge com uma ótima ideia: enviar-lhe algumas palavras de encorajamento em um aviãozinho de papel.
Sem querer, acaba alegrando o dia de quase todos no bairro. No final, ele consegue encontrar seu destinatário original e, assim, arrancar um sorriso da jovem.
A mensagem dessa produção centra-se no poder das palavras e na importância de expressar emoções. Através dela podemos abordar a regulação emocional, o valor da escuta empática e desinteressada.
Além disso, podemos brincar com as crianças e perguntar o que elas imaginam que o homem escreveu no papel ou o que teriam escrito para a mulher triste. Por outro lado, nos ajuda a reconhecer que nossas próprias ações têm consequências para os outros.
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- Bisquerra Alzina, R. (2011) Educación emocional. Padres y maestros. 2011, n. 337, febrero ; p. 5-8. Recuperado en https://redined.educacion.gob.es/xmlui/bitstream/handle/11162/81300/00820113012348.pdf?sequence=1&isAllowed=y.
- Goleman, D. (1996): Inteligencia emocional. Barcelona, Kairós.