Seu filho sempre quer ser o centro das atenções? Descubra o motivo!
A maioria das pessoas que criam filhos admite que não existe um livro capaz de transmitir a dificuldade diária de ser mãe ou pai. Onde reside essa dificuldade? Em muitos casos, na vontade de se adequar a fórmulas e padrões, a receitas rígidas, o que leva a experiências frustrantes para pais e filhos.
As palavras que usamos para nos referir à nossa situação diante do mundo e dos outros constroem a realidade. Durante muitos séculos, a infância foi relegada a um nível de submissão, enigma, obscurantismo e incerteza.
Atualmente, os Direitos Internacionais da Criança são conhecidos e o olhar para os pequenos se tornou mais empático. E, ao mesmo tempo, muito mais útil.
De qualquer forma, muitos estigmas e lugares comuns permanecem altamente prejudiciais para o desenvolvimento saudável das crianças. Um deles é a ideia de que a liberdade das crianças termina onde uma conversa de adultos começa.
Por outro lado, a concepção de crianças classificadas como boas e más ainda persiste de maneira avassaladora. Talvez não seja surpreendente esse olhar da infância em uma sociedade na qual o que foge das regras rapidamente se torna uma ameaça.
Seu filho quer ser o centro das atenções? Mude de perspectiva
Os pais ficam surpresos e reclamam que o filho quer ser o centro das atenções, fazendo travessuras constantemente. A surpresa ocorre quando percebem que, apesar de saber que pode haver raiva e até mesmo punição e gritos, minutos depois, o pequeno volta para tentar a sorte com outra atividade imprópria.
Na realidade da educação das crianças, chama-se ‘reforço negativo’ quando o que se busca é obtido por meios adversos. Na verdade, o reforço positivo é sempre preferível.
Seu filho não quer que você fique bravo com ele, ele não quer que você grite ou que o castigue. Essa simplesmente é a maneira que ele aprendeu para se comunicar com você. Ele não quer ser o centro das atenções, ele quer ser feliz e estar rodeado de felicidade.
No entanto, às vezes, seu filho é surpreendido por sentimentos intensos com os quais ele não sabe lidar, exceto com a sua ajuda. Esse é um tipo de medo infantil diante do próprio transbordamento. Por que isso acontece?
Seguindo o modelo da educação infantil respeitosa, considera-se que, quando uma criança chora, o importante não é que ela pare de chorar, e sim que ela aprenda a entender os próprios sentimentos.
Os adultos geralmente se desesperam quando uma criança pequena chora inconsolavelmente. Eles olham em volta, sentindo pânico e vergonha. Acreditam que serão acusados de serem inúteis pela sociedade por ‘não saberem como acalmar a criança’.
Na pressa, em vez de abraçar e tentar ter empatia com os sentimentos da criança, os pais dão um doce, um brinquedo ou até mesmo fazem uma ameaçam para que fique calada.
“Seu filho não quer que você fique bravo com ele, ele não quer que você grite ou que o castigue. Essa simplesmente é a maneira que ele aprendeu para se comunicar com você.”
Compreensão, diálogo, confiança
Conhecendo esses mecanismos emocionais, torna-se mais acessível um olhar de empatia para com esse ser inocente que depende de você para se conectar com o mundo.
Em primeiro lugar, você deve admitir que o seu filho está angustiado com alguma coisa, que está sofrendo e que não sabe como expressar o que está sentido por outros meios que não sejam ‘chamar a atenção’.
Se, em vez de negar, você aceitar o sentimento da criança, a brecha na comunicação será cada vez mais reduzida. Pouco a pouco, seu filho poderá expressar por si mesmo o que sente.
O mesmo diálogo, a partir da mesma perspectiva, pode ser aplicado quando a criança quiser algo que você acha que ela não precisa ou que não fará bem, ou ainda que não é adequada para o momento. Nesse caso, você simplesmente deve respirar e explicar que entende o que ela está sentindo, mas que você tem as suas razões para não atender à solicitação dela.
É preciso parar para analisar que, se o seu filho confia em você, a frustração será cada vez menor, até que ele mesmo consiga administrá-la. O pequeno deve ganhar independência.
Conclusão
“É preciso uma aldeia inteira para criar uma criança”, diz um provérbio africano. As crianças precisam de segurança, proteção e aceitação das pessoas ao seu redor para poderem crescer de forma autônoma, apropriando-se de maneira positiva do mundo que as rodeia e no qual vivem.
Em suma, se o seu filho quer ser o centro das atenções, esse é um sinal de alerta de que são necessários diálogo, carinho e amor. Dica final: sempre confie que você saberá dar ao seu filho a atenção e os cuidados de que ele precisa.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Menéndez Benavente, Isabel. Introducción al trastorno de déficit de atención por hiperactividad. Extraído de: https://www.isabelmenendez.com/escuela/ninos_hiperactivos.pdf
- https://www.priegodecordoba.es/sites/default/files/PE_Ninos_celos_infantiles.pdf
- Temas para la educación. Revista digital para profesionales de la enseñanza. (2012). Federación de Enseñanza de CC.OO. de Andalucía. Extraído de: https://www.feandalucia.ccoo.es/docu/p5sd9330.pdf