OMS garante que o leite materno previne a obesidade

OMS garante que o leite materno previne a obesidade

Última atualização: 05 março, 2017

Os benefícios do leite materno são infinitos, por isso sempre surgem notícias sobre suas propriedades importantes. Para os especialistas em nutrição da Organização Mundial da Saúde (OMS), este valioso alimento pode contribuir no combate a um dos problemas nutricionais mais preocupantes da atualidade: sobrepeso e obesidade.

A OMS demonstrou interesse em compreender as razões que levam as pessoas a sofrer com a séria questão da má nutrição, como é a obesidade. Nas décadas passadas, o principal problema nesse campo era a desnutrição, mas hoje em dia as cifras de sobrepeso são alarmantes em várias regiões do mundo.

Como sabemos, a obesidade pode acarretar diferentes inconvenientes para a saúde e isso gera o desenvolvimento de milhões de casos de doentes com diferentes características em todo o mundo.

As pesquisas descobriram que a saúde nutricional das pessoas melhora consideravelmente se elas foram alimentadas com o leite materno na sua primeira etapa de vida. Do mesmo modo, os especialistas asseguram que estes dados também se aplicam às mães: as que amamentaram, ou seja, deram o peito para seus filhos, também têm menos chances de sofrer com a obesidade.

A leptina previne a obesidade e a diabetes

Foi descoberto que uma proteína do leite materno chamada leptina pode funcionar na prevenção da obesidade, o sobrepeso e outros padecimentos relacionados a esta condição, como a diabetes. Esta proteína não está presente no leite de caixinha e pode também não estar presente no leite materno de todas as mamães.

La lactancia previene la obesidad

Nesse aspecto, o correto funcionamento da leptina adverte quando se superaram os níveis de gordura no organismo, o que permite que seja aumentado o gasto energético e também diminui o apetite. Apesar de esta proteína se encontrar no leite materno, pode ser que não esteja atuando de maneira adequada, e isso pode acontecer devido a várias questões, sendo a genética a mais comum.

O baixo consumo de leite materno durante os primeiros meses de vida aumenta as probabilidades de que a proteína não funcione corretamente. E esse problema de funcionamento deficiente gera um dos principais causadores de obesidade. Ainda no mesmo estudo, foi indicado que as crianças quase não conseguem sintetizar a leptina, sendo essa a razão pela qual ela ainda se encontra presente no estômago dos adultos que foram alimentados com leite materno.

Mesmo com esse ponto, as pesquisas detectaram que as crianças que são amamentadas tem menos riscos de aumentar de peso quando suas mães também possuem a proteína em seus estômagos. Uma mãe que foi alimentada com leite materno pode contribuir na prevenção do sobrepeso de seu filho, isso enquanto seus níveis de leptina se encontrem ativos, já que ao mesmo tempo, ela estará se protegendo a si própria de duas maneiras.

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Sugestões da OMS

Segundo o estudo, as crianças que são alimentadas com leite materno tem maiores chances de sobreviver, fazendo dessa questão não só algo que importa para a nutrição mas para a vida em si. Nesse sentido, a Organização Mundial da Saúde adverte que se devem tomar ações pontuais a respeito, avaliando que sejam pensadas e postas em prática políticas relacionadas à má nutrição relacionando com a amamentação.

Nesse assunto, a organização ressalta a necessidade de implementar estratégias de promoção da lactação materna para o bem da saúde pública mundial, algo que segundo eles, se realiza só em 36% dos países associados ao Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno. O objetivo desta organização é frear o aumento de casos de sobrepeso e fazer o número de crianças alimentadas pelo leite materno aumentar no mundo.


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  • Barrios Correa AA., Estrada JA., Contreras I., Leptin signaling in the control of metabolism and appetite: lessons from animal models. J Mol Neurosci, 2018. 66 (3): 390-402.
  • Premkumar MH., Pammi M., Suresh G., Human milk derived fortifier versus bovine milk derived fortifier for prevention of mortality and morbidity in preterm neonates. Cochrane Database Syst Rev, 2019.

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