3 perguntas frequentes sobre alimentação durante a gravidez
Durante a gravidez, uma série de dúvidas pode ser gerada sobre a alimentação que é bom esclarecer para evitar alterações no desenvolvimento do feto. Neste período, é fundamental otimizar a dieta para garantir que tudo corra conforme o esperado. Não só os alimentos tóxicos devem ser evitados, mas também será necessário garantir um bom fornecimento de nutrientes.
Antes de começar, é fundamental observar que, se você tiver alguma dúvida, é melhor procurar um especialista em nutrição. Em geral, é conveniente iniciar o processo de gravidez com um estado de composição corporal adequado. Caso contrário, o risco de diabetes gestacional será aumentado, algo que compromete a saúde metabólica da mãe.
Perguntas frequentes sobre alimentação durante a gravidez
A seguir, vamos comentar as principais dúvidas que costumam surgir em relação à alimentação durante a gravidez. Lembre-se de que é melhor que a orientação alimentar seja o mais personalizada possível, pois cada pessoa terá necessidades específicas de acordo com o seu estilo de vida.
1. Posso fazer jejum intermitente?
Essa é uma das dúvidas mais frequentes atualmente, já que os protocolos de jejum viraram moda. A verdade é que a resposta gera alguma controvérsia. Até alguns anos atrás, dizia-se que as mulheres grávidas deveriam comer de vez em quando, embora agora já tenhamos evidências confirmando que o jejum por um certo tempo não é prejudicial.
No final do dia, o que é decisivo é cobrir as necessidades alimentares no final do dia. Embora pareça impressionante, o momento da ingestão parece menos importante. Certos mitos já foram descartados a esse respeito, como o caso da janela anabólica, que se referia ao metabolismo das proteínas. No entanto, como regra geral, costuma ser mais simples para a dieta da gestante propor um esquema de 3 a 5 refeições diárias.
2. Embutidos podem ser incluídos na dieta?
Os embutidos são alimentos de má qualidade nutricional que apresentam um certo risco a nível microbiológico. Por esta última razão, a maioria deles deve ser excluída durante a gravidez, pois qualquer intoxicação geraria um sério problema no desenvolvimento e na saúde do feto. Portanto, é melhor evitar o seu consumo.
No entanto, no caso do presunto serrano, uma exceção pode ser feita se for cozido ou se nova mãe já tiver tido toxoplasmose antes da gravidez. Digamos que este alimento possa funcionar como uma boa fonte de proteínas de alto valor biológico. É considerado positivo desde que não contenha aditivos como nitritos. De acordo com pesquisa publicada na revista Nutrients, os embutidos podem aumentar o risco de desenvolver câncer a médio prazo.
3. Quanta energia preciso ingerir?
Existe um mito que diz que as grávidas têm que comer por dois. Isso não é certo. Durante o primeiro trimestre, as necessidades de energia dificilmente aumentam. Atingida a segunda fase da gravidez, será necessário garantir um excedente de 300 ou 500 calorias por dia para atender às novas demandas do feto.
É claro que será decisivo incluir na dieta proteínas suficientes de alto valor biológico. Esses elementos são essenciais para garantir que os tecidos se desenvolvam corretamente. Caso contrário, podem sofrer alterações no manejo do apetite e da saciedade.
Tire suas dúvidas sobre alimentação durante a gravidez
Como você viu, há uma série de dúvidas sobre alimentação durante a gravidez que são bastante comuns entre as novas mães. Estamos falando de uma fase em que se deve dar atenção especial aos hábitos de vida para evitar que tanto a mulher quanto o feto sofram problemas de saúde que possam afetar seu bem-estar. No entanto, não é difícil propor uma dieta que contemple as necessidades diárias quando se baseia no consumo de alimentos frescos.
Para finalizar, vale mencionar a importância de manter outros hábitos adequados, como dormir bem todas as noites. Cerca de 8 horas de sono farão a diferença, pois nesse período ocorrem os processos de adaptação e recuperação do desgaste do dia. Inclusive, um cochilo diurno de 20 minutos também é benéfico.
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