Placenta, cordão umbilical e saco vitelino: sistema de apoio vital ao bebê
O desenvolvimento do bebê dentro do útero requer um sistema de apoio vital composto pela placenta, cordão umbilical e saco vitelino. Esse sistema se encarrega de manter o bebê com vida ao mesmo tempo em que permite seu crescimento. Cada parte tem uma função específica e imprescindível e se formam unicamente para a gravidez.
Apesar de ser um sistema comum em todas as gravidezes a Placenta, cordão umbilical e saco vitelino são órgãos que não interferem em nenhum outro processo do corpo.
A placenta, cordão umbilical e saco vitelino se formam ao mesmo tempo em que a gestação começa. Cada um desses elementos se forma exclusivamente para amparar vitalmente o bebê.
Se a mãe eventualmente tiver outro filho, outro sistema vai se formar. No caso de uma gravidez de gêmeos ou múltiplos, pode ocorrer a compartimentação da placenta em gêmeos idênticos. Na maioria dos casos, os gêmeos ou os múltiplos têm sacos vitelinos diferentes e cada um também o próprio cordão umbilical. Apenas quando são gêmeos idênticos podem compartilhar alguns desses órgãos.
Placenta, cordão umbilical e saco vitelino: o que são e para que servem?
A placenta
A placenta é um órgão que se adere ao útero e se conecta ao bebê por meio do cordão umbilical. Sua função consiste em produzir os hormônios da gravidez, por exemplo a gonadotrofina coriônica humana hCG. E também produz a progesterona e o estrógeno.
Esse órgão tem a responsabilidade de estabelecer a conexão entre a mãe e o filho em relação ao fornecimento de sangue. O sangue que circula no feto é o sangue da mãe, mas que passa pela placenta. Por meio desse sangue, o oxigênio e os nutrientes da mãe são transferidos ao feto.
Antes de engravidar de você eu já te queria. Antes de que você nascesse eu já te amava. Antes de ter passado uma hora do seu nascimento, eu já morreria por você. Esse é o milagre do amor de mãe
-Maureen Hawkins-
Por sua vez, o material que vem do feto e que deve ser eliminado também é transportado pelo sangue. No entanto, esses materiais não se misturam com outros elementos graças à ação da placenta.
Depois do nascimento do bebê, acontece a expulsão da placenta, pois seu trabalho termina nesse momento. Essa estrutura vital ao feto pode trazer graves inconvenientes se falhar em algum momento da gravidez. À medida que o feto se desenvolve, a pressão sobre a placenta aumenta, o que normalmente provoca sangramento e outras complicações.
O cordão umbilical
O cordão é a linha de conexão vital entre a placenta e o bebê. Como dissemos anteriormente, a placenta é uma espécie de centro de operações entre mãe e filho. Por sua vez, o cordão umbilical é responsável por trazer e levar a informação correspondente, como se fosse uma ponte.
Esse elemento é composto por vasos sanguíneos, que são um par de artérias pequenas e uma veia grande. As duas artérias são responsáveis por levar o sangue até a placenta. Por sua vez, a veia traz o sangue de volta para o feto.
Um cordão umbilical normalmente pode crescer até 60 centímetros. O objetivo do comprimento é que o bebê possa se movimentar com liberdade. Além disso, sua composição o faz ser resistente a possíveis danos ocasionados pelos movimentos dos fetos.
Após o parto, o cordão sai junto com o bebê e a placenta. Ele é cortado e a maior parte dele é descartada. O outro extremo fica na pele do bebê, dando origem ao umbigo.
Saco vitelino ou amniótico
O saco vitelino é um órgão que fica cheio de líquido amniótico. Sua função é abrigar o feto durante todo o processo de gestação. Ele serve de abrigo, de sala de jogos e é, indispensavelmente, o lar do bebê. No saco amniótico o bebê se desenvolve nas condições que a natureza determina.
Sua composição é ideal para que o bebê possa permanecer suspenso, ao mesmo tempo que permite mobilidade e proteção contra ações externas. Com o objetivo de que as condições do saco sejam ideais, ele se mantém a uma temperatura aproximada de 37,6 ºC. Para maior efetividade, é necessário que essa temperatura seja um pouco acima da temperatura corporal da mãe.
O líquido presente no saco vitelino aumenta à medida que a gravidez avança. Na 10ª semana, estima-se 30 ml de fluido. Por volta da 36ª semana, essa quantidade terá aumentado até chegar a aproximadamente um litro.
Esse líquido não sai do organismo materno até o momento do parto, ele sai, inclusive, antes do bebê. Esse momento será a primeira vez em que o bebê estará fora de um ambiente aquoso.
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