Eu quero ser mãe, mas será que estou pronta?

A maternidade não é fácil, mas certamente traz muitos benefícios e experiências positivas. Se você não tem certeza de que está pronta, este artigo certamente vai ajudar.
Eu quero ser mãe, mas será que estou pronta?
María Alejandra Castro Arbeláez

Escrito e verificado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Última atualização: 14 setembro, 2021

Cem anos atrás, a maternidade era uma situação imposta. Considerava-se que, pelo simples fato de ser mulher, nossa obrigação era ter filhos. Hoje, felizmente, podemos escolher o que realmente queremos. E eu, com todos os seus prós e contras, quero ser mãe.

Me lembro de que quando era pequena adorava brincar de boneca. Amava cuidar delas, dar mamadeira e levá-las para passear. Eu me sentia responsável e madura, e não hesitava em dar bronca quando minhas bonecas faziam alguma travessura. Eu era muito pequena, mas já sabia que tinha nascido para isso.

“Mãe, eu quero ser mãe”, disse. Minha mãe sorriu para mim e respondeu que eu ainda era muito nova para saber o que queria. Eu ainda tinha que crescer, estudar e me conhecer melhor. “Então você pode tomar a melhor decisão”, ela disse.

Eu quero ser mãe, mas… como saber se estou pronta?

Muitos anos se passaram desde então. Vivi inúmeras experiências, conheci muitas pessoas e descobri o que quero da vida. Meus sonhos são um pouco diferentes agora. É verdade que uma das minhas prioridades é conseguir um bom emprego e ter um bom desempenho profissional, mas continuo com minha decisão.

Eu ainda quero ser mãe, mesmo depois de todo esse tempo. Eu ainda quero ter meu bebê em meus braços, ouvi-lo me chamar de “mãe”, observar seus primeiros passos e confortá-lo quando necessário.

 

Eu quero ser mãe, mas... como saber se estou pronta?

Mas com o passar dos anos não apenas meu desejo aumentou, também cresceram meus temores. Medos que nem passavam pela minha cabeça quando eu era criança. “E se eu não for uma boa mãe? E se meu bebê não me amar? Será que pode dar algo errado?”. Muitas perguntas surgem em minha mente sobre esse assunto. Perguntas que ninguém pode responder ainda, nem eu mesma.

Não sei se estou pronta ou se um dia estarei. Pergunto aos meus amigos e familiares, e todos eles me dizem a mesma coisa: “Nunca se sabe quando está pronta”. Simplesmente, cada um tenta trazer à tona o que há de melhor em si mesma e fazer o melhor que pode.

A maternidade me faz sentir uma grande esperança

Apesar de todos os medos mencionados acima, a emoção de ser mãe é muito mais poderosa. Sentir o bebê se mexendo dentro de mim é um dos sonhos mais maravilhosos do mundo. Não me importo com o desconforto ou a dor do parto: ver o rosto do meu filho recém-nascido vai fazer valer a pena todo esse sofrimento.

Sei que longas noites sem dormir me aguardam, porque meu bebê vai chorar ou não vai querer dormir. Haverá momentos em que me sentirei muito cansada e esgotada, e até o estresse pode aparecer. Sou humana e tenho consciência de que ser mãe não é uma tarefa fácil.

Muitas mulheres acreditam que trazer filhos ao mundo é algo simples, uma experiência em que a felicidade está presente 24 horas por dia. Infelizmente, quando você se torna mãe, descobre que nem tudo são flores.

O futuro de um filho é sempre obra de sua mãe.

-Napoleão Bonaparte-

Algumas mães desenvolvem depressão pós-parto. Outras entram em um estado de bovarismo que acabam pagando com os próprios filhos. Isso porque o papel da maternidade sempre foi mitificado para nós. Em outras palavras, nunca ouvimos que, embora as luzes sejam muito mais brilhantes do que as sombras, estas continuam existindo.

Ter consciência de que como mães teremos dias ruins é algo que precisa ser aprendido. Isso não nos torna pessoas más ou mães ruins, pelo contrário. Saber quais são as nossas limitações, errar e cair mil vezes será muito mais didático do que qualquer conselho bem intencionado.

Vou amar meu filho sem reservas

 

Amarei meu filho acima de todas as coisas. Pretendo apoiá-lo em tudo e transmitir segurança ao meu pequeno. Vou ensiná-lo a respeitar os outros e a acreditar em si mesmo. É verdade que não vou conseguir evitar que certas coisas aconteçam com ele ao longo da vida, mas, como todo mundo, ele aprenderá a se levantar.

Eu nunca vou humilhá-lo ou fazê-lo se sentir inferior. Vou repreendê-lo e puni-lo quando ele fizer coisas erradas, mas sempre explicarei o porquê. Não serei uma mãe que não dá ouvidos aos filhos porque têm coisas melhores para fazer. Estarei sempre pronta para ouvir e aconselhar.

Sei que não posso ser uma mãe perfeita, mas também sei que posso ser uma boa mãe. Não tentarei fingir ser o que não sou e tentarei não transformar em tragédia os erros que cometi. Tudo tem jeito nessa vida, e com uma educação baseada no amor, no respeito e no esforço, nada pode dar errado.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.