Rotina antiestrias no pós-parto

As estrias são uma das preocupações das mulheres no pós-parto. Não é apenas uma condição da pele, mas também pode causar angústia e desconforto.
Rotina antiestrias no pós-parto
Maria del Carmen Hernandez

Escrito e verificado por a dermatologista Maria del Carmen Hernandez.

Última atualização: 11 abril, 2023

Embora a gravidez seja um dos estados mais emocionantes, a rotina antiestrias no pós-parto pode ser exaustiva e longa. O ideal é prevenir o desenvolvimento das estrias, embora esta fase também possa ser o momento certo para combatê-las e erradicá-las.

O que são as estrias?

As estrias da gravidez são cicatrizes lineares atróficas que se manifestam por alterações no tecido conjuntivo da pele. Além disso, a presença delas pode causar sofrimento psíquico e emocional em diversas mulheres. Por sua vez, sua localização mais frequente é nas nádegas, no abdômen, nos seios, nas coxas, na virilha e nas costas.

O estágio inicial é caracterizado por lesões planas, vermelhas e pontiagudas, dispostas perpendicularmente à tensão da pele. Enquanto a fase posterior se manifesta com rugas, atrofia e hipopigmentação. O momento ideal para iniciar o tratamento e sua eliminação é assim que elas se desenvolvem, pois é quando a superfície da pele responde com mais eficiência.

Classificação das estrias

Estrias gravídicas é uma queixa comum em consultórios médicos e pode ser bastante angustiante. Além disso, elas podem ser classificadas de acordo com sua epidemiologia ou aparência:

  • Estrias brancas ou vermelhas.
  • Gravídica (após a gravidez).
  • Estrias de distenção.
  • Atróficas.

Cerca de 90% das mulheres podem desenvolver estrias durante a gravidez. Por isso, é importante planejar uma rotina antiestrias no pós-parto.

Conheça as rotinas antiestrias no pós-parto

O objetivo das rotinas antiestrias no pós-parto é reduzir o eritema, o edema e a própria irritação. Por sua vez, é um procedimento que busca estimular a produção de fibras elásticas e de colágeno, melhorar a hidratação da pele e reduzir a inflamação.

Manter a elasticidade e hidratação da pele durante a gravidez e o pós-parto é essencial. Por exemplo, óleos como rosa mosqueta, karité, jojoba e amêndoa doce são reparadores e hidratantes.

Hidratação

A hidratação para a prevenção e redução do aparecimento de estrias distendidas é uma das grandes recomendações. Manteiga de cacau, vitamina E, elastina, colágeno, vitamina A e ácido hialurônico são alguns dos componentes que alcançam o efeito desejado. Assim, a aplicação de hidratantes, tanto com cremes quanto com óleos, deve ser feita durante a gravidez e no pós-parto.

Protetor solar

Bronzear-se e proteger a pele com filtros solares adequados não são opções terapêuticas. No entanto, recomenda-se o uso constante e correto de protetor solar para evitar lesões hiperpigmentadas no futuro.

A pele exposta nas estrias é mais sensível e delicada que as demais, por isso deve ser tratada como a pele de um bebê. Além disso, se a hiperpigmentação se desenvolver nas estrias, o tratamento para erradicá-la deve ser diferente. O ideal é optar por um protetor solar com FPS maior que 30 e renovar sua aplicação a cada duas horas, caso fique em exposição aos raios ultravioleta.

Esfoliação

A microdermoabrasão com ponta de diamante causa ablação mecânica da superfície da pele danificada, desencadeando uma cascata inflamatória. Além disso, o uso de diferentes ácidos químicos em altas concentrações pode ser escolhido como esfoliante, desde que indicado por profissionais capacitados.

O uso desses agentes químicos também induz uma resposta inflamatória com a consequente formação de novo colágeno. Os ácidos mais usados são o ácido retinoico, o ácido tricloroacético e o ácido glicólico.

A esfoliação é importante para remover a camada de células mortas da pele pós-parto. Deve ser feito com cuidado e com produtos adequados.

Terapia a laser

Os lasers fornecem energia de luz para a pele, agindo em um cromóforo de tecido específico. Portanto, provocam aumento da produção de colágeno, diminuição da vascularização e aumento da pigmentação da melanina.

De acordo com uma revisão no American Journal of Clinical Dermatology, combinar tratamentos com lasers e modalidades como agentes tópicos pode mostrar resultados promissores. Além disso, o uso de lasers está associado a eritema, dor, formação de crostas e pigmentação alterada.

Cremes tópicos

As opções terapêuticas tópicas são frequentemente recomendadas para prevenir e tratar as estrias. A tretinoína é um dos cremes mais usados para clareá-las. No entanto, podem causar vermelhidão, irritação e descamação. Sua aplicação não é recomendada durante a gravidez.

Por sua vez, o uso de agentes tópicos é recomendado para estrias vermelhas ou arroxeadas. No entanto, nem todos os cremes são benéficos para o tratamento de ambos os tipos.

A prevenção é melhor que a cura

Embora sejam inofensivas, as estrias são uma das maiores causas de preocupações estéticas que geram ansiedade nas mulheres. O mais importante é sempre a prevenção antes do tratamento. Portanto, a hidratação adequada da pele, juntamente com uma dieta variada durante a gravidez, é o ideal.


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