A cama compartilhada e seu impacto no relacionamento do casal

A cama compartilhada e seu impacto no relacionamento do casal

Última atualização: 02 janeiro, 2017

Neste artigo vamos explicar o que é a cama compartilhada e quais são as suas consequências no relacionamento do casal. Sugerimos várias dicas para lidar com essa situação de forma tranquila.

Desde o primeiro momento em que temos nos braços nosso bebê não queremos nos separar dele em nenhum segundo.

Dedicamos toda a atenção, a energia e o tempo exclusivamente a ele sem pensarmos muito. Esquecemos de nossos papeis como profissional, filha, irmã, tia e inclusive mulher. Mas tem problema deixar de lado nosso companheiro?

A criação com apego, que a cada dia é promovida com mais força nos países ocidentais, tem a ver com a proximidade entre mãe e filho e a demonstração efetiva do amor incondicional, através da atenção de suas necessidades emocionais e físicas. 

Esse termo foi criado pelos Sears, uma família de médicos que publicou uma série de livros que destacam os benefícios da criação com apego baseada no fortalecimento do laço emocional. 

Os promotores da criação com apego incentivam as mães a se dedicarem de corpo e alma a seus filhos. Mas não é necessário que alguém nos diga que devemos dar amor e atenção a eles.

Alguns exemplos da criação com apego são: a aplicação do método “mãe canguru”, dando preferência para ter o bebê no colo antes de colocá-lo em um carrinho; a participação do pai e da mãe na criação dos pequenos; e a cama compartilhada, em que se dorme com o bebê na mesma cama.

Nós sabemos com certeza e aproveitamos com alegria. Contudo, muitas de nós não reparamos no fato de que o pai precisa de atenção também, e precisamos concedê-la.

A cama compartilhada tem riscos?

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Nessa montanha russa em que estão as emoções da mãe durante a etapa do puerpério, as seis semanas necessárias para nos recuperarmos do parto, o apetite sexual diminui significativamente e a reação amorosa passa para o segundo plano.  

Os cuidados com o bebê ocupam a maioria do dia e da noite, não dando tempo para nada mais. 

Quando o puerpério termina podemos pouco a pouco experimentar o aumento de nossa libido, e tanto nós como nosso companheiro podemos começar de novo a ter relações mais íntimas.

Mas com o bebê na cama pode ser difícil retomar a vida juntos.

Nessa situação, por em prática a cama compartilhada e deixar o bebê no quarto do casal deve ser uma decisão tomada entre ambos.

Se um dos dois não está de acordo, o melhor seria desistir provisoriamente porque o ideal é que o pai e a mãe fiquem satisfeitos de compartilhar com seu amado rebento um espaço tão importante como a cama.

A difícil tarefa de não anular a relação amorosa do casal

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Se você e seu companheiro decidem acolher o bebê na cama do casal devem se empenhar em renovar a relação amorosa.

  • A intimidade não deve se limitar ao quarto. Durante o dia há momentos para estreitar os laços com seu companheiro.
  • Converse durante o jantar ou enquanto lava as vasilhas. Demonstrar interesse um pelo outro é primordial para essa aproximação que deve se recuperar depois do nascimento do filho.
  • Desligue a televisão e compartilhe uma taça de vinho ou drink. Se estamos amamentando é preferível não ingerir álcool, mas um drink de frutas para nós e uma taça de vinho para ele são perfeitos para uma noite romântica, depois que o bebê tenha dormido.
  • Criem atividades para compartilhar. Tomar banho juntos depois de uma longa jornada é reconfortante,;fazer e receber uma massagem ou ler as notícias em voz alta são gestos são gestos amorosos que beneficiam a relação.
  • Sejam sempre namorados. Não há nenhuma razão para não namorarem, não andar de mãos dadas ou não presentear com flores.
  • O casamento não tem que acabar com o namoro e a amorosidade que caracteriza a época do início da relação.

A constituição da família pode representar um desafio diante da grande responsabilidade que devemos assumir com a criação de nossos filhos, mas eles não podem ser o centro do nosso universo.

De vez em quando é bom nos refugiarmos nos braços de nosso companheiro. Lá, sempre encontraremos a tranquilidade e o amor que necessitamos para nos sentirmos plenas.


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