O efeito Mozart: mito ou realidade?

O efeito Mozart: mito ou realidade?

Última atualização: 31 outubro, 2016

O Efeito Mozart é um exemplo de abordagem científica com respeito ao desenvolvimento de bebês, que chega ao fim pouco depois de nascerem.

O Efeito Mozart é a teoria que estabelece que a música composta por Wolfgang Amadeus Mozart causa uma série de benefícios para o ser humano e, neste caso, para os bebês.

Mas, ao contrário do que alguns pensam, o Efeito Mozart não aumenta a inteligência das crianças.

Desde o começo desse artigo pretendemos que você entenda que o efeito Mozart é só um mito: não possui influência sobre a mente dos pequenos.

Porém, desejamos que as leitoras conheçam os demais benefícios que seu bebê colhe ao escutar peças deste compositor e pianista austríaco.

Porque a música de Mozart?

Wolfgang Amadeus Mozart foi um menino superdotado que com apenas 5 anos compunha obras musicais e era destro nas interpretações, principalmente, na execução do violino e alguns instrumentos de tecla.

Em sua curta, porém frutífera vida (1756 – 1791) este gênio da música criou mais de 600 peças sumamente apreciáveis em sua época e principalmente hoje em dia.

Mas estudos científicos praticados ao longo de alguns anos quiseram atribuir às criações de dito compositor qualidades além de seu valor musical. Assim, nasceu o Efeito Mozart, uma teoria “científica”, durante muito tempo e até a atualidade, defendida por incontáveis pesquisadores.

O efeito Mozart para estimular os bebês

No final de tudo o conglomerado de opiniões de especialistas, pesquisadores e especuladores que começaram em 1991 à raiz da publicação de um livro, chegou-se a conclusão de que as características da música analisada é única em quantidade de pulsações por minuto, alta frequência e muitas outras especificações.

Sendo assim, e nos encontrando à margem de uma onda de detratores e defensores, é vital esclarecer que a música de Mozart gera uma série de estímulos favoráveis para o desenvolvimento emocional dos bebês.

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As composições de Mozart e, em especial, algumas de suas criações como a popular k488 (Sonata para Dois Pianos em Ré Maior) outorgam benefícios terapêuticos nos primeiros meses e anos de vida.

Escutar Mozart ativa várias áreas do cérebro, transmite ânimo, alegria, positivismo… e serve para despertar o gosto pela música bem cedo, principalmente por este tipo de melodia.

Concluindo:

Mais do que uma informação viral que deve ser difundida e acatada por todo, o efeito Mozart se transformou em um engano massivo amparado pela ideia de que algo tão sublime como a música pode ter efeitos sobre a inteligência ou o coeficiente intelectual das crianças.

Amparado talvez pelo desejo de que assim fosse ou pela necessidade sempre crescente que os humanos têm de transformar em mercadoria qualquer ideia nova, o Efeito Mozart foi transladado de boca em boca e os discos com a música desse compositor entraram em cada uma das casas.

O efeito Mozart: mito ou realidade?

A ideia de que a música de Wolfgang Amadeus Mozart ou qualquer outro compositor aumente a inteligência, a concentração, ative as áreas cerebrais que se encarregam da coordenação motora, ou facilite o processo de aprendizagem nos bebês, não é real.

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Se você quer um bebê inteligente, saudável e feliz, potencialize sua relação com ele. Converse, cante para ele, participe de suas brincadeiras.

Lhe recomendamos que o leve para passear para que ele descubra o mundo, lhe dê objetos e brinquedos novos com cores chamativas.

Leia contos para ele, crie histórias, o acaricie, beije-o e demonstre o quanto o ama.

Porém, para potencializar os benefícios citados antes, enquanto dorme e sempre com um volume baixo que lhe facilite, permita que escute a obra de Mozart.

 


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  • Campbell, D. (1999). Efecto Mozart. Ediciones Urano.
  • Ordoñez Morales, E., Sánchez Reinoso, J. S., Sánchez Maldonado, M. M., Romero Haro, C. E., & Bernal Iñiguez, J. D. (2011). Análisis del Efecto Mozart en el desarrollo intelectual de las personas adultas y niños. https://dspace.ups.edu.ec/handle/123456789/8378
  • Mata Calderón, M. G., & Polanco Bravo, C. P. (2016). Efecto Mozart en Prematuros (Bachelor’s thesis, Universidad del Azuay). http://201.159.222.99/handle/datos/4999

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