Vou ser padrasto: e agora?

Se você vai ser padrasto em breve, não perca tudo o que vamos contar a seguir.
Vou ser padrasto: e agora?
María José Roldán

Escrito e verificado por a psicopedagoga María José Roldán.

Última atualização: 10 outubro, 2023

Quando você se torna padrasto nem sempre é um caminho de rosas, por isso é importante que você leve em consideração alguns aspectos. Se você agir certo, certamente acabará sendo uma experiência gratificante e satisfatória. Então talvez você esteja se perguntando mentalmente: “Vou ser padrasto, e agora?”

É importante que você determine bem qual será o seu papel como padrasto e, principalmente, leve em consideração as responsabilidades que terá nessa nova fase familiar. Você pode se encontrar em momentos de confusão ou conflito, mas o que importa é saber administrar a situação.

Ser padrasto não é fácil

É verdade que não existe uma fórmula perfeita ou fácil para fazer isso, então você precisa ter paciência e entender os sentimentos dos outros. Ser padrasto não é fácil, pois você nunca será o pai biológico da criança. No entanto, as famílias adotivas podem se tornar fortes e estáveis. Você só precisa levar em consideração alguns aspectos para poder seguir no caminho certo.

Pode haver obstáculos relacionados à educação, à parentalidade ou a diferenças na forma de ensinar as crianças. Além disso, é possível que o ex-companheiro esteja sempre presente no dia a dia, nos rituais familiares ou nos dias de férias. Assim, o padrasto, muitas vezes, pode se sentir relegado.

Muitas vezes o padrasto pode sentir que fica em segundo plano, já que os pais biológicos têm mais peso nas decisões que dizem respeito aos filhos. Porém, isso é normal, é saudável e deve ser respeitado.

Avance pouco a pouco

No início, é importante ir devagar, ser um adulto amoroso e ter um papel semelhante ao de um mentor, mas não de um pai biológico. Relacionamentos são como plantas, você tem que se doar todos os dias e dar-lhes tempo para crescer e se tornarem mais fortes e resistentes. Você não quer correr. Deixe as coisas acontecerem naturalmente, pois se você tentar ganhar a confiança da criança de maneira não sincera, ela vai notar e rejeitar sua presença.

Em vez disso, se você permitir que o tempo guie você, estará no caminho certo para construir um relacionamento mais profundo e significativo. E isso não tem nada a ver com ser ou não o pai biológico do filho da sua parceira.

Seja realista

É fundamental ter uma atitude realista e não se deixar levar por pensamentos que não fazem sentido em relação à família que está sendo reconstruída. Nesse sentido, você deve ser flexível para alcançar uma família unida. Cuide dos laços afetivos com todos os membros que estão no núcleo familiar.

Não imagine situações idílicas porque elas não acontecerão como você as tem em mente. Ajuste-se à realidade e aja de acordo, mas sempre com respeito e carinho para com cada membro da família.

Ser padrasto e companheiro

Você pode achar que não é fácil ser um parceiro e um padrasto ao mesmo tempo. Mas de qualquer forma, seja qual for a situação, é importante saber cuidar da relação o máximo possível. Dessa forma, pode-se criar um vínculo resistente diante das adversidades.

Sempre que você tiver divergências sobre criação de filhos, finanças ou qualquer outro assunto da vida cotidiana, é essencial conversar em particular. Nesse momento, as crianças não devem estar presentes.

Quando há divergências ou situações complicadas, é fundamental chegar a acordos pela resiliência e evitar conflitos desnecessários.

Dicas para que tudo corra bem

Existem algumas dicas que você pode seguir para que as coisas corram melhor a cada dia. De fato, quando você perceber que surgem situações difíceis, lembre-se dos seguintes pontos:

  • Sempre coloque as necessidades em primeiro lugar e não os desejos. As crianças precisam de amor incondicional, carinho e regras consistentes. Presentes desnecessários só vão deteriorar o relacionamento, mesmo que você pense o contrário no início. Nunca compre presentes para compensar seus sentimentos ruins.
  • Não podem faltar regras em casa. Deve haver regras estabelecidas em conjunto com seu parceiro e as consequências de quebrá-las devem ser previamente acordadas com os filhos. Claro, você tem que ser constante e consistente o tempo todo.
  • Crie novas tradições familiares buscando atividades especiais para fazer com seus enteados. Nunca force relacionamentos.
  • Respeite o ex-companheiro, pois ele sempre será o pai biológico dos filhos. Não importa a opinião que você tem dele. Na frente dos pequenos, fale sempre respeitosamente com essa pessoa.

A comunicação é essencial

Lembre-se de sempre discutir as coisas com sua parceira e nunca usar as crianças como mensageiros ou detetives. Os obstáculos estarão garantidos nessa nova etapa, mas vale a pena fazer a sua parte para que tudo corra bem.


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  • Blanco, F. (2021) Cómo ser padre primerizo y no morir en el intento. Editorial: Aguilar

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