5 dicas para evitar que seus medos contaminem o seu filho

5 dicas para evitar que seus medos contaminem o seu filho
María Alejandra Castro Arbeláez

Escrito e verificado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Última atualização: 05 julho, 2017

Sentir medo é uma situação normal para os seres humanos, já que é um sentimento que nos alerta diante de qualquer ameaça. Isso é natural, inclusive nas crianças da casa, porque eles desconhecem muitíssimas coisas que os rodeiam, mas pouco a pouco vão superando esses medos. O problema aparece quando, nós pais somos os causadores desses temores que se perpetuam no tempo.

Embora não consigamos nos dar conta disso cedo, muitas vezes, nós pais nos encarregamos de transmitir esse sistema de crenças sobre os novos membros da família, os que inclui milhares de irregularidades. Se nós não resolvermos esse assunto de modo inteligente para evitá-lo, essas fraquezas nos acompanharão no futuro.

Para evitar que seus medos contaminem seus filhos, primeiro você deve reconhecê-los

As crianças são como esponjas que absorvem todo tipo de informação, mas não têm a capacidade de distinguir o bem do mau. Por esse motivo, nós adultos somos a principal fonte de aprendizado e de conhecimento, quer dizer, representamos para eles uma referência de como eles devem agir na vida.

Com certeza, vocês já os ouviram dizer que querem ser como você ou como o papai quando crescerem… essa frase revela a mais pura verdade da infância: papai e mamãe são o exemplo a ser seguido. Nesse sentido é fundamental que conheçamos nosso eu interior, e que descubramos quais medos não gostaríamos de lhes transmitir.

Não se angustie se você não souber como interromper esse processo. Tudo isso é um processo que devemos compreender e, além disso, você pode seguir os conselhos que daremos a seguir para alcançar esse objetivo.

Não deixe seus medos contaminarem seus filhos

Toda pessoa se define de acordo com a criação que recebeu, e com as circunstâncias que vivenciou ao longo dos anos. No entanto, uma vez que já tenhamos essas belas crianças em nossos braços, devemos ser muito cuidadosos para não influenciá-las com essas experiências negativas que já tenhamos vivenciado.

Cada um escreverá sua própria história, com altos e baixos. Isso não é um fato indiscutível, mas se como pais introduzirmos na cabeça delas uma série de preconceitos que ainda não puderam descobrir, estaremos diante de um ser com altas probabilidades de ser submisso, isolado, vulnerável e desmotivado em relação ao meio em que estiverem.

A criação que recebemos de nossos pais influencia nossa forma de educar nossos filhos

Provavelmente, na sua infância você caiu de uma árvore e não teve coragem de voltar a subi-la por medo, ou seus pais impediam você de sair à rua com o restante das crianças, pois não queriam que acontecesse nada de ruim com você… você quer que seu filho viva com essas sombras, apenas porque você vivenciou essas situações? Claro que não.

5 dicas para que seus medos não contaminem seus filhos

Levando em consideração esse tema, trazemos uma lista de cinco soluções simples para que você saiba evitar que os reis da casa sejam contaminados por essas frustrações que você carrega em seu coração.

  • Considere a dimensão e avalie os medos que habitam no seu coração: com essa informação, procure reconhecer de que maneira você lhes transmite esses medos.
  • Tente falar sobre essas coisas que assustam você e enfrente-as: não se trata de apenas falar delas, mas sim de que lhes mostre uma forma eficaz de enfrentá-las.
  • Não exagere esses temores: ninguém sabe o que pode chegar a preocupar você de verdade, mas cuidado ao falar desse tema, para que eles não achem que seja algo diferente do que realmente é.
  • Se você percebe que sente medo, considere esse sentimento e faça uma reflexão sobre diferentes soluções.
  • Não se deixe iludir pelas suas preocupações, nem abra espaço para que você se sinta mal por aquilo que você tem medo.

A superproteção, o melhor amigo dos medos

Ninguém quer que as crianças que tanto alegram a nossa existência passem por situações difíceis ou perigosas, que acarretem em um possível risco. Como responsáveis pela integridade deles temos que orientá-los para que saibam de que maneira sempre devem se cuidar e a reconhecer o verdadeiro perigo.

Às vezes passamos a mão na cabeça deles nesses momentos difíceis e não nos damos conta de que os estamos superprotegendo. Essa atitude errada faz com que as crianças comecem a fortalecer o medo dentro de si mesmas, e fique difícil superar essas emoções.

Cuidar de seus filhos não significa impor milhares de limites para que não saiam de uma bolha, pelo contrário; é convidá-los a enfrentar o mundo para que saibam discernir o que não se deve fazer. Isso não é uma tarefa fácil, mas com amor vamos conseguir fazer com que eles sejam livres e felizes.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.