Como controlar o tempo de tela de seus filhos

As telas vieram para ficar. A alfabetização digital deve incluir não apenas habilidades para navegar ou buscar informações, mas também para controlar o tempo gasto nas telas.
Como controlar o tempo de tela de seus filhos
Maria Fátima Seppi Vinuales

Escrito e verificado por a psicóloga Maria Fátima Seppi Vinuales.

Última atualização: 28 março, 2023

A tecnologia por si só não é a solução nem o problema. Por exemplo, pode ser usada para que seu filho encontre informações atualizadas enquanto faz o dever de casa. No entanto, também pode ser uma fonte de dificuldades na hora de interagir, caso a criança queira sempre brincar com o celular. No fim das contas, o que faz a diferença é o seu uso. Aqui estão algumas dicas para estabelecer o tempo de tela para seus filhos.

As telas são onipresentes

Dispositivos móveis, videogames e televisão estiveram presentes desde o início. Então, chegou a pandemia e as aulas, assim como as confraternizações, que começaram a fazer parte do mundo 2.0. Assim, a tecnologia e todas as suas propostas através das telas vieram para ficar.

Os pais encaram esse desafio de elevar os valores tradicionais, mas com exposição altíssima e estímulos visuais e auditivos que competem diretamente com as palestras dos pais. Então, ao invés de tentar ir contra o uso da tecnologia, trata-se de aprender a conviver com ela.

Dicas para controlar o tempo da tela

Abaixo, você encontrará algumas dicas para limitar o tempo que seus filhos passam na frente de dispositivos tecnológicos.

Reserve algum tempo para a tecnologia

É importante que os pequenos também desenvolvam habilidades digitais. Portanto, é válido permitir que eles se divirtam e usem videogames ou celulares. Sim, é importante negociar com eles qual será a duração e quando será permitido o uso. A este respeito, tenha em mente que as regras devem ser adequadas à idade.

Dependendo da idade da criança, é importante determinar quanto tempo ela poderá ficar na frente de uma tela e em que horários do dia.

Alternar seu uso

Mesmo quando seus filhos aproveitam o tempo de tela, esse uso pode ser orientado. Por exemplo, os adultos podem brincar junto. Dessa forma, também se exercita o respeito aos turnos (por exemplo, um nível cada) e o aprendizado do jogo em equipe, entre outros benefícios.

Instalar controles de uso

A tecnologia também nos permite fazer configurações para controlar seu uso. Por exemplo, após duas horas de atividade por dia, o acesso a determinados aplicativos pode ser bloqueado.

Demarque zonas e momentos livres para usar a tecnologia

Por exemplo, não pode usar o celular no almoço ou jantar ou é proibido usar o tablet na cama, entre outras medidas. Por sua vez, é melhor evitar a presença da televisão ou do computador na sala.

Ofereça outras atividades

Em vez das telas, você pode propor ao seu filho que jogue um jogo de tabuleiro, pratique esportes ou qualquer outro plano que seja do seu interesse.

Oferecer às crianças outras atividades para reduzir o tempo de tela é fundamental, como jogar jogos de tabuleiro. Além disso, é uma boa opção para o pai ou a mãe compartilhar esse momento com seus pequenos.

Outras considerações a ter em conta sobre a utilização de telas

Além de limitar o uso da tela em seus filhos, é importante que você esteja atenta a outros aspectos, como:

  • O uso de telefones celulares é desencorajado quando as crianças acabaram de se levantar ou antes de dormir.
  • Você deve monitorar o conteúdo que as crianças acessam. Assim como você não permitiria que eles pulassem uma parede de 3 metros, você também não deveria deixá-los navegar livremente na Internet. Existem aplicativos que facilitam o controle dos pais e bloqueiam determinados sites.
  • Converse com seus filhos sobre a importância de ter outras atividades. Passar muito tempo em frente a um aparelho traz inúmeras consequências para a saúde, tanto física, como o sedentarismo, bem como mental, por exemplo, a ansiedade gerada por não conseguir parar de controlar notificações e curtidas.
  • Escolha jogos em que seus filhos possam ter um papel mais ativo ou reflexivo. Por exemplo, jogos de perguntas e respostas em vez de jogos em que basta apertar um botão.
  • Se você perceber que seu filho tem um problema sério com o uso de dispositivos, ofereça ajuda em vez de ficar brava com isso.
  • Preste atenção às mudanças no comportamento ou humor de seu filho. Por exemplo, diante do isolamento, irritabilidade, ansiedade ou medo de ficar sozinho. Muitas vezes, os pequenos podem ser vítimas de cyberbullying ou grooming e não ousam contar aos pais.

As telas não podem ser a resposta para tudo

Por fim, é importante que você possa pensar no seu próprio uso da tecnologia, em um duplo sentido. Em primeiro lugar, para seus assuntos pessoais. Quanto tempo você gasta na frente do seu celular para responder mensagens? Você o usa enquanto come com sua família? Você abre mão de uma brincadeira com seus filhos para ver as notificações das redes sociais?

Sem dúvida, a tecnologia teve um impacto total em cada uma de nossas atividades diárias e, às vezes, seu uso é quase automático. No entanto, para estabelecer um limite para seus filhos, você deve refletir sobre seu próprio comportamento e ser capaz de estabelecer um limite para si mesma. É importante que você possa ser um exemplo para seus filhos e respeitar as próprias regras que você estabelece com eles.

Em segundo lugar, você deve considerar o uso da tela como um intermediário ou uma ferramenta sempre que precisar distrair os pequenos ou quiser evitar uma birra. Como dizem os especialistas, a tecnologia é a nova chupeta ou mamadeira eletrônica com uso conveniente e, às vezes, pouca consciência.


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