Como lidar com uma gravidez não planejada

Receber a notícia de que está grávida quando isso não fazia parte dos seus planos pode ser devastador. Portanto, compartilhamos algumas diretrizes que podem lançar alguma luz sobre essa situação.
Como lidar com uma gravidez não planejada
Elena Sanz Martín

Escrito e verificado por a psicóloga Elena Sanz Martín.

Última atualização: 27 dezembro, 2022

Descobrir que você está grávida quando isso não fazia parte dos seus planos pode ser realmente avassalador. De repente, o mundo para e todos os seus projetos futuros são suspensos diante desta notícia. Uma gravidez não planejada é um assunto realmente delicado e importante porque, qualquer que seja a sua decisão, a sua vida mudará significativamente.

Por isso, você deve tentar manter a calma e pensar cuidadosamente sobre as alternativas. Por nenhuma razão você deve fazer uma escolha precipitada motivada pelo medo ou pela pressão externa. Por fim, é você quem experimentará as consequências dessa decisão, sejam elas quais forem e, portanto, o direito e a responsabilidade de decidir pertencem a você.

A realidade de uma gravidez não planejada

Geralmente pensamos que uma gravidez não planejada é algo típico da adolescência, que ocorre como consequência da falta de informação ou de precaução. No entanto, há diferentes realidades. Isso pode acontecer com mulheres jovens ou adultas, solteiras ou em um relacionamento. Mesmo aquelas que utilizam as maiores medidas de proteção podem se ver diante dessa situação.

Cada caso será completamente diferente do outro, uma vez que o impacto dependerá da situação pessoal e financeira da mulher. No entanto, existem algumas diretrizes que podem ajudar a lançar alguma luz e traçar um caminho a ser seguido diante da confusão e angústia inicial.

Mulher triste com teste de gravidez positivo porque não foi planejada.

Como lidar com uma gravidez não planejada

1. Não fugir da situação

Algumas mulheres, por medo de enfrentar a realidade, geralmente adiam a realização dos exames pertinentes para corroborar a gravidez. Elas tentam se convencer de que se trata de estresse ou de algum tipo de distúrbio hormonal. Assim, deixam que as semanas passem, sem se dar conta de que este é um período valioso e necessário para refletir.

É compreensível que o medo nos paralise no início, mas devemos encontrar coragem para descobrir o que está acontecendo. Se você não estiver grávida, economizará momentos de angústia e incerteza. E, se estiver, poderá começar a assimilar a notícia. Tenha em mente que mais cedo ou mais tarde você terá que tomar uma decisão; não deixe o medo roubar o seu precioso tempo.

2. Defina a sua posição em relação à gravidez

Esse ponto é muito importante, já que uma gravidez não planejada não terá o mesmo significado para uma mulher que preferia esperar alguns anos do que para uma que não quer ser mãe em momento algum. Tente identificar claramente a sua posição sobre a maternidade.

Você gostaria de ser mãe um dia? Este é um dos seus objetivos de vida, independentemente de este ser ou não o momento certo? Ou, pelo contrário, isso é algo que você não quer?

3. Pese as alternativas

Procure profissionais de saúde e associações que possam oferecer informações confiáveis e precisas. Em alguns casos, dependendo do quanto a gravidez estiver avançada, é possível e legal fazer um aborto. Há também a opção de entregar a criança para adoção. Ou, em última análise, você pode decidir ficar com o seu bebê e formar uma família.

Mulher preocupada com uma gravidez não planejada.

Porém, é preciso levar em conta as consequências físicas, psicológicas e econômicas de cada alternativa. Um aborto pode produzir sérias consequências emocionais. No entanto, entregar o filho para adoção e até mesmo mantê-lo sem querer ser mãe também não são panoramas mais simples.

Por isso, é fundamental que esta seja uma decisão ponderada, consciente e, sobretudo, sua. Cada pessoa que você perguntar terá a própria opinião pessoal e moral. E não há problema nenhum em pedir conselhos e buscar o apoio dos seus entes queridos diante de uma situação tão delicada. Porém, não se esqueça de que a decisão final deve ser baseada apenas nos seus próprios sentimentos. Pense em como cada uma das opções vão te afetar a longo prazo e decida por conta própria.

4. Sua vida não vai acabar; uma nova etapa vai começar

Por fim, se você decidir ir em frente e ter o bebê, tente ser positiva e proativa. É inútil, uma vez tomada a decisão, que você fique presa na tristeza e na frustração. Não se atormente com pensamentos catastróficos: você ainda poderá estudar, continuar com a sua carreira, manter as suas amizades e ter o seu tempo de lazer. Sua vida não vai acabar, apenas uma nova etapa vai começar.

Tente se manter saudável, tanto física quanto emocionalmente, pois o seu bebê também experimentará as suas emoções. Neste ponto, tente aproveitar plenamente a sua gravidez e a vida do seu pequeno. A aventura não acaba, mas agora há alguém que vai te acompanhar pelo caminho.


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