Como prevenir más oclusões em crianças
Os problemas de mordida afetam grande parte da população mundial. Portanto, prevenir as más oclusões em crianças ajuda a evitar distúrbios mais complexos no futuro.
Desde que nascemos, os ossos da face e depois os dentes se adaptam às condições do ambiente. A forma como engolimos, mastigamos e respiramos influencia o desenvolvimento dessas estruturas. Mas a presença de hábitos e patologias da boca também influenciam na forma de oclusão.
Os maxilares e os dentes se desenvolvem e se posicionam durante a infância, por isso devemos estar atentos a certas questões para evitar que uma mordida defeituosa se consolide.
As más oclusões acabam alterando as funções e a aparência da boca das crianças e, se não tratadas, pioram ao longo da vida. Continue lendo e descubra o que você pode fazer a respeito.
Más oclusões em crianças
As más oclusões dentárias são a terceira patologia dentária mais frequente segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). São alterações na forma como os maxilares e os dentes superiores e inferiores se relacionam.
O crescimento ósseo inadequado e a posição incorreta dos dentes causam um mau funcionamento do aparelho de mastigação. Isso condiciona a forma de comer e falar, assim como a estética do sorriso.
As más oclusões geralmente começam a se manifestar durante a infância, quando as estruturas orais da criança estão se desenvolvendo. A hereditariedade e a genética, assim como os maus hábitos estabelecidos desde cedo, podem ser a origem desses problemas.
Respiração oral, sucção digital, deglutição atípica e interposição de língua são algumas das práticas que favorecem o desenvolvimento de más oclusões. O uso prolongado e inadequado de chupeta ou mamadeira, a perda prematura de dentes por cárie ou trauma e o bruxismo também predispõem ao desenvolvimento de problemas de mordida na infância.
Estratégias para prevenir más oclusões em crianças
Para evitar os problemas funcionais e estéticos causados pelas más oclusões em crianças, a melhor alternativa é evitar uma mordida ruim. As ações preventivas variam dependendo de quando são aplicadas. Portanto, cinco níveis podem ser distinguidos:
- Primeiro nível: são as ações que são aplicadas durante a gestação e o nascimento da criança. Consistem em educar e aconselhar os pais nas primeiras fases da vida da criança. A ênfase é colocada na nutrição adequada durante a gravidez e na promoção do aleitamento materno para favorecer o correto desenvolvimento da musculatura perioral e da mandíbula.
- Segundo nível: são as medidas aplicadas na fase de dentição temporária, através do controle da dieta, da higiene e da limitação dos hábitos parafuncionais. Mastigar alimentos sólidos, prevenir cáries e manter os espaços se os dentes forem perdidos precocemente são medidas incentivadas.
- Terceiro nível: trata-se de limitar os danos antes que a situação progrida e se agrave. Isso inclui o uso de ortodontia interceptiva e extrações de supranumerários para ganhar espaço. Essas abordagens iniciais do problema evitam a necessidade de tratamentos mais complexos no futuro.
- Quarto e quinto nível: trata-se do tratamento de danos e da reabilitação de funções perdidas por meio de terapia ortodôntica ou cirurgia ortognática.
Como você pode deduzir, quanto mais cedo você agir, menor será o risco de desenvolver problemas de mordida no futuro. Tomar medidas preventivas desde o nascimento pode evitar o resultado de distúrbios complexos e a necessidade de tratamentos desconfortáveis e caros.
Algumas dicas para prevenir as más oclusões nas crianças
Como já mencionamos, prevenir as maloclusões nas crianças no início da vida ajuda a limitar o risco de problemas bucais complexos. Com ações simples, os pais podem promover o correto desenvolvimento e posicionamento da mandíbula e dos dentes de seus pequenos.
A seguir, vamos dizer-lhe como fazê-lo. mirar!
Optar pela amamentação sempre que possível
A alimentação através do seio da mãe estimula os músculos orais do bebê e favorece o avanço da mandíbula.
Os bebês nascem com a mandíbula ligeiramente retraída, mas o esforço de mamar no seio, sugando e engolindo o leite materno promove o crescimento adequado dos ossos e músculos da boca.
Assim, a amamentação favorece a obtenção de uma boa relação entre o maxilar superior e inferior. E ao promover o correto desenvolvimento dos músculos orofaciais, estes melhoram a sucção, a deglutição e a respiração do bebê.
De qualquer forma, isso não significa que, se o bebê for amamentado, não precisará do uso de aparelhos no futuro, pois existem outros fatores que também influenciam no desenvolvimento da oclusão.
“A amamentação ajuda a evitar anomalias dentomaxilofaciais, más oclusões dentárias e a necessidade de ortodontia no futuro.”
-Sociedade Espanhola de Ortodontia (SEDO)-
Promover a mastigação desde os estágios iniciais
Quando a alimentação complementar começa, muitos pais preferem o clássico mingau. Mas prolongar dietas moles, trituradas e fáceis de engolir pode afetar o desenvolvimento correto dos maxilares e dos músculos da mastigação.
Se não estimularmos as crianças a fazerem um esforço para mastigar, é provável que elas se acostumem a comer alimentos que geram pouca resistência, como os alimentos macios.
Por isso, é aconselhável oferecer aos pequenos dietas variadas em termos de texturas, sabores e tamanhos dos alimentos. Em vez de fazer mingau de vegetais, você pode oferecer pequenos pedaços dos mesmos vegetais cozidos no vapor. Isso estimulará a mastigação, sem correr o risco de asfixia.
Deve-se seguir uma evolução nos tipos de alimentos a serem oferecidos: é preciso começar com texturas mais macias, depois semissólidas e sólidas e, por fim, as mais duras. Essa progressão ajudará os músculos a ficarem mais fortes e os movimentos de mastigação promoverão o correto desenvolvimento das estruturas orais.
Retirar a chupeta a tempo
Se usada corretamente, a chupeta pode ser uma grande aliada na hora de acalmar o bebê, podendo até reduzir a incidência de morte súbita infantil e proporcionar segurança, confiança e conforto ao pequeno.
A sucção da chupeta é considerada não nutritiva, pois são realizados os mesmos movimentos de sucção no bico da chupeta, mas nenhum alimento é obtido através dela. Esse hábito pode alterar o correto desenvolvimento oral e afetar o posicionamento natural da mandíbula.
Para que esse costume não se torne prejudicial, recomenda-se não prolongar seu uso após 2 anos, embora alguns pediatras sugiram iniciar seu abandono a partir dos 12 meses. Além disso, ao oferecer a chupeta à criança, é importante certificar-se de que ela seja do tamanho certo para a boca do bebê.
Evitar a sucção do dedo
Para algumas crianças, chupar o dedo é uma ação relaxante e calmante quando elas estão nervosas, com fome ou cansadas. E embora esse hábito seja bastante normal nos primeiros meses, é prejudicial se continuar além de 2 anos. Este é outro tipo de sucção não nutritiva.
A pressão exercida pelo dedo sobre os dentes e o palato interfere no correto desenvolvimento dos maxilares. Além disso, afeta o posicionamento dos dentes e da língua, e causa problemas ao morder.
Procurar alternativas que ajudem a criança a abandonar o hábito de chupar o dedo é o ideal. O processo pode ser longo e complicado, mas com paciência, acompanhamento e ajuda profissional, a sucção do dedo pode ser controlada.
Cuidar da saúde bucal
Manter os dentes saudáveis também ajuda a prevenir as más oclusões. Tentar higienizar a boca dos pequenos desde cedo evita muitos problemas que afetam a maneira como eles mordem.
Quando as crianças sofrem de cárie, o risco de perder os dentes antes do tempo aumenta e sua ausência na boca interfere na erupção adequada dos dentes definitivos e seu posicionamento. Dessa forma, a mordida é afetada e o dano se perpetua até a idade adulta.
É por isso que escovar os dentes, passar fio dental e usar creme dental com flúor, assim como dietas saudáveis e exames odontológicos regulares tornam-se essenciais para cuidar da boca das crianças.
Comparecer às consultas odontológicas
Desde o primeiro ano de vida dos bebês, é importante encontrar um odontopediatra que ajude os pais a cuidar da boca de seus filhos. Em seguida, serão necessários acompanhamentos a cada 6 ou 12 meses, dependendo de cada caso.
Com visitas regulares, o profissional pode avaliar o estado da boca, detectar qualquer problema a tempo e encontrar a solução mais adequada. Além disso, assim ele acompanha o crescimento dos maxilares e a erupção dentária e vai conhecendo os hábitos ou costumes que podem afetar o correto desenvolvimento oral da criança.
Quando se inicia a substituição de dentes temporários por permanentes, por volta dos 6 anos, é aconselhável consultar o ortodontista. A avaliação desse especialista ajuda a detectar quaisquer alterações na posição dos dentes e maxilares e a lidar com os problemas precocemente.
Ações precoces para prevenir as más oclusões nas crianças
O ditado de que “É melhor prevenir do que remediar” é bastante famoso, e essa frase também se aplica à ortodontia.
Como afirmamos anteriormente, evitar danos será mais fácil e melhor para a criança, pois ela não terá problemas na boca nem precisará de tratamentos desconfortáveis e caros no futuro.
É verdade que alguns problemas bucais não podem ser evitados, principalmente aqueles relacionados à genética e à hereditariedade. Mas corrigir certos hábitos e práticas precocemente pode ajudar a prevenir as más oclusões nas crianças.
Com pais informados e atentos, que acompanham e cuidam com responsabilidade do desenvolvimento da boca dos pequenos, sorrisos saudáveis e harmônicos podem ser alcançados.
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