Como o consumo de álcool afeta os pequenos?

Como o consumo de álcool afeta os pequenos?
María Alejandra Castro Arbeláez

Escrito e verificado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Última atualização: 29 março, 2021

Na época em que vivemos, muitos modelos foram desfeitos. Existe maior liberdade em vários aspectos. As crianças acreditam que são adultos e, em grande medida, nós permitimos isso. Por exemplo, o álcool em menores não deveria ser uma preocupação, a não ser que a mãe faça uso dessa substância durante a gravidez. Porém, lidamos socialmente com esse problema, pois muitas crianças e adolescentes consomem produtos alcoólicos com frequência.

É inédito encontrar notícias sobre a morte ou o alcoolismo de crianças de 12 anos. No entanto, é a utilização de outras substâncias que suscita maior preocupação. Ou seja, um problema que todos nós poderíamos ter em casa, deixa de ser importante em relação a outros.

O melhor ensinamento começa com o exemplo

Nesse sentido, entende-se que a dificuldade para controlar o consumo de álcool em menores de idade é a legalidade do produto. É um problema sério ser um produto legal, popular e estar sempre ao alcance. Em geral, são os próprios pais que ajudam a fazer com que pareça uma prática normal.

Infelizmente, as crianças estão consumindo álcool com mais frequência do que deveriam. Muito mais grave é o fato de que a irresponsabilidade de alguns pais os leva a incentivar os pequenos e até a oferecer o produto. No entanto, essas substâncias podem ser muito perigosas para as crianças.

O consumo de álcool é perigoso para a saúde das crianças

Os corpos das crianças não amadureceram o suficiente para suportar as consequências dessas substâncias. O álcool, como outros elementos, pode ser altamente prejudicial para um sistema pouco desenvolvido. Embora o consumo em grandes quantidades não seja frequente, alguns casos merecem atenção.

Quando se trata de crianças menores de 15 anos, é menos comum o consumo de álcool. No entanto, os adolescentes, que também estão em situação de risco, são bastante ativos nessa prática. A curiosidade muitas vezes leva as crianças a experimentar, embora elas também o façam para socializar e melhorar seus relacionamentos.

Em um caso recente ocorrido em San Martín de la Vega, na Espanha, um menino de 12 anos morreu devido ao consumo excessivo de álcool. Esse fato indica que a idade de início do consumo de bebidas alcoólicas diminuiu.

Nesse sentido, a educação deve ser aprimorada e se tornar mais firme em relação a essa questão. Segundo especialistas, isso revela que não há percepção dos malefícios que o álcool pode causar em crianças. Em outras palavras, não sabemos o risco para a saúde do consumo dessas bebidas. Em geral, estamos muito mais preocupados com a hora que nossos filhos chegam em casa e como se vestem do que com o que eles fazem nas festas.

Danos que pode causar

Os pesquisadores médicos explicam que o consumo frequente não tende a ser tão perigoso quanto o que eles chamam de “compulsão”. A compulsão consiste em consumir bebidas alcoólicas em grandes quantidades em um período muito curto de tempo. Esses episódios geralmente acontecem ao longo de vários fins de semana consecutivos. O resultado dessa rotina é a intoxicação por álcool, às vezes muito séria e com consequências irreversíveis.

Segundo avaliações médicas, crianças acostumadas a consumir álcool podem apresentar os seguintes prejuízos corporais:

  • Condições no sistema digestivo, como gastrite ou refluxo
  • Distúrbios e doenças hepáticas, como cirrose
  • Transtornos emocionais
  • Problemas psicológicos
  • Prejuízos no sistema nervoso
  • Lesões devido a quedas ou batidas
  • Propensão a consumir outras substâncias nocivas
  • Comportamento violento
  • Comportamento sexual impróprio, que pode levar a gravidez indesejada, estupro ou doença
  • Propensão a ser vítima de crimes
  • Morte por acidentes, suicídio, afogamento ou outros acidentes
  • Variação na puberdade como consequência da alteração hormonal
  • Ansiedade, depressão e baixa autoestima.

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