Uma dieta pobre na gravidez pode levar à obesidade infantil, segundo um estudo

O excesso de peso nas primeiras fases da vida condiciona o aparecimento de patologias metabólicas crônicas. Cuidar da dieta durante a gravidez pode evitar essa situação.
Uma dieta pobre na gravidez pode levar à obesidade infantil, segundo um estudo

Última atualização: 07 abril, 2021

O excesso de peso é um dos principais problemas de saúde nos países desenvolvidos. Essa condição aumenta o risco de desenvolver outras patologias crônicas e complexas, como diabetes, ou de natureza cardiovascular. O que muitas pessoas não sabem é que uma dieta pobre durante a gravidez pode levar à obesidade infantil.

Durante a fase de gestação, é essencial garantir que o feto receba todos os nutrientes que necessita, mas nas quantidades certas. Incluir uma grande quantidade de aditivos, compostos tóxicos ou elementos prejudiciais à saúde na dieta pode afetar negativamente a saúde futura da criança.

A obesidade antes da gravidez condiciona a saúde futura do bebê

De acordo com uma pesquisa publicada em International Journal of Epidemiology, o fato de uma mulher estar com sobrepeso ou obesidade antes de engravidar pode aumentar o risco de o bebê desenvolver problemas neurológicos. Outras patologias também podem surgir a partir dessa situação, como as alergias.

A partir dessas publicações, concluiu-se que o estado da composição corporal da mãe afeta a saúde do feto e do futuro filho. Mas não é só isso que importa, pois a nutrição na gravidez também é um fator essencial para prevenir problemas crônicos no bebê em estágios posteriores.

Uma dieta pobre durante a gravidez aumenta o risco de obesidade no bebê

Como discutimos, os alimentos ingeridos durante a gravidez têm um impacto significativo na saúde e no desenvolvimento do feto e do bebê. Nesse sentido, é importante garantir que os requerimentos de nutrientes essenciais sejam satisfeitos para garantir a correta progressão.

Conforme evidenciado por um estudo publicado na revista Pediatric Obesity , as intervenções dietéticas e de estilo de vida durante a gravidez são úteis para reduzir o risco de obesidade infantil.

Nesse sentido, é importante garantir a presença de vegetais na dieta. Ao mesmo tempo, é essencial evitar o consumo de açúcares simples e gorduras trans. Esses elementos condicionam a saúde metabólica da mãe, mas também do feto. Desse modo, podem ocorrer ineficiências no desenvolvimento, que podem se traduzir em tendência a acumular gordura durante os primeiros anos de vida.

É preciso ter sempre em mente que a obesidade responde a fatores ambientais, mas também genéticos. Por isso, durante os primeiros estágios de reprodução celular no feto, qualquer ineficiência derivada de uma alimentação inadequada por parte da mãe pode causar sérios prejuízos.

Uma dieta balanceada na gravidez para reduzir a obesidade infantil

Quando se cuida da alimentação durante a gravidez, é muito mais provável que o bebê nasça sem complicações e com um estado de saúde adequado. Além disso, também será reduzido o risco de alterações metabólicas que podem levar ao desenvolvimento de um estado de sobrepeso ou obesidade, além de desencadear outras patologias mais preocupantes.

Por isso, deve-se sempre priorizar o consumo de alimentos frescos em relação aos industrializados ultraprocessados. Ao mesmo tempo, devemos eliminar o consumo de toxinas, como o álcool.

Também é aconselhável reduzir a contribuição de aditivos alimentares, como os adoçantes artificiais ou certos conservantes. A melhor opção é comprar os produtos no mercado e cozinhá-los em casa, controlando os preparos para evitar a presença de compostos de qualidade duvidosa.

Gravidez: a importância de evitar uma dieta pobre

A alimentação é de vital importância na gravidez

Como comentamos, monitorar a alimentação durante a gravidez é vital. Dessa forma, garante-se um correto desenvolvimento do feto para que ele nasça sem alterações em suas funções fisiológicas.

É necessário lembrar que a obesidade infantil é um problema crescente de saúde pública que condiciona o aparecimento de patologias complexas que colocam em risco a vida. Um exemplo deles seria o tipo cardiovascular. Nesse sentido, a melhor estratégia é a prevenção.

É preciso apostar na educação nutricional nas primeiras fases da vida. Mas tudo começa com os hábitos da mãe, antes mesmo de decidir engravidar. Partir de uma situação de peso normal reduz os riscos e também facilita a adaptação da alimentação durante a gravidez.


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