Disquesia do lactente: tudo o que você precisa saber

Disquesia do lactente: tudo o que você precisa saber
Diego Pereira

Revisado e aprovado por o médico Diego Pereira.

Última atualização: 27 dezembro, 2022

A disquesia do lactente é um mal-estar que pode ser comum durante as primeiras semanas de vida do recém-nascido. Não é uma patologia em si nem um sintoma de algum doença; no entanto, é um estado bastante complicado para o recém-nascido.

Um transtorno que não deve ser confundido com prisão de ventre

A disquesia do lactente é o assincronismo que se produz entre o desejo de defecar que o bebê sente e sua incapacidade de fazê-lo. É a desconexão entre a ação e seu resultado.

Dito de outra forma, é quando você percebe que o seu filho quer fazer suas necessidades, empurra, se encolhe e faz força, mas seu orifício anal se fecha e não ele consegue realizar sua vontade.

Diferentemente do que algumas pessoas pensam, disquesia não é sinônimo de prisão de ventre. A primeira ocorre pela imaturidade do sistema excretor e não tem nada a ver com os alimentos e a quantidade que a criança ingere, como acontece com o segundo transtorno.

Quando uma criança sofre de prisão de ventre é porque suas fezes estão secas, duras e se tornam difíceis de expulsar; por outro lado, no caso da disquesia às vezes são macias e leves, como as de outros lactentes, só que não saem porque a criança não consegue relaxar e abrir seu esfíncter.

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Outra característica que ajuda na diferenciação da disquesia e da prisão de ventre é que quando a criança sofre de prisão ela não tem nenhuma ou pouca defecação o dia todo. No entanto, quando existe a disquesia pode chegar até a 10 defecações no mesmo dia, assim como acontece com qualquer outro bebê que apenas se alimenta de leite fórmula ou do leite materno.

Como saber se o seu filho está sofrendo de disquesia?

Para saber se o seu filho está sofrendo de disquesia você pode prestar atenção nesses dois sinais:

  1. Ela adotará a posição costumeira para defecar e se comportará tal e como se fosse defecar, mas vai demorar muito para fazer isso e vai acabar chorando. Ao abrir um pouco as nádegas do bebê, você perceberá que seu ânus está completamente fechado.
  2. Uma vez que consiga fazer suas necessidades você perceberá que elas são moles e quase líquidas.

“A disquesia do lactente acontece quando a criança quer defecar, mas seu organismo, ainda imaturo, não sabe como fazê-lo”

O que fazer para solucionar o problema?

A disquesia geralmente some com o tempo, quando o sistema excretor amadurece e a criança aprende a relaxar seu esfíncter para que as fezes saiam sem problemas.

Não é preciso aumentar nem diminuir a quantidade de leite ou mudar para outros alimentos; em poucas semanas o bebê vai superar sozinho o problema. Pois bem, para acalmar o sofrimento e melhorar a qualidade de vida do pequeno, recomendamos que você proceda da seguinte forma:

Console seu filho

O primeiro de tudo é que o seu bebê possa relaxar. Para isso, a melhor maneira é tentar acalmá-lo. Qualquer demonstração de carinho da sua parte fará com que ele se tranquilize e pouco a pouco o esfíncter irá se abrir.

Flexione as pernas do bebê em direção ao ventre

Ainda que o bebê nasça com as pernas quase flexionadas sobre o ventre, para ajudá-lo a expulsar suas fezes você pode reforçar essa postura. Com delicadeza empurre as pernas em direção ao abdômen de maneira que as próprias fezes pressionem um pouco o esfíncter e este se abra.

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A disquesia do lactente: tudo o que não devemos fazer

A disquesia do lactente será um mal passageiro sempre e quando você levar em conta os nossos conselhos.

Além disso, é importante que você evite as infusões, os laxantes e as massagens na barriga do bebê se você nunca fez isso e não sabe como fazer. O mesmo vale para o estímulo no ânus com os seus dedos ou qualquer outro elemento. Esse último procedimento pode ser efetivo num primeiro momento, mas será prejudicial para o seu filho em longo prazo porque pode acostumá-lo a fazer suas necessidades apenas quando receber o estímulo.

Se você acha que não é capaz de lidar com esse transtorno ou acredita que o seu filho precisa de uma consulta médica, não hesite em procurar um pediatra, ele dirá como você deve agir da melhor maneira.


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