A educação das crianças com autismo na escola

Para dar uma educação de qualidade às crianças com autismo, é necessário que a escola tome uma série de medidas. A seguir, vamos explicar quais são elas.
A educação das crianças com autismo na escola
Ana Couñago

Escrito e verificado por a psicóloga Ana Couñago.

Última atualização: 27 dezembro, 2022

Atualmente, pretende-se que a educação das crianças com autismo na escola seja o mais inclusiva possível. Portanto, no sistema educacional atual, várias medidas podem ser adotadas para a inclusão das pessoas com Transtornos do Espectro Autista. Dessa forma, uma série de recursos de apoio e uma atenção especializada são oferecidas, proporcionando uma educação digna e equitativa.

A educação das crianças com autismo na escola

Os alunos com autismo podem frequentar diferentes tipos de escola, dependendo do tipo de atenção educacional de que precisem, de acordo com o nível de comprometimento do transtorno. Assim, essas crianças podem estudar em:

  • Uma escola comum.
  • Uma escola de educação especial.
  • Simultaneamente nos dois tipos de escola.

A maioria delas frequenta uma escola comum, onde podem estar:

  • Na sala de aula comum, com adaptações e recursos específicos.
  • Em uma sala de aula de educação especial, onde recebem um aprendizado mais individualizado.

Em qualquer um dos casos, os principais responsáveis ​​por ensinar esses alunos são o professor titular e o professor assistente, de tal forma que eles devem estar alinhados e manter uma boa comunicação entre si, para que a criança com autismo atinja os objetivos do curso.

Mas, além disso, a escola também deve ter uma série de características e recursos necessários para fornecer um bom suporte educacional aos alunos com Transtorno do Espectro Autista.

A educação das crianças com autismo

Características da escola para atender as crianças autistas

Quanto às características da escola, existem várias medidas que devem ser adotadas para atender as crianças com autismo na escola de forma adequada.

Nesse sentido, para favorecer a autonomia desses alunos, é interessante que a escola esteja sinalizada com pictogramas nas áreas comuns. Esses indicadores visuais podem ser colocados na porta de entrada correspondente a cada local.

Dessa forma, a orientação do referido grupo na escola será aprimorada, permitindo que identifiquem cada sala e a atividade desenvolvida nelas.

Além disso, para facilitar as possibilidades de antecipação, o ambiente deve ter uma estrutura previsível e fixa, evitando contextos mal definidos e caóticos. Portanto, é necessário promover um ambiente estruturado no qual a criança possa conhecer os padrões básicos de comportamento e ter certeza do que é esperado dela o tempo todo.

Da mesma forma, o professor titular deve ser responsável por fornecer ao aluno com autismo um ensino adaptado às suas necessidades na sala de aula comum. Portanto, é importante que o professor:

  • Torne concreta a apresentação de novos conceitos e de material abstrato.
  • Use, tanto quanto possível, a aprendizagem baseada na prática.
  • Use organizadores gráficos e de suporte visual.
  • Apresente um quadro visual informativo com as instruções para a entrega e a conclusão de tarefas.
  • Forneça instruções diretas e com exemplos.
  • Use uma linguagem clara e promova os valores da convivência em sala de aula.

Professores especializados necessários para a educação de crianças com autismo na escola

Se o aluno com autismo não apresentar habilidades de autonomia pessoal, é necessário que a escola tenha um especialista em apoio educacional. Ele tem a função de dar suporte nas tarefas de:

  • Vigilância.
  • Cuidado.
  • Ajuda no pátio e no refeitório.
  • Serviço de saúde e segurança.
  • Assistência em momentos específicos na sala de aula.
crianças com autismo

Por outro lado, é necessário que a escola tenha professores de pedagogia terapêutica (PT) e audição e linguagem (AL), que têm a função de atuar como um suporte para o ensino desse tipo de aluno.

Eles são responsáveis por selecionar, elaborar e adaptar o material didático para facilitar a assimilação do conhecimento por esse tipo de aluno, realizando um programa de intervenção específico.

No caso da intervenção com crianças com autismo, os professores de pedagogia terapêutica devem trabalhar, entre muitas outras coisas, em:

  • Fazer com que entendam que os seus comportamentos podem influenciar o ambiente.
  • Ensiná-los a se relacionar com os outros em diferentes situações e contextos.
  • Ajudá-los a entender e a comunicar as próprias emoções e pensamentos, bem como os dos outros.

No caso dos professores de audição e linguagem, eles devem fazer intervenções focadas na aprendizagem de:

  • Habilidades de comunicação funcional da vida real.
  • Aquisição da linguagem verbal e não verbal.
  • Capacidade de entender e reagir às demandas do ambiente.
  • Competências para iniciar e manter conversas.

Esse apoio educacional é oferecido durante mais ou menos tempo por semana e de uma maneira relativamente individualizada, dependendo das necessidades específicas da criança com autismo.


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