Estereotipia na infância

A estereotipia na infância geralmente começa antes dos dois anos de idade e ocorre mais frequentemente em meninos do que em meninas.
Estereotipia na infância

Última atualização: 16 junho, 2019

As estereotipias são, basicamente, movimentos repetitivos que ocorrem na infância. Entre outros sintomas, podem incluir movimentos simples, como balançar o corpo, movimentos com a cabeça, estalar os dedos ou apresentar oscilações mais complexas.

De qualquer forma, a estereotipia na infância faz parte do desenvolvimento dos pequenos e, portanto, não deve ser a causa de uma preocupação especial.

Trata-se de um transtorno motor que se desenvolve na infância e envolve movimentos repetitivos sem propósito. De fato, a estereotipia na infância geralmente aparece entre 2 e 5 anos de idade, embora em alguns casos infelizmente persista até a adolescência.

As estereotipias são episódios prolongados do mesmo movimento e geralmente ocorrem mais frequentemente em meninos do que em meninas.

O lado positivo é que, na verdade, a estereotipia não causa nenhum dano ao cérebro. No entanto, ainda não se sabe exatamente o que causa esse transtorno ou porque algumas crianças realizam tais movimentos.

Em termos gerais, nos referimos a comportamentos que a pessoa pode controlar, que são repetitivos e que não têm nenhum propósito funcional. As estereotipias podem durar de alguns segundos a algumas horas e podem ocorrer muitas vezes ao dia.

Esses transtornos geralmente permanecem iguais durante todo o desenvolvimento e podem melhorar sem tratamento à medida que as crianças crescem. As situações mais comuns nas quais as estereotipias podem ocorrer são quando as crianças viajam de carro, enquanto comem ou assistem televisão.

Quais são os sintomas de estereotipias na infância?

A estereotipia é um movimento, uma postura ou uma expressão repetitiva. Ela tende a se manifestar com movimentos simples como o balanço do corpo.

Em alguns casos, no entanto, pode apresentar movimentos mais complexos, como acariciar ou cruzar as pernas. Ademais, os comportamentos estereotipados também podem assumir outras formas incomuns.

A estereotipia na infância pode ocorrer entre 2 a 5 anos de idade.

Esse tipo de movimento repetitivo e sem propósito é comum em crianças pequenas e não indica necessariamente um transtorno grave de movimento. No entanto, os movimentos estereotipados complexos são bem menos comuns e ocorrem em apenas 3 a 4% das crianças.

Esse tipo de movimento repetitivo varia muito e se manifesta em cada criança de forma independente. Os movimentos repetitivos podem aumentar dependendo do estado emocional da criança como o tédio, o estresse, a excitação ou a exaustão.

Ademais, enquanto algumas crianças podem parar os movimentos se a atenção for voltada para ela ou se estiverem distraídas, outras simplesmente não conseguem parar.

Muitas vezes, as crianças com autismo apresentam esses padrões de comportamento repetitivo, restringido e estereotipado.

Além disso, as estereotipias motoras geralmente são diagnosticadas em pessoas com deficiências intelectuais e doenças relacionadas ao desenvolvimento neurológico. Porém, também podem ser encontradas em crianças que têm desenvolvimento completamente normal.

Como combater a estereotipia na infância?

Esse tipo de movimento geralmente aparece pela primeira vez nos primeiros três anos de vida. A causa do transtorno de movimento estereotipado é desconhecida. No entanto, existem vários fatores que podem ser relacionados ao desenvolvimento dessa condição.

Além disso, alguns movimentos estereotípicos podem ser causados devido ao uso de certos medicamentos. Nesse caso, geralmente desaparecem quando o tratamento é interrompido.

Certos medicamentos não são prescritos para crianças com alguma forma de transtorno de movimento. Isso porque os efeitos colaterais podem superar os benefícios. Assim como muitas condições que prejudicam as crianças, o tratamento têm melhores resultados ao combater diretamente esse tipo de distúrbio se a identificação for precoce.

É melhor identificar as estereotipias na infância o quanto antes.

Conclusão

Como você pôde ver, a estereotipia motora pode afetar as crianças desde cedo e persistir, pelo menos, até a adolescência. No entanto, pode ser tratada com terapia comportamental e alguns medicamentos.

Em qualquer caso, é preciso ter em mente que a grande maioria das crianças responde bem às estratégias de autoajuda. Assim, geralmente, não há necessidade de tratamentos específicos. Isso porque a estereotipia tende a diminuir com a idade e com o tempo.

No entanto, se a estereotipia chegar a interferir no desempenho escolar, nas relações com os amigos ou no cotidiano da criança, será necessário recorrer a um tratamento que possibilite combater as estereotipias na infância.


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