
O medo da água é relativamente comum entre crianças pequenas e pré-escolares. Isso pode persistir durante toda a infância se não for resolvido a tempo, por isso é aconselhável abordar o problema desde o início.
Os bebês, para se desenvolvem normalmente no útero, precisam de um equilíbrio na produção de líquido amniótico. Um aumento ou deficiência pode ser arriscado e trazer complicações.
Calcula-se que 2% das mulheres gestantes possui excesso de líquido amniótico, condição conhecida como polidrâmnio. Alterações no líquido amniótico em qualquer fase da gravidez podem trazer complicações que colocam em risco a vida da criança. A seguir, saiba o que é, como é diagnosticado e as possíveis causas dessa condição.
O polidrâmnio ou excesso de líquido amniótico nada mais é do que um aumento na quantidade de fluido no saco amniótico. Uma quantidade adequada de fluido protege o bebê, que começa a engoli-lo e inalá-lo até o segundo trimestre da gravidez.
Isso permite o desenvolvimento dos pulmões e do sistema digestivo, já o aumento do líquido indica um problema nesses mecanismos.
Ele é diagnosticado através de uma ecografia em que se determina o nível de líquido amniótico. Realiza-se calculando a profundidade do fluído em quatro áreas do útero para somar os resultados obtidos. Se houver uma profundidade superior a 24 cm, a mulher grávida apresenta polidrâmnio.
A quantidade de líquido amniótico pode variar em cada mulher e aumenta à medida que avança a gestação. No entanto, seu ponto mais alto é atingido até a semana 32, e se mantém estável até a semana 36.
Daí em diante começa a diminuir, mas nunca deixa de existir. Pode atingir quantidades aproximadas de 800 ml a 1 litro.
“Ter excesso de líquido amniótico durante a gravidez pode levar a complicações graves”.
Na maioria dos casos, as causas desta anomalia são desconhecidas pela comunidade médica. No entanto, se presume que ocorre devido a uma excessiva produção de líquido ou problemas para sua absorção. Outras causas prováveis são:
Há um leve aumento desta condição em mulheres com diabetes e incapacidade de controlar os níveis de açúcar no sangue.
Outra das causas do excesso de líquido amniótico são as malformações fetais. O desenvolvimento incorreto do esôfago, do pâncreas, do duodeno e inclusive do sistema nervoso do feto aumenta as possibilidades de ocorrência do polidrâmnio. Outras alterações fetais podem ser:
Na maioria dos casos, essas alterações são detectadas com testes especiais e exames de polidrâmnio. No entanto, em fetos grandes, é muito comum observar grandes quantidades de líquido amniótico.
Os riscos de excesso de líquido amniótico aumentam na gravidez de gêmeos univitelinos e bivitelinos. Este perigo aumenta quando ocorre a síndrome de transfusão intergemelar.
Nesta condição, um dos fetos produz mais sangue do que o outro, e, devido às ligações sanguíneas, uma instabilidade hemodinâmica é gerada.
É importante ressaltar que os sintomas podem variar de mulher para mulher, e muitas nem sequer mostram sinais. Os sintomas podem aumentar de acordo com a gravidade do caso. Os sintomas de excesso de líquido amniótico podem ser:
No entanto, convém estar alerta, já que muitos destes sintomas podem ser confundidos com outras patologias. Por tal razão, o médico deve ser consultado imediatamente para um diagnóstico acertado e a tempo.
Basicamente, os riscos podem vir dos sintomas que a mãe apresenta. Além disso, uma complicação pode levar ao parto prematuro, descolamento de placenta, ruptura de membranas ou problemas com o cordão umbilical, entre outros.
Os riscos para o bebê envolvem crescimento fetal restrito, parto por cesariana e, às vezes, a morte.
O tratamento, na maioria dos casos, visa tratar a causa e aliviar o desconforto da mãe.
Em resumo, ter excesso de líquido amniótico durante a gravidez pode levar a complicações graves. No entanto, o monitoramento frequente pode reduzir as chances de sofrer dessa condição e aumentar as chances de uma gestação bem-sucedida.