Infecções vaginais durante a gravidez

O processo de gravidez provoca uma alteração nos hormônios do corpo da mulher e uma maior vulnerabilidade perante agentes patogênicos externos. Esse é o caso das infecções vaginais.
Infecções vaginais durante a gravidez

Última atualização: 19 abril, 2018

As infecções vaginais durante a gravidez são mais comuns do que se pensa. A razão principal é que o processo hormonal da gestação altera o estado natural da vagina, o que provoca sua vulnerabilidade a todos os tipos de infecções.

A vagina convive com microrganismos, que são os causadores das infecções. Em estado natural, esses microrganismos estão sob controle graças ao sistema imunológico da mulher. No entanto, na gravidez seu estado pode variar devido às alterações hormonais.

Quando ocorre uma infecção vaginal, o mais recomendável é se consultar com um médico especialista. Apesar de muitas vezes não serem invasivas para o bebê, a falta de cuidados pode complicar a situação da gravidez. As infecções vaginais ignoradas podem provocar contrações, ruptura de membranas e partos prematuros.

Quais infecções vaginais são comuns durante a gravidez?

As infecções vaginais que ocorrem mais frequentemente durante a gravidez são a vaginite ou a vulvovaginite. Essas patologias ocorrem por causa da alteração do pH da vagina, principalmente devido às alterações hormonais. Além da gravidez, a menopausa também pode provocar essa alteração.

Outras infecções devido a fungos também são comuns. A mais comum é a candidíase, produzida pelo fungo Candida. Durante a gravidez, o organismo da mulher está mais propenso a contrair doenças desse tipo.

Por fim, existem infecções produzidas por bactérias, como é o caso da vaginite bacteriana. Esse tipo de infecção é a mais invasiva se não for tratada a tempo ou de forma correta. Sua evolução no organismo pode provocar contrações e partos prematuros.

“Apesar de muitas vezes as infecções não serem invasivas para o bebê, a falta de cuidados pode complicar a situação da gravidez.”

Por que as infecções vaginais ocorrem?

A causa mais comum das infecções vaginais durante a gravidez está relacionada com os processos hormonais durante esse período. As alterações hormonais da mulher durante a gravidez provocam mudanças no pH da vagina e, portanto, na flora vaginal. Esse meio será favorável para os microrganismos que vivem nessa região, causando infecções.

Alguns conselhos para evitar infecções vaginais:

  • Evitar a higiene excessiva. A vagina é, por natureza, um ambiente úmido cujo fluxo natural mantém sob controle as possíveis infecções. Quando a vagina é lavada frequentemente, sua lubrificação diminui, dando lugar à alteração do pH.
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  • Usar roupas preferivelmente de algodão. O algodão é uma das fibras que melhor permite a transpiração, diferentemente da lycra ou do nylon. Usar roupas íntimas apertadas também favorece a formação de infecções.
  • Optar por sabões e sabonetes neutros. Tanto para a higiene pessoal quanto para lavar as roupas. Os sabões comuns contêm muitos aditivos químicos ou fragrâncias que podem ser irritantes para a vagina.
  • Usar preservativos perante à suspeita de infecções. Se há dúvida sobre a presença de algum tipo de infecção, é recomendável o uso de preservativos. Dessa forma, é possível prevenir o contágio do parceiro.

Quais são os sintomas das infecções vaginais?

Quando se trata de uma infecção comum, os sintomas podem ser observados nas secreções cotidianas ou na aparência da vulva. Por exemplo, o fluxo se torna mais excessivo, viscoso e malcheiroso. Sua aparência pode ser amarelada, cinza ou com uma tonalidade esverdeada.

Em alguns casos, a vulva fica irritada e apresenta erupções ou um tipo de eczema. A área ao redor dos lábios fica avermelhada e sensível ao toque. Também pode haver coceira, ardência e inchaço na região.

Algumas mulheres sentem dor ou dificuldade para urinar e durante o ato sexual. Até mesmo as roupas íntimas podem ser incômodas devido ao atrito com a vagina.

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O que fazer perante a suspeita de uma infecção vaginal?

Perante qualquer dúvida, o ideal é consultar um médico especialista. Portanto, a mulher grávida não deve se automedicar sob nenhuma circunstância. Também não deve passar pomadas ou remédios caseiros sem a supervisão do médico.

Se a infecção for produzida por um fungo, provavelmente o tratamento também será aplicado no parceiro. Nesses casos, é importante seguir as indicações rigorosamente para evitar complicações ou novas infecções.

Após curar a infecção, será necessário colocar em prática diferentes medidas preventivas. A alimentação também pode ser um condicionante para o aparecimento de infecções. O consumo excessivo de carboidratos beneficia a reprodução dos fungos. Em contrapartida, para combatê-los, recomenda-se o consumo de laticínios, como o iogurte, por exemplo.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.