Intervenção educacional para crianças com deficiência intelectual

O sistema educacional tem o dever de responder às necessidades especiais das crianças com deficiência intelectual. A seguir, vamos explicar quais medidas devem ser tomadas.
Intervenção educacional para crianças com deficiência intelectual
Ana Couñago

Escrito e verificado por a psicóloga Ana Couñago.

Última atualização: 27 janeiro, 2023

A intervenção educacional para crianças com deficiência intelectual é essencial para que a escola seja inclusiva. Atualmente, existem várias medidas de atenção à diversidade, incentivando:

  • O desenvolvimento integral de todos os alunos.
  • O direito a uma educação digna em escolas comuns ou, em casos excepcionais, em escolas especializadas.

“Todo mundo é um gênio, mas se você julgar um peixe pela sua capacidade de escalar uma árvore, passará toda a vida acreditando que é um incapaz.”

-Albert Einstein-

Intervenção educacional para crianças com deficiência intelectual

Os alunos com necessidades educacionais especiais associadas à deficiência intelectual têm a possibilidade de contar com uma série de recursos específicos, tais como:

  • Apoio personalizado.
  • Medidas extraordinárias.
  • Adaptações curriculares.
  • Flexibilização.
  • Atenção individualizada.

Desse modo, esses alunos podem superar as barreiras de aprendizagem e receber um tratamento justo e equitativo. Assim, os principais responsáveis pelo ensino dessas crianças em uma escola comum são:

  • O professor titular.
  • O professor de apoio.
Intervenção educacional para crianças com deficiência intelectual

Intervenção educacional do professor titular

O titular da sala de aula tem a responsabilidade de criar um clima de diversidade, promovendo, assim, o conhecimento, o respeito mútuo e a aceitação das diferenças. Para isso, ele deve implementar uma série de medidas adaptadas a todos os níveis de aprendizagem das crianças da turma, seguindo uma metodologia inclusiva.

Dessa forma, é possível optar por:

  • Adaptar metodologias e materiais às necessidades de todos os alunos.
  • Criar agrupamentos flexíveis.
  • Propor atividades semelhantes às dos seus pares para as crianças com deficiência intelectual, mas com algumas modificações, tais como:
    • Conceder mais tempo para concluir tarefas.
    • Simplificar o conteúdo ou a sua apresentação.
    • Dar explicações passo a passo.
    • Fornecer ajuda e orientação.
    • Diminuir o número de tarefas necessárias.
  • Criar uma rotina de trabalho na qual esse tipo de aluno tenha independência e treine a autodeterminação.
  • Dedicar um tempo maior a determinados objetivos ou conteúdos importantes para todos os alunos, mas especialmente para aqueles com deficiência intelectual. Portanto, é interessante trabalhar o desenvolvimento da:
    • Comunicação.
    • Alfabetização.
    • Psicomotricidade.
    • Habilidade para usar os números e as operações básicas.
    • Capacidade de estabelecer relações interpessoais.
  • Estabelecer, em casos excepcionais, adaptações curriculares significativas. Estas consistem em:
    • Eliminar conteúdos e objetivos considerados essenciais.
    • Modificar os critérios de avaliação.

Além disso, para que tudo isso seja eficaz, é essencial que o professor evite o uso de rótulos negativos e comparações e que ele saiba lidar com as possíveis frustrações dos alunos com deficiência intelectual, a fim de evitar possíveis comportamentos agressivos ou de automutilação.

Intervenção educacional dos professores de apoio

Os professores de apoio são de grande relevância para a aprendizagem das pessoas com deficiência intelectual, pois eles costumam ser o principal pilar para o seu ensino na escola. Eles estão em comunicação contínua com o titular da sala de aula para desempenhar as suas funções de reforço educacional.

crianças com deficiência intelectual

Assim, os professores de Pedagogia Terapêutica (PT) e de Audição e Linguagem (AL) são responsáveis por:

  • Selecionar, elaborar e adaptar o material didático.
  • Facilitar a assimilação de conhecimentos.
  • Criar programas individualizados de intervenção educacional.

Além disso, um aluno com deficiência intelectual que não apresente habilidades de autonomia pessoal precisará da assistência de um Cuidador ou Assistente Educacional durante o período escolar para ajudá-lo a desempenhar essas habilidades.

Ou seja, a sua principal função é fornecer suporte de natureza educacional, mas não de ensino, desenvolvendo tarefas relacionadas com:

  • Autonomia.
  • Acessibilidade.
  • Deslocamento.
  • Saúde.
  • Segurança.
  • Atenção, vigilância e cuidados.

Em resumo, o fato de ter um aluno com deficiência intelectual na escola implica a implementação de uma intervenção educacional específica e personalizada.


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