Mamãezite aguda, o bebê só quer ficar com a mamãe

Seu filho que está mais ou menos com dois anos não quer se separar de você nem por um minuto? Veja do que se trata neste artigo.
Mamãezite aguda, o bebê só quer ficar com a mamãe

Última atualização: 12 novembro, 2018

É sempre um drama quando você não pode estar junto com seu pequeno? Se você está passando por uma situação como essa, seu bebê está na fase da mamãezite aguda.

Você sabe o que é isso?

O que é a mamãezite aguda?

Podemos dizer que uma criança está com mamãezite aguda quando já desenvolveu suficientemente sua autonomia física para poder se locomover sozinha, mas mesmo assim procura a mamãe para tudo e não suporta de separar dela.

Mesmo quando pode ficar com outras pessoas com quem também tem uma relação de confiança.

Naturalmente, um bebê não é autossuficiente. Assim precisa da proteção dos pais, sobretudo nos primeiros meses.

A mãe é o seu mundo, sua figura de apego. Mas, à medida que cresce e adquire novas habilidades, vai precisando menos de ajuda e se tornando mais independente.

mamãezite aguda

Quando a mamãezite aguda aparece?

O principal pico de mamãezite aguda aparece aproximadamente entre os 10 e os 18 meses.

Nessa fase, as crianças começam a se tornar mais conscientes de si mesmas e mais autônomas.

Isso quer dizer que já conseguem andar, correr e se locomover. O principal objetivo delas é explorar o mundo ao redor, sempre acompanhadas pela mamãe.

A fase seguinte acontece um pouco mais tarde, especificamente entre dois e três anos de idade.

Os bebês se relacionam tanto com o mundo que os rodeia quanto com as pessoas que vivem nele.

Tudo isso envolve conhecer muitas pessoas novas. Nessas situações, eles se sentem mais confortáveis se a mamãe estiver por perto para dar a sensação de segurança.

E, por fim, pode acontecer uma terceira fase da mamãezite aguda por volta dos quatro ou cinco anos. Momento em que as crianças querem fazer tudo com a mamãe, ir ao supermercado, cozinhar...

Nessa fase, ocorre uma espécie de “paixão” pela mãe que na teoria psicanalítica recebe seu próprio nome.

Além dessas fases de mamãezite aguda pelas quais todas as crianças passam, há momentos em que pode haver recaídas.

Ou seja, uma fase de mamãezite aguda que não é mais que um momento de insegurança de crianças que se apegam na mamãe para tentar recuperar a estabilidade.

Há muitos motivos que podem desencadear essas situações de apego excessivo.

Assim, pode ser devido ao momento evolutivo pelo qual a criança está passando ou outros motivos externos, como uma doença ou ciúmes pela chegada de um irmãozinho, por exemplo.

A boa notícia é que esses momentos costumam ser passageiros e fáceis de resolver.

O que podemos fazer para curar a mamãezite aguda?

A solução é muito simples: paciência e muito bom senso. Devemos ajudar nosso filho a recuperar a confiança em si mesmo e tentar fazer com que ele seja capaz de ficar com outras pessoas.

Também é muito importante que nosso pequeno aprenda a ficar somente com o papai ou com os avós.

No primeiro momento, vamos tentar fazer com que passe momentos agradáveis, ou seja, que faça coisas como brincar ou ler historinhas para que, depois de alguns dias, seja capaz de realizar as tarefas rotineiras sem a mamãe por perto.

A melhor maneira de dar independência ao nosso filho, com tão pouca idade, é por meio das brincadeiras.

Podemos começar brincando com nosso filho, com blocos de montar, bolinhas coloridas, quebra-cabeças ou algo que o divirta.

Assim, quando ele estiver entretido, podemos nos levantar e nos afastar um pouco, um metro mais ou menos, sem deixar de falar com ele para que perceba que estamos por perto.

É simplesmente uma questão de tempo, carinho e muita paciência.

mamãezite aguda

O que nunca devemos fazer…

Nessa fase evolutiva do nosso filho, o papai também sofre muito. É difícil lidar com o fato de que o pequeno queira estar somente com a mãe e não queira fazer nada com ele.

Devemos ter em mente que, nessa idade, a criança não tem consciência de que se negar a ficar com o papai pode fazê-lo sofrer.

Isto é, ela ainda não tem a capacidade da empatia, de se colocar no lugar do outro. Simplesmente, tudo parece mais fácil com a mamãe.

Além disso, devemos evitar cometer o erro de pensar que nosso filho conscientemente rejeita as outras pessoas quando estiver passando por uma dessas fases.

Por isso, devemos ser compreensivas e fazer com que os outros familiares, avós e tios, por exemplo, entendam que a criança pode sentir ou dizer frases inconvenientes que não ajudam nessa situação.

Por fim, o que precisamos sempre ter em mente é que o estabelecimento de um vínculo afetivo forte e confortável entre a criança e a mãe favorece o desenvolvimento adequado para o resto da vida.


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