O amor no contato pele com pele

Esse contato deve ocorrer não apenas quando o bebê sai do ventre de sua mãe, mas também de forma prolongada, repetida e, se possível, durante toda sua vida. Isso beneficiará a ambos de várias maneiras.
O amor no contato pele com pele
María Alejandra Castro Arbeláez

Revisado e aprovado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Última atualização: 27 dezembro, 2022

Quando a pele de uma mamãe se encontra pela primeira vez com a de seu bebê, experimenta o êxtase do amor no contato pele com pele. Uma relação que faz o bebê se sentir seguro e, além disso, estimula a produção do leite materno.

Parece que pouco a pouco a humanidade vai compreendendo, e com uma consciência cada vez mais profunda, que a natureza é sábia. Que quando chegamos no mundo, temos tudo o que necessitamos e que somente devemos aproveitar as experiências que a vida nos oferece para aprender a amar.

A maternidade é uma dessas experiências que ensina as mulheres a amar sem condições.

Quando você tiver seu recém-nascido nos braços, conhecerá uma outra forma de amor, que se consuma pele com pele. E vem daí, da união da carne de sua pele com a de seu parceiro.

E será com esse calor que você se dará conta de que um bebê recém-nascido é capaz de, como um bichinho, procurar através do corpo de sua mãe o seio para começar a se alimentar .

Essa é uma atividade guiada por seu instinto de sobrevivência. E através dele, não só se beneficia do alimento que o seio de sua mãe oferece, como também recebe o calor e o “apego” que necessita para crescer saudável.

contato pele com pele

O contato pele com pele é milagroso

O contato pele com pele é um procedimento médico que consiste no seguinte:

Logo após o nascimento, o recém-nascido é colocado nu e de barriga para baixo sobre o seio de sua mãe. Nesse momento, cada mãe descobrirá que seu filho é capaz de procurar sobre seu corpo, reconhecer seu seio, se agarrar nele e mamar corretamente.

Ele deve se manter assim pelo menos nos primeiros 50 minutos de sua vida (o que pode ser prolongado até 120 minutos, período em que o recém-nascido está geralmente alerta).

Para propiciar esse contato pele com pele, é preciso evitar a separação de rotina logo após o nascimento do bebê, que é uma prática usada desde o século XX. Entretanto, longe de beneficiar a criança, interrompe o fato de que se acomode a sua mãe, conheça seu cheiro e calor.

Quando essa pratica é permitida, incentiva-se que o bebê desenvolva seu sentidos e o seu instinto. E, por sua vez, o corpo da mãe também responde positivamente ao contato pele com pele, diminuindo o risco de sentir ansiedade por não saber onde está a criança, além de também ter menos chances de ter dor nos seios e uma hemorragia pós-parto.

contato pele com pele

O amor pele com pele libera oxitocina

O contato pele com pele é um potente estimulante que libera a oxitocina materna, hormônio produz um aumento da temperatura da pele das mamães, beneficiando o recém-nascido.

Além disso, a oxitocina, segundo artigos especializados sobre o contato pele com pele, reduz a ansiedade materna e aumenta a tranquilidade e a receptividade social.

Durante as primeiras horas após o nascimento, é possível que a oxitocina também estimule o comportamento do bebê.

Seu efeito também é benéfico para o inicio da amamentação: o contato pele com pele favorece a ligação, diminui o choro do bebê e melhora seus níveis de glicose no sangue e sua estabilidade cardiorrespiratória.

Durante muitos anos, o primeiro contato pele com pele entre uma mãe e seu filho era interrompido pelas rotinas hospitalares.

Contudo, nos últimos anos, sobretudo nos países desenvolvidos, proporciona-se essa prática ancestral que preserva esse momento tão especial:  primeira interação entre um recém-nascido e sua mãe.

O amor é para a criança como o sol para as flores: não lhe basta o pão, necessita carinho para ser bom e forte

-Concepción Arenal, escritora espanhola-

Esse amor – tal como o amor verdadeiro – surge de maneira espontânea, sem ser forçado e não é algo passageiro. As pesquisas científicas demonstram que essas implicações afetam o vínculo entre mãe e criança.

E, além disso, influencia no desenvolvimento físico e emocional do futuro adulto, algo muito importante. Uma mãe e um recém-nascido são um só ser e o ambiente normal de um recém-nascido é com sua mãe e ninguém mais.

Esse contato pele com pele pode ser feito de maneira profissional sem que isso implique que se vá deixar de limpar o bebê ou a mamãe após o parto. Mas tudo isso pode ser feito sem separar o bebê da mãe.


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