O teste de Kolb para determinar estilos de aprendizagem

Todos somos diferentes, e isso se reflete em todos os âmbitos e aspectos da vida. A nossa forma de aprender também é singular e, por isso, vamos descobrir neste artigo como alguém pode responder a um estilo específico.
O teste de Kolb para determinar estilos de aprendizagem
María Matilde

Escrito e verificado por a pedagoga María Matilde.

Última atualização: 27 dezembro, 2022

Nós, pessoas, somos diferentes e, portanto, temos características diversas e distintas formas de perceber e processar as informações e os conhecimentos que nos rodeiam. Nesse sentido, o teste ou modelo de Kolb, desenvolvido por David Kolb, para determinar os estilos de aprendizagem é uma ferramenta interessante que os docentes podem utilizar para identificar as diferentes formas e as estratégias particulares de aprendizagem dos seus alunos.

O que é um estilo de aprendizagem?

Um estilo faz referência a um traço peculiar que caracteriza uma pessoa. Ou seja, relacionado com a aprendizagem, um estilo é uma forma ou uma maneira própria que alguém tem de aprender.

Portanto, se aprender é adquirir um conhecimento, existirão diversas formas para isso, dependendo das características intelectuais pessoais de quem aprende e, além disso, da maneira como a pessoa prefere aprender.

Teste de Kolb e estilos de aprendizagem: brainstorm

Então, levando em consideração as características do conteúdo do qual estamos tratando, para alguns será mais fácil entender algo novo mediante o estudo de anotações ou livros. Por outro lado, para outros será melhor compreender mediante exemplos. Ainda, haverá também pessoas que prefiram por estudar valendo-se de exercícios, esquemas ou mapas conceituais.

Modelo de Kolb para descrever estilos de aprendizagem

David Kolb, teórico da educação, desenvolve uma categorização de estilos de aprendizagem . Para isso, ele considera duas dimensões necessárias para que a aprendizagem ocorra. Por um lado, há a percepção do meio, à qual temos acesso mediante a:

  • Experiência concreta (EC).
  • Conceitualização abstrata (CA).

E, por outro lado, o processamento da informação que o meio nos proporciona a partir da:

  • Experiência ativa (EA).
  • Observação reflexiva (OR).

Assim, da combinação dessas dimensões, surgem os quatro estilos de aprendizagem, que são os seguintes:

  • Convergente (CA + EA). Pessoa racional e prática, pragmática, organizada, analítica, mais orientada aos objetos do que às pessoas. Assim, ela é capaz de resolver problemas aplicando o raciocínio hipotético-dedutivo.
  • Divergente (EC + OR). São imaginativos e consideram diferentes perspectivas para resolver problemas. Diz-se que são cinestésicos e que aprendem com o movimento. Além disso, são flexíveis, criativos, espontâneos e experimentais.
  • Assimilador (CA + OR). São indivíduos menos sociais, mais herméticos. Caracterizam-se por serem mais teóricos e reflexivos, raciocinando de acordo com uma lógica indutiva e de observação até conseguirem a abstração e a teorização. Além disso, são organizados e metódicos.
  • Acomodador (EC + EA). Pessoas que tendem a fazer e a se envolver em coisas novas com grande capacidade intuitiva. São pessoas pragmáticas, depois de analisar e descartar diferentes teorias, e observadoras, capazes de relacionar aspectos e conteúdos. Além disso, adaptam-se a diferentes circunstâncias e se relacionam bem com as pessoas.
Teste de Kolb e estilos de aprendizagem: menino aprendendo matemática

Teste de Kolb para determinar estilos de aprendizagem

O teste consiste em responder a supostas situações de aprendizagem mediante quatro opções de resposta, assinalando uma pontuação de 4 à situação que mais ofereça benefícios quando está aprendendo, e 2, 3 e 1 às outras, de acordo com o critério de efetividade.

Assim, o modelo de Kolb utiliza uma tabela e um sistema de coordenadas para calcular e estabelecer pontuações e resultados, determinando, dessa forma, a modalidade de aprendizagem de um aluno (EC, OR, CA, EA) e os diferentes estilos de aprendizagem (convergente, divergente, acomodador e assimilador).

Considerações finais

Devemos levar em consideração que o modelo e o teste de Kolb não descrevem como os estudantes aprendem e as suas diferenças de forma absoluta. Na verdade, ele orienta e ajuda os professores para que entendam melhor as estratégias de aprendizagem mais usadas e repetidas pelos seus alunos.

Inclusive, os educadores devem considerar aplicar, em uma forma de aprendizagem individual, uma combinação dos estilos descritos pelo teste de Kolb.

Por fim, a importância de contar com ferramentas com essas características reside na possibilidade que elas proporcionam para os educadores de poder adaptar o ensino aos diferentes estilos de aprendizagem dos seus alunos, conseguindo, assim, resultados educativos muito mais efetivos.


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