Uma criança com TDAH se torna adulto com TDAH?

Até recentemente, acreditava-se que o TDAH (Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade) seria superado à medida que as crianças amadureciam. Ou seja, que com a idade simplesmente ‘desaparecia’. Agora sabemos que o TDAH começa na infância e que seus sintomas podem continuar até a adolescência e a vida adulta.
Uma criança com TDAH se torna adulto com TDAH?

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 05 setembro, 2018

Algumas crianças pode parecer que superaram o transtorno, embora apenas tenham aprendido a viver com a hiperatividade e a controlar seus impulsos. Portanto, na maioria dos casos, crianças com TDAH se tornarão adultos com TDAH.

A natureza do TDAH é crônica. Por isso, os sintomas podem aparecer de diferentes formas, dependendo de como a pessoa se desenvolve nas diferentes etapas de sua vida.

Os sintomas podem inclusive diminuir à medida que a pessoa vai crescendo. Por exemplo, a inquietação pode diminuir com o passar do tempo, mas não desaparecer. Os adolescentes e os adultos com TDAH têm muito mais recursos e estratégias para recorrer caso os sintomas da doença estejam se tornando problemáticos problemáticos para eles.

 

O diagnóstico do TDAH

Muitas pessoas com TDAH podem não ter sido diagnosticadas na infância. Dessa forma, são diagnosticadas quando chegam à adolescência ou, inclusive, à vida adulta. Isso geralmente ocorre, principalmente, quando os sintomas têm mais a ver com a falta de atenção. E não tanto com sintomas impulsivos ou hiperativos.

Embora a pessoa consiga administrar com sucesso os sintomas na infância, na adolescência ou na vida adulta a situação pode provocar uma maior demanda da atenção permanente, de planejamento e inclusive organização. Por isso, enfrentar o TDAH pode se tornar algo mais complicado. Dessa forma, a pessoa vai precisar de novas estratégias.

com TDAH

Quando um adolescente ou um adulto é diagnosticado com TDAH, pode encontrar certa sensação de alívio com o diagnóstico. Porque lhe oferece uma explicação a todos os obstáculos que foram enfrentados ao longo de sua vida.

Além disso, ao encontrar consolo no diagnóstico, a pessoa também se prepara para enfrentar os desafios de seu dia a dia com novas estratégias. Assim, ela se sentirá mais segura para conversar sobre a situação com amigos e familiares.

Adolescentes e adultos com TDAH

Os adolescentes que têm TDAH, mas que não são diagnosticados ou tratados, possuem poucas ferramentas e recursos para a gerenciar seus sintomas. Como resultado, eles geralmente têm mais dificuldades para lidar com os sintomas. Algo que pode trazer problemas para o dia a dia.

Como todos os adolescentes, o adolescente com TDAH também quer certa independência. Mas ao não controlar sua impulsividade, pode ter mais probabilidades de apresentar comportamentos de risco. Todos esses desafios podem conduzir a problemas emocionais e baixa autoestima.

Por isso, é tão necessário estar atento aos possíveis sintomas do TDAH e, dessa forma, oferecer a ajuda necessária para que aprenda habilidades de controle e comportamento. Assim, será possível evitar problemas nos âmbitos acadêmico, profissional, social, de relacionamento, etc.

com TDAH

Quando se chega à idade adulta, os sintomas de hiperatividade podem se apresentar de forma mais sutil na vida da pessoa. Por exemplo, pode-se experimentar a inquietude interna, atenção dispersa, pouca organização, procrastinação, tomada precipitada de decisões, etc.

Apesar de não serem observados com tanta evidência, os sintomas podem afetar negativamente a vida da pessoa. Porque, dessa maneira, ela pode encontrar problemas para realizar as tarefas no trabalho. Como, por exemplo, responder com impulsividade em situações em que se requer um comportamento moderado e respeitoso.

Um adulto com TDAH, se não receber a ajuda necessária, pode ter problemas no trabalho e, inclusive, dificuldades para manter amizades e, até mesmo, relacionamentos. É por isso que é muito importante diagnosticar o TDAH desde a infância. Porque, dessa forma, será possível começar a aprender habilidades que serão úteis para o resto da vida e que facilitarão a integração na sociedade em todos os aspectos. Além disso, a pessoa poderá se sentir bem consigo mesma.


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