10 sinais que indicam ansiedade em adolescentes

Saber identificar os sinais de ansiedade em adolescentes nos permite evitar a demora nos pedidos de ajuda e também o contato com especialistas da área.
10 sinais que indicam ansiedade em adolescentes

Última atualização: 09 janeiro, 2022

Como entender os sinais de ansiedade em adolescentes? Quando se trata de algo temporário e quando devemos explorar um pouco mais?

Muitas vezes, os pedidos de ajuda e o contato com os profissionais demoram porque os pais minimizam alguns dos problemas dos filhos. Isso é especialmente relevante em adolescentes, uma vez que, em grande parte, eles ainda dependem da intervenção de seus pais.

Veremos como interpretar alguns sinais de ansiedade e o que podemos fazer a respeito.

Como reconhecer a ansiedade em adolescentes

Em primeiro lugar, é importante determinar o que é a ansiedade para saber quando começar a se preocupar.

A ansiedade é uma emoção que todas as pessoas sentem em algum momento e que tem um valor adaptativo, pois permite a nossa ativação diante de determinadas circunstâncias. Por exemplo, para nos protegermos ou prepararmos para enfrentar adversidades.

No entanto, quando ocorre de forma persistente e intensa, a ansiedade se torna um problema para o nosso desempenho diário. E, no final das contas, acaba por prejudicar as nossas atividades e as relações com o nosso entorno.

Alguns dos sinais que nos ajudam a identificar a ansiedade em adolescentes são os seguintes:

  1. Mudanças repentinas de humor: os jovens ficam irritados ou incomodados diante de qualquer comentário ou crítica.
  2. Preocupação excessiva e desmedida com um determinado assunto ou suas consequências. Muito nervosismo.
  3. Perda de interesse em atividades de que gostavam anteriormente.
  4. Dificuldade para se concentrar.
  5. Aparecimento de problemas no âmbito acadêmico, que talvez não existissem antes.
  6. Insegurança em relação ao que fazem, duvidar de si mesmos, busca permanente pela aprovação dos outros.
  7. Oscilação entre extremos em termos de alimentação: desde um apetite voraz à absoluta falta de apetite.
  8. Problemas de sono: sonolência excessiva ou insônia, pesadelos, despertares noturnos, entre outros.
  9. Dores de cabeça ou de estômago muito frequentes.
  10. Fadiga, cansaço permanente.

Por fim, é importante saber que existem diferentes tipos de transtornos de ansiedade, cada um com suas próprias manifestações. O profissional clínico é a pessoa ideal para fazer o diagnóstico diferencial e determinar os passos a serem seguidos.

Como lidar com a ansiedade em adolescentes

A seguir, vamos compartilhar algumas dicas para ajudar os adolescentes que sentem ansiedade:

  • Passe mais tempo com eles. Em um mundo onde estamos correndo o tempo todo, é muito fácil cair na armadilha da ansiedade. Por este motivo, recomenda-se que seja feita a tentativa de baixar um pouco o ritmo e promover espaços de encontro com os adolescentes. Assim, também vamos promover um clima de confiança, que favorece o diálogo e a expressão das emoções.
  • Normalize certas emoções, mostre empatia. Este pode ser um dos pontos de partida para se conectar melhor com os adolescentes. Expressar que às vezes também ficamos nervosos e ansiosos e compartilhar os motivos.
  • Colabore no cuidado e atenção à sua saúde. Incentive os adolescentes a terem hábitos saudáveis, tais como dormir o suficiente, praticar esportes, manter uma alimentação saudável e ter um equilíbrio saudável entre estudo e lazer.
  • Reforce as conquistas, bem como os processos. Desta forma, você aumentará a sua autoestima.
  • Ofereça orientação para que encontrem soluções ou pensem em outras alternativas para resolver seus problemas. Muitas vezes, os jovens ficam presos a uma visão negativa ou dramática do conflito, que pode ser resolvido a partir de uma perspectiva diferente. Nesse sentido, podemos orientar ou oferecer uma consulta com um psicólogo para ajudá-los a trabalhar esses e outros aspectos.
  • Aconselhe a prática de técnicas de relaxamento, principalmente quando identificarem os sinais corporais e emocionais de desconforto por essa causa.

Por fim, o ato de rever o próprio comportamento também merece atenção especial. Os pais muitas vezes estabelecem responsabilidades demais, além de pressões e expectativas sobre os adolescentes, deixando pouco espaço para que sigam seus próprios caminhos.

Ao mesmo tempo, devemos nos perguntar que papel ocupamos em relação à crítica e às nossas próprias emoções. Muitas vezes, durante a criação, mantemos comportamentos hipercríticos e superprotetores, o que faz com que os filhos se sintam inseguros e ansiosos. Nesse mesmo sentido, também é necessário evitar comentários do tipo “você está exagerando, só quer chamar a atenção, isso já vai passar”, pois eles desestimulam qualquer tipo de aproximação ou pedido de ajuda.

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Matizar a realidade

Por fim, é importante saber que existem certos comportamentos esperados durante a adolescência, uma vez que esta é uma fase na qual há mudanças em todos os níveis: subjetivo, psicológico, corporal. Desse modo, não é preciso se alarmar se o jovem mudar de humor de um momento para o outro ou se decidir se fechar no seu próprio mundo por um tempo.

O mais importante para ajudá-los é estar atento e regular a distância: mostrar-se disponível, mas sem invadir. E, acima de tudo, o importante é se orientar pela forma como esse adolescente é, sem tentar aplicar receitas universais.

Finalmente, é fundamental que a ansiedade em si não se torne um obstáculo para nossos filhos. Muitas vezes, no esforço de ajudá-los ou de buscar respostas imediatas, os adolescentes percebem essa preocupação e acabam se sentindo ainda mais pressionados e ansiosos. Desta forma, com eles, é preciso ter calma e tentar ajudá-los a se regularem.


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  • Cárdenas EM, Feria M, Palacios L, De la Peña F. Guía Clínica para los trastornos de ansiedad en niños y adolescentes. Instituto Nacional de Psiquiatría Ramón de la Fuente Muñiz, México 2010.
  • Espinosa-Fernández, Lourdes, & Muela, José A., & García-López, Luís J. (2016). Avances en el campo de estudio del Trastorno de Ansiedad Social en adolescentes. El papel de la Emoción Expresada. Revista de Psicología Clínica con Niños y Adolescentes, 3(2),99-104. [fecha de consulta 20 de Octubre de 2021]. Disponible en: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=477152554011

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