A síndrome de Burnout

Apesar de a maternidade ser realmente gratificante, por vezes, infelizmente, provoca um trabalho excessivo. A síndrome de Burnout é um bom exemplo das dificuldades de ser mãe.
A síndrome de Burnout
María Alejandra Castro Arbeláez

Revisado e aprovado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 14 abril, 2018

A síndrome de Burnout afeta muitas mães no momento da criação do filho. É causada pelo estresse e fadiga que acompanham a responsabilidade de cuidar do bebê.

Caracteriza-se por um estado depressivo crônico da mãe que pode levar, nos casos mais graves, a situações muito desagradáveis. Portanto, é um problema muito mais sério do que um simples cansaço ou uma depressão passageira.

É o resultado de um esgotamento físico, emocional e psicológico que provém do acúmulo de situações de estresse, caracterizadas por uma intensidade moderada e um aspecto repetitivo.

Algumas das consequências mais frequentes da síndrome de Burnout são distúrbios do sono, fraqueza, fadiga crônica, problemas digestivos, dores de cabeça e dores nas costas.

Fases da síndrome de Burnout

1.- O desgaste emocional

Cada pessoa tem um limite de energia física e psicológica. As responsabilidades diárias da mãe consomem gradualmente toda a sua energia. Até chegar o momento em que se sentem completamente vazias.

Nesta primeira fase, é possível que o simples fato de acordar gere um sentimento de angústia para a mãe, devido à quantidade de tarefas que ela deve realizar.

O desgaste emocional

2.- Desapego emocional

Para proteger e cuidar de seu pequeno, a mãe estabelece um mecanismo de defesa. Assim, é possível que ela continue realizando as tarefas da vida diária de forma mecânica. Mas o contraste deixa uma marca irreversível no investimento emocional.

Em consequência, a mamãe se sentirá distante de seu filho, de seu marido e de sua vida cotidiana.

3.- Realidade

A última fase do esgotamento é, provavelmente, a mais importante. Neste ponto, a mãe percebe a crescente distância entre seu ideal de maternidade e a realidade.

A realidade bate de frente com o conceito idealizado de ser uma mãe perfeita. Nesses casos, a mãe pode se sentir em uma situação de frustração pessoal que implica na perda de confiança e que pode resultar em um comportamento agressivo em relação à criança.

Principais causas

Cuidar do seu filho e da casa é um trabalho real que, às vezes, pode não ser valorizado. A conciliação com a vida profissional pode gerar mães que não têm tempo ou energia para enfrentar todas essas situações.

Às vezes, esse esgotamento acontece pela necessidade de perfeição que algumas mães têm. Além do fato de tentarem impor um esquema parental ideal.

Você deve ter em mente que a perfeição não existe. Não tente ser uma mãe perfeita. Você precisa de ajuda e compreensão diante da grande quantidade de tarefas que são de sua responsabilidade.

O grande desencanto

A realidade da maternidade é totalmente diferente da fantasia idealizada, seja pelas responsabilidades ou pela dificuldade de manter uma organização correta.

Assim, é necessário que você aceite o desencantamento do ideal de ser mãe e consiga ver que a realidade é composta de bons e maus momentos.

“Não há maneira de ser uma mãe perfeita, há um milhão de maneiras de ser uma boa mãe”

–Jill Churchill–

Quem pode sofrer da síndrome de Burnout ?

Não existe realmente um perfil típico que possa desenvolver a síndrome de Burnout.

De fato, a síndrome pode afetar mulheres de qualquer condição social, tanto aquelas que têm um bebê pela primeira vez quanto mães experientes. Além disso, pode ocorrer a qualquer momento, seja após o nascimento do bebê, meses ou anos depois.

a maternidade é totalmente diferente de uma fantasia idealizada

Existem alguns fatores de risco para a exaustão materna, como ter gêmeos ou vários filhos de idade próxima, já que isso implica uma importante carga de trabalho para a mãe, o que pode, em alguns casos, desencadear o esgotamento materno.

Outro caso em que as mães podem ser mais propensas a sofrer da síndrome é quando são mães solteiras, pois podem não ter apoio para criar seus filhos.

Como melhorar?

O mais importante é aceitar que você não será uma mãe perfeita. Por isso, não hesite em falar sobre como se sente com as pessoas ao seu redor e, inclusive, compartilhar sua experiência com outras mães.

Se você acha que precisa da ajuda de um especialista, pode consultar um psicólogo.

Em paralelo, é recomendável delegar determinadas tarefas e ter o apoio do seu parceiro. No caso de ser uma mãe solteira, você poderá encontrar apoio em sua família e amigos. Do mesmo modo, uma babá também pode ser uma grande ajuda.


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