Alterações na secreção vaginal durante a gravidez

Alterações na secreção vaginal durante a gravidez

Última atualização: 27 novembro, 2017

É lógico que se você for mãe de primeira viagem, talvez ainda não saiba que ter uma secreção vaginal abundante nos primeiros meses da gestação é algo normal. 

Hoje, vamos explicar para você quais são as mudanças comuns na secreção vaginal durante a gravidez. O ideal é que essa informação sirva para você comparar o que acontece e, no caso de você acreditar que existe risco de infecção, buscar ajuda do seu médico de confiança.

Corrimento vaginal ou leucorreia

Nos primeiros meses de gravidez é comum as mulheres sentirem muita vontade de ir ao banheiro. Algumas mulheres se incomodam com a sensação de umidade que o corrimento vaginal gera. É uma secreção vaginal de coloração branca, um pouco espessa ou densa, mas inodora. Esse fluxo vaginal de coloração branca – que não deve produzir odor nem incômodos – é produzido como consequência do aumento do fluxo sanguíneo e da produção de estrógeno, que se aceleram a partir de o momento em que o óvulo é fecundado.

mulher grávidae secreção vaginal

As alterações associadas à gravidez provocam um aumento do fluxo vaginal. O objetivo desse aumento é gerar a famosa bolsa amniótica que vai proteger o bebê até o seu nascimento. Uma parte dessa secreção que o corpo utiliza para construir a bolsa amniótica pode ser expelida do corpo e acabar escorrendo para as roupas íntimas da mulher. Essa secreção pegajosa que normalmente adquire uma coloração branca recebe o nome de leucorreia.

Quando consultar o seu médico por causa das alterações no fluxo vaginal?

Esses são alguns dos sintomas relacionados à secreção vaginal que podem indicar que você deve fazer uma consulta com o seu ginecologista:

  • A secreção gera coceira ou ardência.
  • Sua vagina fica irritada ou muita vermelha.
  • A secreção vaginal fica com um odor desagradável.
  • O fluxo vaginal fica espumoso.
  • Você sente dor ou ardência ao urinar.

A chamada leucorreia se caracteriza por ser um fluxo esbranquiçado que exala pouco cheiro e tem aspecto leitoso, aparecendo durante a gestação.

Quando o aumento do fluxo vaginal pode ser um sinal de alerta?

  • Quando for ocasionado por uma infecção vaginal.
  • Quando se tratar de um fluxo muito aguado, uma vez que já tiver passado a fase embrionária.
  • Se for provocado por alguma fissura ou rompimento prematuro de membranas, que precisaria de supervisão médica e que poderia exigir um repouso obrigatório até o final da gestação.
  • Se tiver mau odor ou se apresentar uma coloração esverdeada ou amarelada intensa. Pois pode indicar uma infecção causada por fungos ou bactérias, sendo bom tratar antes do parto.

O fluxo patológico pode causar incômodos com intensidade variada. Às vezes, pela inflamação que esse fluxo gera, ele pode provocar um parto prematuro ou, eventualmente, um rompimento da bolsa amniótica, expondo, assim, o bebê a riscos e dificuldades próprias do nascimento prematuro.

Diante de alguma das situações descritas anteriormente, não hesite em procurar seu especialista imediatamente, já que podem ser sintomas de uma infecção urinária, uma vaginose bacteriana, uma doença inflamatória pélvica ou de infecções provocadas por fungos, dentre outras doenças.

O que fazer diante do aumento do fluxo vaginal na gravidez?

Com o objetivo de evitar o incômodo causado por esse aumento da secreção vaginal, é recomendável manter a área genital limpa e seca, aumentar as medidas de higiene quando o fluxo for mais abundante e colocar absorventes, protetores ou compressas de algodão nas calcinhas.

secreção vaginal

Com certeza, você também vai notar o fluxo vaginal mais abundante à medida que o parto se aproximar. A secreção vaginal vai ser mais espessa e pegajosa. Poder vir, inclusive, acompanhada por um pouco de sangue. Esse fluxo vaginal é secretado pela perda progressiva ou brusca do tampão mucoso e vai sendo secretado quando o colo do útero começar a se desfazer e se dilatar para o parto.

Nas últimas semanas de gravidez, um dos exames que se faz é uma curetagem vaginal. Dessa forma, é possível descartar possíveis infecções por estreptococos tipo B. Essas infecções podem ser transmitidas ao bebê pelo canal vaginal na hora do parto, embora não tragam nenhum risco para você nem para seu filho, quando devidamente tratadas.

Alguns conselhos para se levar em consideração…

  • Usar apenas algodão ou roupa íntima natural fabricada com fibra. As calcinhas sintéticas podem causar irritação.
  • Não utilize papel higiênico perfumado nem sabão líquido. As substâncias químicas presentes nas essências desses sabões podem causar infecção.
  • Lave a roupa íntima com sabão de lavar roupa neutro em vez do sabão comum.
  • Os protetores de algodão são amplamente utilizados pelas gestantes. No entanto, não são nada recomendáveis, especialmente para aquelas mães que sentem irritação persistente no local.

As alterações no fluxo vaginal são naturais e podem ter variadas causas. Siga os nossos conselhos e coloque em prática as medidas mencionadas anteriormente. Dessa forma, as possibilidades de infecção vão ser consideravelmente reduzidas.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.