Amamentação, uma maneira maravilhosa de amar

Amamentação, uma maneira maravilhosa de amar
Ana Couñago

Escrito e verificado por a psicóloga Ana Couñago.

Última atualização: 12 abril, 2017

Ao falar sobre a amamentação poderíamos escrever sobre técnicas, horários, posições, tipos de leite, nutrientes, idades, complicações, benefícios para o sistema imunológico, de nossos mamilos, hormônios, dieta … Mas aqui vamos falar sobre o amor que mostramos na amamentação.

Amamentar é uma maneira maravilhosa de amar, um ato de cumplicidade consigo mesma e sintonia com o nosso bebê, a quem queremos dar tudo. Como afirma Laura Gutman , a amamentação é simples, no momento em que percebemos que é como fazer amor.

A princípio, a mãe e o bebê precisam se conhecer bem, estreitar laços e se comunicar. Sem pressão, sem pressa, e tentando deixar de lado as expectativas, os conselhos e as ideias preconcebidas sobre a amamentação.

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Para amamentar sem pressão temos que conseguir conciliar a ideia de que não importa quanto tempo passe, ou com que frequência, mas que mãe e filho se entendam. Um dia, sua cabeça vai estar mais para cima, outro dia o nosso braço mais para baixo e talvez em algum ponto você tenha que deixar de amamentar porque se sente desconfortável.

A ideia de amamentar não é apenas fornecer alimento, mas também apoio afetivo. Esse é um ponto fundamental. Tornar-se obcecado por predefinir objetivos e adaptar o reflexo de sucção de nossos bebês às expectativas, acaba dificultando o primeiro passo para a amamentação.

O bebê quando nasce tem o reflexo de sucção bastante aguçado e só é preciso estar perto do mamilo da mãe para procurá-lo e encontrá-lo. Este processo de aprendizagem é magnífico e a conexão que sente nesses momentos sente é realmente mágica.

A fantasia de amamentar se  traduz em uma enorme alegria que faz com que o cheiro, o batimento cardíaco, o calor e a voz da mãe acompanhem o bebê no ritmo de seu alimento.

Para apreciar a beleza da amamentação precisamos de tempo e privacidade

Depois que a mãe e seu filho se conhecem, a mulher fica completamente encantada observando seu filhinho mamar. Este fenômeno é tão particular e tão atemporal que exige privacidade para ser apreciado.

O bebê precisa de estímulo e de comunicação com a mãe, e a mãe precisa sentir com toda emoção o seu bebezinho. É extremamente importante amamentar dando mais importância ao amor que a técnica, pois será a primeira impressão emocional que marcará o relacionamento com os nossos filhos, graças ao qual o resto virá automaticamente.

No caso em que não sejamos capazes de amamentar o bebê, devemos também prestar atenção em seu olhar, seus gestos, suas carícias e seus ruídos. Esses pequenos sons são suas primeiras tentativas de se comunicar com a gente e nos contar tudo o que eles precisam.

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O importante é que a amamentação ofereça um contato aconchegante, pleno e disposto. Sem pressa e sem estresse, porque além de produzir leite, conseguiremos gerar uma bela marca de amor nessa primeira fase.

A mãe é sempre para o bebê seu abrigo favorito e seu apoio emocional mais especial. Portanto, temos de aproveitar isso, é absurdo negar o peito, porque ele já mamou, ou porque não é a sua hora.

O amor não é um capricho, o amor é um imenso sentimento no qual toda mãe e bebê querem se impregnar. Quando um bebê exige comida ele também está pedindo calor, carinho e abrigo, assim como a mãe quando precisa abraçar o seu bebê.

Pelo faro de os bebês ainda não sabem como dizer “quero amor”, o expressam em cada fase de uma maneira diferente. Então, basta manter os olhos do coração abertos para poder entender que a amamentação é acima de tudo  a melhor maneira de amar.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.