5 atividades de aprendizagem cooperativa para crianças
Por ser abrangente, a educação vai além do conhecimento acadêmico e ensina os alunos a desenvolver outras habilidades e competências necessárias para a vida. Para conseguir isso, é interessante implementar atividades de aprendizagem cooperativa projetadas para crianças em sala de aula.
Segundo os psicólogos sociais David e Roger Johnson (1999):
“A aprendizagem cooperativa é o uso didático de pequenos grupos, normalmente heterogêneos, nos quais os alunos trabalham juntos para alcançar objetivos comuns, maximizando a sua própria aprendizagem e a dos outros”.
A primeira coisa que é preciso para começar a trabalhar com essa dinâmica é decidir quais temas são adequados para esse método pedagógico. A segunda coisa é organizar os grupos (de 2 a 6 membros cada) e depois definir quais são as melhores atividades de aprendizagem cooperativa, de acordo com os objetivos e temas da sua disciplina.
Atividades cooperativas para aprendizagem em grupo
Aqui estão alguns exemplos. Não perca!
1. Quebra-cabeças de conhecimento
Essa atividade é baseada na técnica do quebra-cabeça ou jigsaw, criada pelo psicólogo Elliot Aronson em 1971. Consiste em dividir a turma em grupos e atribuir a todos o mesmo tema. Em cada grupo, haverá um especialista e vários não especialistas.
Uma vez organizados os grupos, as seguintes atividades são realizadas:
- Reunião de especialistas para troca de ideias.
- Retorno ao grupo para compartilhar o conhecimento aprendido com os outros especialistas.
- Apresentação das conclusões por um dos não especialistas de cada grupo.
- Discussão e avaliação final.
O objetivo final é alcançar uma dinâmica que favoreça a aprendizagem cooperativa das crianças, em que todas contribuam com suas ideias para a construção do conhecimento grupal.
2. Resolver disputas e conflitos acadêmicos
Os criadores do conceito de aprendizagem cooperativa, os psicólogos David e Roger Johnson, propuseram o termo “conflito intelectual” para encorajar o pensamento crítico e incutir a tomada de decisões e a resolução de problemas.
A atividade que se realiza é uma investigação em grupo sobre um determinado tema e a definição de uma posição fundamentada.
Todos os grupos devem investigar a mesma coisa e depois, em uma aula dinâmica, cada um deve defender seu ponto de vista, refutar os outros argumentos e fazer uma discussão para propor soluções.
Uma das maiores vantagens dessa atividade de aprendizado cooperativo é que ela incentiva o companheirismo. Da mesma forma, para aprender é preciso assumir uma posição e defendê-la com fundamentos.
3. Alfabetização cooperativa
A leitura em grupo é enriquecedora e com essa atividade as crianças aprendem a se concentrar, prestar atenção e analisar os textos em conjunto.
Primeiro, pares ou grupos são formados e todos recebem a mesma leitura. Um dos membros lê em voz alta, enquanto os outros acompanham em voz baixa.
Depois de um ou dois parágrafos, a leitura é interrompida e os membros do grupo resumem o que ouviram. Isso é repetido várias vezes até terminar com o texto proposto.
O objetivo é que todos entendam do que se trata a leitura e que, por meio do compartilhamento cooperativo, aqueles que não conseguiram entender se beneficiem da contribuição dos outros.
O melhor desta atividade cooperativa é que ela pode ser adaptada para diferentes níveis de alfabetização.
4. Corrija as tarefas em pares
Para essa tarefa, formam-se duplas de alunos e, no início da aula, cada um explica ao seu colega como resolveu a tarefa que lhe foi atribuída para casa.
As crianças comparam suas produções e, se puderem, fazem as correções pertinentes. No caso de algo complicado, eles procuram o professor para explicar como fazer corretamente.
5. Pesquisa em grupo
Nesse tipo de trabalho de projeto, todos os grupos recebem o mesmo tópico para investigar e planejar uma apresentação.
Cada equipe divide o tema geral em subtemas individuais e, em seguida, cada um recebe a tarefa de fazer seu próprio dever de casa e pesquisa. Por fim, é feita uma apresentação do grupo em um relatório final ou em um mapa conceitual, que contém as contribuições individuais de todos os participantes.
Como organizar as atividades?
Hoje a tecnologia é uma grande aliada para a educação e o trabalho em grupo. Diferentes ferramentas digitais permitem atribuir e organizar tarefas em grupo, para que todos tenham uma visão completa do processo global. Algumas das mais utilizadas são as seguintes:
- Padlet: é um quadro branco colaborativo no qual você pode trabalhar com textos, imagens e vídeos.
- Stormboard: são placas virtuais para registrar as tarefas.
- Bubbl.us: é uma ferramenta útil para construir mapas conceituais.
A aprendizagem cooperativa é essencial para o trabalho em grupo
A educação treina as crianças para levar uma vida futura repleta de empregos e experiências sociais de todos os tipos. Portanto, é necessário que adquiram habilidades para funcionar em grupo, seja ele profissional, escolar, recreativo ou de qualquer outra natureza.
Esse é o principal objetivo das atividades da aprendizagem cooperativa para crianças, que elas aprendam a trabalhar em equipe. E o melhor desse método é que ele pode ser aplicado em todas as idades e fases da vida.
Enquanto as crianças pequenas podem montar um relógio de sol caseiro e apresentá-lo como projeto final, as crianças mais velhas podem investigar tópicos científicos como o ciclo da água ou o magnetismo em grupo.
Trabalhar juntos, discutir opiniões, justificar posições e apresentar conclusões ajudará as crianças a treinar habilidades valiosas para se desenvolver no mundo que as espera lá fora. Incentive-as a alcançar mais essa conquista!
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- Gobierno de Canarias (s.f.) Kit de pedagogía y kit. Consejería de Educación, Universidades, Cultura y Deportes. https://www3.gobiernodecanarias.org/medusa/ecoescuela/pedagotic/aprendizaje-cooperativo/
- Johnson, D., Johnson, R., Johnson Holubec. E. (1999) El aprendizaje cooperativo en el aula. Editorial Paidós.
- Jover González, J. (2018). PROYECTO MURAL COOPERATIVO EL ARTE COMO HERRAMIENTA DE INSERCIÓN SOCIAL (Doctoral dissertation, Universitat Politècnica de València). https://riunet.upv.es/handle/10251/97486
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