Como ajudar as crianças a se sentirem seguras

Como ajudar as crianças a se sentirem seguras
María Alejandra Castro Arbeláez

Escrito e verificado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Última atualização: 26 novembro, 2017

A insegurança nas crianças pode afetar negativamente o seu desenvolvimento. De fato, é necessário ajudá-las a se sentirem seguras e confiantes em si mesmas, para que possam desenvolver a proteção necessária para a vida.

Em outras palavras, tanto a autoestima quanto a segurança permitem que um ser humano se sinta à vontade consigo mesmo e, por sua vez, obtenha a aprovação de seu juiz mais exigente: ele mesmo.

Todas as crianças precisam de tempo e espaço para se descobrirem. Contudo, sempre podemos ajudá-las para que a cada dia se sintam mais à vontade consigo mesmas e potencializem assim o amor próprio de uma maneira saudável.

Uma criança segura de si mesma é aquela que se permite experimentar com as pessoas e os objetos que tem ao seu redor livremente e com uma perfeita consciência de si mesma; isto é, ela não vai se sentir ameaçada, pouco apta nem vai apresentar qualquer outra percepção com uma conotação negativa.

Além disso, uma criança segura de si mesma saberá diferenciar corretamente entre aquilo que a beneficia e o que a prejudica. Isso é de grande utilidade para as diversas situações da vida.

Ainda que possa parecer contraditório, aquelas crianças educadas nos preceitos da criação com apego se mostram crianças muito independentes. Isso se deve ao fato que tanto a educação quanto a dedicação que recebe de seus pais, lhes oferecem o apoio necessário para tomar decisões por si mesmas.

Para que uma criança possa se sentir segura de si, primeiramente deve sentir segurança ao seu redor. Nesse aspecto, é de suma importância que os pais saibam transmitir segurança aos seus filhos, demonstrar a eles ou faz ê-los saber o seguinte:

  1. Que são amados, porque foram desejados inclusive desde antes da sua concepção.
  2. Que podem confiar em seus pais e vice-versa.
  3. Que são respeitados e que não serão cobrados por seus pais a fazerem as coisas sempre da maneira que eles querem.
  4. Que são escutados e que sua opinião também vale.
  5. Que existem laços sólidos dentro do núcleo familiar.
ajudar as crianças a se sentirem seguras

Como ajudar as crianças a se sentirem seguras

Educar com liberdade

À medida que a criança cresce, o normal é se tornar independente aos poucos. É uma tarefa dos pais ajudá-las a descobrir o mundo e a experimentá-lo de uma forma equilibrada. Isso significa prevenir sobre os riscos que cada um dos seus atos têm e avisar sobre alguns perigos. Mas sem privá-las de se divertir e brincar livremente. Tudo isso irá ajudar as crianças a se sentirem seguras.

As brincadeiras ajudam muito as crianças a descobrir o mundo e a estruturá-lo. Deixe-a brincar e realizar atividades que a ajudem a conquistar objetivos. Se esforçar para atingir seus objetivos a ajudará a ter  consciência de que pode atingir o que for proposto. Isso é muito importante para alimentar sua autoestima, que é uma coisa fundamental para ajudar as crianças se sentirem seguras.

Motivar a fazer as coisas para si mesmas

Se você quer ajudar seu filho a crescer seguro de si mesmo, deve evitar educar seu filho para que ele sempre dependa de você. A primeira coisa que você deve conversar com ele é sobre a independência e os vários benefícios de tentar fazer as coisas sozinho.

Logicamente, como a criança é um ser em formação, às vezes será fácil para ela realizar certas atividades. Mas às vezes não. Então é possível que peça sua ajuda para fazer algumas dessas atividades que ela tenha mais dificuldades.

O ideal é que os pais incentivem o desenvolvimento de uma autoestima saudável nas crianças. Esse é o segredo para ajudá-las a se sentirem seguras e confiantes de si mesmas.

Ensine a trabalhar em equipe

Não tem nada de errado se você ajudar. A questão está em garantir que a interferência do pai ou da mãe oriente a criança para que consiga atingir o objetivo que tenha sido proposto. Você deve tentar ajudar, mas não deve fazer as coisas para ela. Caso contrário você estará limitando seu aprendizado.

Trabalhe em equipe com a criança, ajude a compartilhar os méritos de uma tarefa. E comemore seus progressos, não os resultados. Assim, se fracassar numa tarefa, aprenderá que deve se esforçar ainda mais da próxima vez. Essa reflexão e suas oportunas intervenções farão com que seu filho se sinta seguro de que sempre existe uma chance para melhorar.

Aprender a delegar, soltar, deixar ir

Às vezes muitos pais se esquecem de que, apesar de seus filhos nasceram deles, não são uma extensão dos mesmos. Em geral, esse egoísmo que todos carregamos dentro de nós e as próprias carências pessoais fazem que, de modo inconsciente, algumas vezes se eduque os filhos na dependência afetiva.

Lembre-se de que você o tenha trazido ao mundo, agora a vida é dele. À medida que seu filho for crescendo, ele deve decidir cada vez mais por sua própria conta, para que descubra e cresça. Se você se sente tentada a dar conselhos, faça, mas de maneira oportuna e liberadora. Isso vai ajudar as crianças a se sentirem seguras.

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Tenha tato: faça críticas construtivas

Às vezes sem má intenção muitos pais consolam seus filhos dizendo coisas como: “Venha cá, coitadinho”, ou alguma outra frase do tipo. A pedagoga Elena Roger Gamir aconselha eliminar de seu vocabulário falas como: coitadinho. É um filho que está em formação, e não um coitadinho, explica.

Esse conselho vale para outros comentários que incitam a criança à autopiedade. É daí que vem a importância de escolher bem seus comentários. E isso só pode ser conseguido se você aprender a controlar suas emoções.

Se distancie das mensagens negativas e reforce as positivas. Inclusive, caso seu filho não tenha feito as coisas certas, você deve procurar uma maneira correta e construtiva de dizer. O ideal é que os pais incentivem o desenvolvimento de uma autoestima saudável nas crianças. Esse é o segredo para ajudar as crianças a se sentirem seguras e confiantes de si mesmas.


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