Como conversar com uma criança irritada

Pucas situações são mais difíceis de resolver do que lidar com uma criança irritada. Na hora de conversar com elas, há algumas recomendações que podemos levar em consideração para que tudo seja resolvido da melhor maneira.
Como conversar com uma criança irritada
María Alejandra Castro Arbeláez

Escrito e verificado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Última atualização: 11 março, 2018

Conversar com uma criança irritada quase nunca é uma tarefa fácil. Normalmente, ocorre uma explosão de raiva em que é impossível negociar, argumentar ou explicar. A raiva impede a criança de escutar o que você está tentando dizer. O que fazer nesses casos?

Dicas para conversar com uma criança irritada

Conversar com uma criança irritada pode ser muito difícil porque os pais não sabem como reagir nesse momento. O comum é que se a criança se irrita e começa a chorar e inclusive chega a jogar algum objeto, os pais perdem a paciência, gritam ou a castigam severamente.

Antes de se deixar levar pela raiva do momento, os pais devem prestar atenção em alguns conselhos dados pelos melhores especialistas em disciplina positiva para que a relação com a criança não se deteriore e haja uma boa comunicação.

Falar com uma criança irritada: 8 chaves para fazê-lo

 

1 – Evitar os maus-tratos

Quando as crianças dão vazão aos ataques de raiva, os pais tendem a recorrer a cintos, gritos, castigos ou a um tom autoritário que podem ser o começo de uma ruptura na relação de família. Acontece que as crianças são hábeis e possuem a capacidade de entender muito bem o que você está tentando dizer.

Por isso, o recomendável é sempre inculcar na criança valores como o respeito e tratá-las sempre com carinho. Claro que, isso não quer dizer que não deva discipliná-las, o que também é parte fundamental da sua formação.

Algumas pessoas pensam que os cintos ou castigos físicos são obrigatórios na educação da criança ou que disciplina significa recorrer às palmadas para fazer com que a criança compreenda que o que fez não está correto, mas nada mais longe da realidade.

“A ira é um ácido que pode causar mais dano no recipiente em que se armazena do que em qualquer outra coisa em que se derrame”

– Mark Twain-

2 – Cuidar emocionalmente

Na infância, as emoções das crianças estão à flor da pele. Por isso, logicamente, elas não possuem o autocontrole que a maioria dos adultos possuem. Devido a isso, expressam sua raiva ou frustração de forma recorrente e normalmente se jogam no chão, chutam ou gritam.

Pois bem, é o pai ou a mãe que deve dar o exemplo de se controlar e não explodir de raiva para não reagir de forma brusca, já que isso pode afetar emocionalmente as crianças e criar traumas no futuro.

3 – Dar o exemplo

É um erro grave pensar que gritar constantemente ajudará as crianças a controlarem as emoções nesses momentos. Os pais devem ser os primeiros a administrar a ira porque ao realizar gestos violentos estão dando um mal exemplo para as crianças.

Eles estão em plena fase de formação. Assim, observar o comportamento dos seus pais pode deixar uma profunda impressão que fará com que elas os imitem em momentos de tensão.

Se em vez de gritar você disser algo como: “Baixe a voz, por favor, que não consigo entender, você pode falar sem gritar e dessa forma solucionaremos o problema?” Fazer isso permitirá aliviar a tensão do momento e ajudará a argumentar facilmente com a criança.

Falar com uma criança irritada: 8 chaves para fazê-lo

4 – Escutar

Se a criança está tentando falar sobre o que a irritou, pode ser que faça isso gritando ou entre lágrimas, o que pode causar certo desespero. No entanto, manter a calma e baixar o tom pedindo tranquilamente que ela explique o que está acontecendo vai criar um ambiente propício em que ela sinta que está sendo ouvida e entendida.

Se fizer dessa forma, a raiva irá diminuir à medida que soluções para o mal-estar são oferecidas. É preciso evitar ignorar ou responder a criança de forma sarcástica, além mostrar carinho e interesse. Isso permitirá que a criança possa responder positivamente.

5 – Desdramatizar a situação

O ponto anterior não quer dizer que é preciso ceder diante de todos os caprichos e aborrecimentos da criança. Existe um ponto de equilíbrio. Se frequentemente a criança se irrita por coisas pouco importantes, não é preciso dar razão para ela todas as vezes. Sempre tente não fazer alarde por algo de pouca importância.

6 – Interromper a agressividade

Caso a criança comece a bater e perca completamente as estribeiras, pode ser mais difícil conversar com a criança irritada. Nesse caso, o recomendável é segurar os braços da criança e olhá-la nos olhos dizendo com calma que na sua casa não é permitido esse tipo de comportamento. Você deve ser firme e contundente no momento de fazer isso.

7 – Respirar fundo

Quando a criança não quiser fazer o que foi pedido, em vez de responder e gritar, o melhor é se afastar um segundo e voltar tranquilamente. 

Recomenda-se utilizar a disciplina positiva, como por exemplo: “Está bem, você decidiu que não vai recolher os seus brinquedos, então a decisão é que você não vai poder brincar com eles amanhã”.

8 – Falar com calma

Explicar com carinho que você está entendendo que a criança sente no momento é uma boa forma de aliviar as tensões. Você deve dizer que os pais em algumas ocasiões também se irritam e se sentem esgotados. Mas que gritar ou bater não vai ajudar a raciocinar.

Conversar com uma criança irritada com carinho permitirá acalmar os ânimos. Inclusive fazer uma carícia, um mimo, um abraço ou um gesto doce ajudará a tranquilizá-la. Talvez ela apenas esteja tentando chamar a atenção no momento porque deseja carinho.

Empregar a disciplina positiva é uma das melhores alternativas oferecidas pelos especialistas em terapia familiar. Sempre tentando buscar as melhores alternativas para que a crianças entenda as diferentes situações do cotidiano.


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