Crescer como filho único

Crescer como filho único tem vantagens e desvantagens. Saiba quais são e, assim, tire o máximo proveito delas.
Crescer como filho único

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 28 janeiro, 2021

Cada vez mais famílias estão limitando a sua prole a um único filho. Tanto por questões médicas quanto por decisões pessoais, esse modelo familiar está aumentando cada vez mais. Por isso, neste artigo, vamos desmistificar e tentar esclarecer o que realmente significa crescer como filho único.

Crescer como filho único

Atualmente, estamos diante de um panorama social muito diferente daquele de antigamente em relação à família. A taxa de natalidade está diminuindo cada vez mais, assim como a taxa de fecundidade (isto é, o número médio de filhos por mulher).

Isso nos mostra a crescente tendência da sociedade em relação a um fenômeno que antigamente parecia ser uma circunstância especial: as famílias com um filho único. Existem muitas crenças associadas às crianças (e adultos) que crescem sem ter irmãos, mas o que esses estereótipos têm de verdadeiro?

Vantagens de crescer como filho único

Os filhos únicos recebem mais atenção dos seus pais. Eles desenvolvem o seu trabalho com uma dedicação exclusiva por não ter que dividir o seu tempo e o seu carinho. Como consequência, essas crianças muitas vezes se sentem apoiadas e bem cuidadas e, assim, desenvolvem uma boa autoestima.

Os pais que têm apenas um filho geralmente têm mais recursos financeiros para lhe oferecer, o que permite que ele tenha uma maior variedade de experiências em diferentes áreas da vida.

Crescer como filho único

Essas crianças crescem em um mundo de adultos e em contato constante com eles. Assim, eles se tornam as referências a serem imitadas e a sua principal fonte de interação.

Essa circunstância traz consigo um maior desenvolvimento da criatividade, imaginação e flexibilidade mental. Pela mesma razão, os filhos únicos geralmente apresentam um desenvolvimento intelectual (linguístico e cognitivo) mais rápido.

Por não terem irmãos, precisam passar muito tempo sozinhos. Principalmente porque os adultos são adultos e não podem brincar com eles sempre.

Por isso, sabem se adaptar à solidão, desenvolvendo hobbies e aproveitando-a como uma forma de conhecerem a si mesmos e de serem mais independentes. Além disso, são crianças mais calmas, introvertidas e maduras.

Os filhos únicos não têm ninguém para “jogar a culpa” ou com quem compartilhá-la. Portanto, eles aprendem desde cedo a aceitar as suas responsabilidades. Isso os torna pessoas mais eficientes na vida e no trabalho.

Desvantagens de crescer como filho único

A parte negativa da maior dedicação dos pais é a atenção excessiva. Se isso acontecer, a criança pode se tornar mimada. Além disso, se a atenção excessiva resultar em superproteção, isso pode trazer como consequência uma criança com uma personalidade tímida, medrosa e mais cautelosa do que o normal.

Desvantagens de crescer como filho único

O fato de não ter um ambiente familiar no qual competir, brincar e compartilhar com os seus pares dificulta o desenvolvimento de certas habilidades.

Assim, os filhos únicos geralmente têm mais dificuldades para negociar as suas necessidades com os outros. Nesse sentido, o confronto é um grande problema porque eles não sabem como lidar com esse tipo de situação.

Além disso, eles podem ter problemas para ser generosos, tanto no campo material quanto emocionalmente, e tenderem a pensar que todos devem cuidar de si mesmos. Somado a essa individualidade, o egocentrismo também pode aparecer.

Muitas vezes, essas crianças são tratadas como adultos devido à maior maturidade que apresentam, o que pode limitar a sua espontaneidade e torná-las pessoas rígidas demais.

Às vezes, elas podem se sentir solitárias por não terem em casa a cumplicidade que os pares proporcionam. Isso pode levar a uma personalidade retraída e reservada.

O que fazer para evitar as desvantagens?

  • É essencial estabelecer limites afetuosos, fazendo com que a criança aprenda a respeitar o tempo dos outros e a tolerar um “não” como resposta.
  • Em vez de superproteger, devemos oferecer à criança a chance de aprender a se desenvolver no mundo por conta própria.
  • Para evitar o egocentrismo, devemos ensiná-la a compartilhar, respeitar a vez dos outros ou entender que, ao contrário do que acontece em casa, a atenção e os elogios dos adultos nem sempre serão dirigidos a ela.
    • Além disso, será necessário proporcionar situações suficientes de socialização com outras crianças, principalmente com a inestimável figura dos primos.
  • Embora a criança pareça madura, não devemos nos esquecer de que ela continua sendo uma criança. Por isso, é importante dar espaço à sua espontaneidade.
  • Por fim, para aliviar o sentimento subjetivo de solidão, é importante sempre oferecer apoio e compreensão no seu entorno imediato.

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