Crianças com epilepsia: causas, sintomas e tratamentos

Embora muitas vezes seja muito difícil ter filhos com epilepsia, muito pode ser feito para proporcionar o tratamento adequado. Dessa forma, é possível melhorar consideravelmente a qualidade de vida dos pequenos.
Crianças com epilepsia: causas, sintomas e tratamentos
María Alejandra Castro Arbeláez

Escrito e verificado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Última atualização: 22 fevereiro, 2019

A maioria das crianças com epilepsia pode levar uma vida normal. Embora a maioria precise de tratamento farmacológico, há alguns casos em que não é necessário. Apesar de depender de muitos fatores, a epilepsia pode desaparecer antes da fase adulta.

É muito importante conhecer as possíveis causas, os sintomas e os tratamentos relacionados a essa doença pois permitirá mantê-la sob controle. Dessa forma, você evitará maus momentos, preocupações desnecessárias e, fundamentalmente, melhorará significativamente a vida da criança e a sua.

Crianças com epilepsia, quais são as causas?

As crises epilépticas são causadas por um descontrole das descargas elétricas que, por sua vez, são causadas por um desequilíbrio nos neurotransmissores. Isso acontece quando há um excesso dessas substâncias químicas encarregadas de enviar sinais entre os neurônios.

Da mesma forma, a epilepsia também pode ser causada por uma diminuição nos tais neurotransmissores. No entanto, na maioria dos casos de crianças com epilepsia, trata-se de uma condição idiopática. Isso quer dizer que ocorre devido a causas desconhecidas.

Em menor porcentagem, existem as crises epilépticas criptogênicas ou sintomáticas, que ocorrem devido a alguma causa. Elas podem aparecer devido a doenças como meningite, tumores cerebrais, problemas durante ou após o nascimento, traumatismo, má formação ou acidente vascular cerebral (AVC).

Em alguns casos, existem antecedentes de epilepsia na família, em outros, foram encontradas alterações nos genes ou cromossomos.

Sintomas de epilepsia em crianças

É considerado que uma criança sofre de epilepsia quando teve mais de uma crise ou convulsão.

Muitas crianças apresentam sintomas antes de uma crise, por exemplo: dores de cabeça, mudanças de comportamento ou desconforto digestivo. Também é possível que esses sinais passem despercebidos ou ainda que não haja nenhum sintoma.

Cabe destacar que uma crise é diferente de uma convulsão, uma vez que a primeira dura apenas alguns segundos ou alguns minutos. Alguns tipos de crises são tônicas, isto é, causam rigidez total corporal.

Crianças com epilepsia podem ficar sonolentas após uma crise.

Enquanto isso, as crises hipotônicas ou lipotimias causam desmaio e inatividade por alguns segundos. Por fim, existem as crises de ausência. Nesses casos, a criança fica com um olhar perdido por segundos.

As convulsões, por sua vez, são caracterizadas por espasmos musculares por todo o corpo, são incontroláveis e repetitivos, e apresentam total perda de consciência. Algumas convulsões podem ser parciais, ocorrendo sem a perda da consciência e afetando apenas uma parte do corpo.

Depois de uma crise, a criança pode apresentar sonolência e pouca reação aos estímulos por mais ou menos uma hora.

Como saber se o meu filho tem epilepsia?

A primeira coisa a se avaliar é se ele sofreu mais de uma convulsão ou crise. Nesse caso, o especialista deve realizar uma avaliação física. Isso inclui o exame do corpo da criança e um questionário sobre a duração, os tipos de movimentos, se houve perda da consciência ou se alguma parte do corpo foi afetada.

A avaliação é completada com um eletroencefalograma. Esse exame mede a atividade elétrica do cérebro e serve para determinar o tipo de convulsão ou de crise que a criança sofreu, assim como as possíveis causas.

Além disso, os exames de sangue são importantes porque ajudam a diagnosticar uma condição que possa causar epilepsia. Se o neurologista achar necessário, ele também pode sugerir um exame computadorizado de tomografia axial para verificar algum dano neurológico agudo ou outra doença.

Por último, a ressonância magnética do cérebro é um exame que pode revelar novas convulsões e onde elas ocorrem no cérebro.

A epilepsia pode aparecer devido a doenças como meningite, tumores cerebrais, problemas durante ou após o nascimento, traumatismo, má formação ou acidente vascular cerebral.

Tratamentos médicos para a epilepsia

Em geral, as crianças com epilepsia necessitam de medicação. No entanto, é preciso ter em mente que essa doença é diferente e complexa em cada criança.

Por isso, nem todas as crianças respondem igualmente ao mesmo medicamento e, portanto, não há tratamento único para todos os casos. Felizmente, existe uma grande variedade de medicamentos para prevenir convulsões. Eles são chamados anticonvulsivantes ou antiepilépticos e têm a função de reduzir a frequência das crises ou convulsões.

Ao longo do uso dos medicamentos, é essencial seguir corretamente as instruções do médico para que o tratamento seja eficaz. O motivo é que os medicamentos agem no corpo depois de certo tempo.

Ademais, existem outras opções para alguns casos de epilepsia nos quais os medicamentos não melhoram a doença. Como alternativa são usados dispositivos médicos para tratar convulsões ou então terapias dietéticas, como a dieta cetogênica. Essa dieta, especificamente, é livre de carboidratos e tem o índice glicêmico reduzido.

Em casos de epilepsia grave, são realizados cirurgias cerebrais, que são realizadas com resultados satisfatórios.

Em certos casos de crianças com epilepsia, crises podem ser antecipadas por desconfortos digestivos.

A epilepsia pode ser curada?

Muitas vezes, a epilepsia pode ser curada ou controlada com medicação. No entanto, isso depende de vários fatores como o tipo de epilepsia, a reação ao tratamento com anticonvulsivantes e a idade em que a crise começa. Outro fator relevante é a ausência de lesões no sistema nervoso que causem a doença.

As epilepsias sintomáticas são difíceis de curar e até mesmo de controlar. Isso porque são condicionadas por alguma anomalia cerebral. Além disso, nesses casos, as crises danificam progressivamente o sistema nervoso.


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