Cuidados paliativos para crianças

A seguir vamos falar tudo o que você precisa saber sobre cuidados paliativos para crianças e como você pode agir em relação a isso.
Cuidados paliativos para crianças
María Alejandra Castro Arbeláez

Revisado e aprovado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 24 maio, 2018

Os cuidados paliativos para crianças são um conjunto de ações que buscam aliviar o mal-estar e fazer com que no dia a dia tenham a maior qualidade de vida possível. 

A ideia é suprir tanto as necessidades físicas quanto as emocionais, já que as crianças se encontram em uma situação difícil na qual precisam de muito apoio e afeto.

Quando a vida está muito corrida, é necessário estar bem informados a respeito das diferentes etapas, necessidades, situações e modos de agir. Por esta razão é sumamente importante manter uma terapia psicológica apropriada. Ela ajudará tanto o paciente quanto as pessoas próximas.

“Os cuidados paliativos são oferecidos aos pacientes que têm um prognóstico de vida pouco favorável ou cuja resposta aos tratamentos é limitada ou nula.”

cuidados paliativos

Características dos cuidados paliativos

Os pilares básicos dos cuidados paliativos são: o controle dos sintomas, comunicação eficaz, apoio psicoemocional e atenção à família.

  1. Afeto.
  2. Respeito.
  3. Empatia.
  4. Solidariedade.
  5. Atenção contínua.
  6. Flexibilidade e adaptabilidade.
  7. Supervisão médica constante.

De acordo com estas características, os cuidados paliativos para crianças estão voltados a oferecer um conjunto de cuidados personalizados com a finalidade de garantir o bem-estar, na medida do possível.

O mais importante no âmbito emocional é fazer com que a criança se sinta amada e valorizada. Por outro lado, é importante que a criança perceba que a sua família está unida. 

“Os cuidados paliativos fazem parte do ramo mais sensível e humano da medicina, já que consiste em aliviar, prevenir e oferecer qualidade de vida aos pacientes.”

Princípios dos cuidados paliativos

  • Fornecer alívio à dor e outros sintomas.
  • Dar apoio à família para que enfrente a doença.
  • Amar a vida e aceitar a morte como um processo natural.
  • Conseguir que o paciente se integre em aspectos psicossociais e espirituais.
  • Deixar que a morte aconteça quando tiver que acontecer, e por isso não se deve adiantá-la ou atrasá-la.
  • Alguns centros contam com um sistema de ajuda para que a criança possa viver ativamente o máximo possível.

Como a ajuda a crianças e familiares é oferecida?

Para que os cuidados paliativos tenham sucesso, os profissionais se encarregam de criar uma linha de comunicação aberta com o paciente e seus familiares.

Deve primar por um ambiente de respeito, consideração, confiança e cordialidade. Também deve existir um claro entendimento dos objetivos propostos, o estado real da doença e os desejos de todas as partes, principalmente do paciente.

Cuidados específicos

“Os cuidados são aplicados de acordo com a idade da criança e suas circunstâncias.”

Cuidados específicos, por etapas de assimilação

Crianças com menos de 18 meses, como não têm a capacidade de compreender a doença, a enfrentam como dor física e angústia. Nestes casos, o profissional centra-se em controlar os sintomas e fazer com que a mãe e familiares se encontrem presentes de maneira contínua.

Entre as idades de 18 meses e 5 anos, as crianças desenvolvem compreensão sobre a temporalidade recente, mas não sobre o futuro, por isso entendem a morte como sair, pegar no sono com a possibilidade de voltar ou acordar.

Aos 5 anos de idade, as crianças já são afetadas enormemente pelo isolamento, não só de seus familiares, mas também de amigos e de seus lugares favoritos. Isto as faz se sentir inseguras e começam a ver a doença como uma inimiga que lhes faz mal o tempo todo.

A partir dos 10 anos até a adolescência são mais conscientes da irreversibilidade da morte. Vivem a doença com raiva pelo isolamento e limitação pessoal que lhe provocou.

Os cuidados paliativos pediátricos se adaptam tanto às intervenções cirúrgicas quanto aos possíveis tratamentos e às mudanças que as crianças enfrentam, em suas diferentes etapas.

Deve-se ter muito tato, mas isso não significa que devamos dissimular ou negar a realidade. O entendimento é fundamental para facilitar a aceitação das diferentes etapas.

Os familiares têm uma tarefa um tanto difícil: fazer com que as crianças que recebem cuidados paliativos entendam a morte da forma mais humana e digna possível.

Neste sentido, os médicos e psicólogos vão nos oferecer todas as ferramentas de que vamos precisar ao longo do caminho. Além disso, também devem oferecer aos familiares todo o apoio durante o luto e um acompanhamento depois do falecimento da criança.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.



Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.