Dar à luz: um período de transição

Dar à luz: um período de transição
María Alejandra Castro Arbeláez

Escrito e verificado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Última atualização: 04 maio, 2017

Se perguntamos para qualquer pessoa quando uma mulher se converte em mãe, a resposta mais provável será “quando da à luz”. Entretanto, esse momento constitui apenas o nascimento físico, não o psicológico. 

Todas nós sabemos que o último demora muito mais e tem diferentes fases. O parto só é o momento-chave no que a mãe se encontra cansada, alegre, aliviada ou até agoniada.

No momento do parto a mãe deixa de estar fisicamente vinculada a seu bebê e ainda falta conhecê-lo, saber como será seu cuidado e como vai ser a relação.

 

Isto é algo ao que frequentemente não se pode colocar em palavras, mas que ficará impregnado na memória de toda mulher. Seja ou não o primogênito, o nascimento de um filho é um momento absolutamente crucial que definirá o resto da vida de uma mulher.

Bebé en su cunita

No limite de suas capacidades

Não vamos mentir para nós mesmas: a experiência do nascimento e as semanas posteriores estão repletas de “pequenos incidentes” que nos fazem questionar absolutamente tudo. Muitos dizem que não há nada mais maternal que a ambivalência.

Assim que as tarefas que a partir de esse momento teremos que desempenhar vão se converter em uma aventura digna de filme. Isso, como é natural, alterará o ritmo diário da mãe.

O primeiro choro e seu olhar

O primeiro choro do bebê costuma ser entendido pelas mamães como um alarme que desperta uma parte totalmente nova delas mesmas. Até o momento a comunicação entre mãe e filho tinha sido totalmente silenciosa através de alguns chutes na barriga, mas no instante que a mãe pode apreciar a voz da criança, tudo muda.

Assim como muda quando você sentir o peso e o calor do bebê no colo é outro instante chave que costuma pesar no desenvolvimento da sua identidade como mãe e a tomada de consciência dessa nova conexão.

O olhar também é essencial, já que o momento que os olhos do bebê conectam com os olhos da mãe é totalmente mágico, uma explosão de emoção, de reconhecimento e de união.

Manita de bebé

A primeira amamentação

A primeira experiência com a lactação é um passo decisivo na relação maternal, já que a partir daí a mamãe e o bebê começam a conhecer-se e se comunicar. Isso constitui, sem dúvida nenhuma, em outra mudança de perspectiva para a mulher que se converte em mãe.

E, finalmente, a satisfação eterna

Sem dúvida o maior impacto psicológico depois do nascimento é o sentimento de conquista e plenitude. A mãe é um coquetel de emoções e se perguntada possivelmente não vai conseguir definir quais são os sentimentos que mais a atingem no momento.

Por debaixo das cálidas sensações encontradas está o convencimento de fazer parte da fertilidade da terra e do mundo. É uma conexão com a natureza que não se pode descrever.

El milagro de la vida compartido en pareja

Desde esse momento, cada pequeno ato ou acontecimento é um sinal de riqueza. A partir de então cada experiência formará parte da transformação que uma mulher passa até se sentir uma mãe e seu papel.

Caso tudo dê certo, esse fato novo também fortalecerá o vínculo do casal, já que a sensação de ter conseguido algo tão bonito e inigualável como a vida proporcionará um reforço para seu amor e ao compromisso dos dois.

Quando uma mãe pega seu filho pela primeira vez, sua visão de mundo dá um giro por causa do forte sentimento de pertencimento  emocional que explode. Por isso, dar a luz é um passo gigante na criação de uma nova identidade da agora mãe. Um caminho que fará que nada nem ninguém voltem a ser igual neste mundo.

Fonte bibliográfica consultada: “O nascimento de uma mãe” de Daniel Stern e colaboradores.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.