Nasceu uma mãe

Nasceu uma mãe

Última atualização: 06 dezembro, 2016

Chegou o momento tão esperado. O momento dessa mulher poderosa, desse vínculo eterno, dessa grande cumplicidade. Nasceu uma mãe e com ela a vontade de acumular amor, motivos e experiências.

Assim que chegar em casa com seu bebê você terá pela frente um monte de tarefas básicas que requerem habilidade maternal para realizá-las. Este será o seu primeiro contato com sua nova responsabilidade que significará em grande parte o nascimento psicológico da sua nova identidade.

Assim, quando você começar a responder à essas novas tarefas será possível dizer que nasceu a mãe que há em você. Mas o que isso tem a ver? São tantas coisas que provavelmente você fica louca pensando por onde começar. Em primeiro lugar, obviamente, você precisa manter seu bebê vivo e a salvo… Isso parece muito simples, mas irá despertar muitos medos que você vai precisar trabalhar.

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Nossos primeiros dias como mãe

Cuidar para que os acontecimentos transcorram normalmente representa um dos sentimentos mais naturais e primitivos das mães. De repente, a consciência de que essa pequena vida depende de nós desperta com grande doçura. Também tomamos consciência de que seremos responsáveis por conduzir nosso bebê em seu percurso.

Como é natural, a partir dessa preocupação tão básica nascem muitas outras que inundarão nossos dias. Por isso, nos instantes em que nasce uma mãe também nasce uma mulher que, com seus medos, seus cansaços e suas ações cotidianas, cuida do seu bebê acima de tudo.

Assim, a categoria de mãe se une à de guardiã, amiga, advogada, cúmplice e protetora. É nesse momento tão intenso que nos damos conta de que aquilo em que nos transformamos é algo muito pessoal.

De fato, costuma ser um sentimento que aparece em nossa consciência subitamente, em qualquer lugar e em qualquer momento (essa conexão pode acontecer no hospital, em casa ou uma semana depois do nascimento do bebê enquanto passeamos na rua).

O desejo irrefreável de cuidar do nosso bebê

Esse impactante sentimento de conexão com nossa mãe cuidadora interior pode aparecer enquanto pegamos nosso bebê no colo e sentimos como ele é pequeno e vulnerável. Ou enquanto  o amamentamos, ou ainda quando o observamos enquanto dorme.

“Nesse momento sentimos que nosso mundo e nossa vida mudaram completamente e que, desde então, nosso coração estará fora do nosso corpo para sempre…”

Ao mesmo tempo em que nascemos como mãe muitas preocupações surgem. Por exemplo, uma preocupação universal é a de que nosso bebê respire corretamente.

Ainda que brinquemos com isso, o impulso que nos leva a comprovar que nosso filho está bem é forte e poderoso. De fato, se o ignorarmos, esse sentimento pode levar a uma grande crise de ansiedade.

Do mesmo modo, vamos ter medo de que nosso bebê esteja mal por não receber a atenção de que precisa. Essas preocupações, felizmente, diminuem com o tempo, mesmo que não desapareçam por completo.

É simples. A mãe de uma criança de dois anos estará preocupada com as tomadas, enquanto a mãe de um pré-adolescente estará aflita por causa de sequestros e dos acidentes de trânsito.

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Fazer com que o bebê cresça e se desenvolva

Mãe e filho se desenvolvem juntos e, com o passar do tempo, as tarefas mudam. Assim, um segundo grupo de preocupações está direcionado ao objetivo de fazer com que o bebê cresça e se desenvolva.

“Nesse sentido, não devemos nos preocupar caso a decisão de dar o peito ou a mamadeira ao bebê se transforme em momentos sobrecarregados de emoção.”

Do mesmo modo, ficaremos com dúvidas sobre algumas coisas, como, por exemplo, se o nosso filho já está grande ou, pelo contrário, ainda é muito pequeno. Se ele explora ou não, ou em que fase do desenvolvimento está, etc…

Assim, o que para outras pessoas pode ser simples, para nós representa um debate interno que costuma estar cheio de reprovações sobre nossas atitudes como mãe.

Por isso, quando nascemos como mães, nascem conosco milhares de inseguranças, incertezas e preocupações extras. Algo que às vezes é complicado de lidar, mas que com o tempo conseguimos administrar perfeitamente.

Foi dessa maneira que nossas mães viveram, é dessa maneira que criamos crianças preciosas e será dessa maneira que as futuras mães continuarão cuidando de seus rebentos. As dúvidas e os medos, inclusive, têm sentido quando falamos de maternidade…


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