O que é o diagnóstico genético pré-implantação?

O diagnóstico genético pré-implantação pode ajudar a determinar rapidamente quais embriões possuem o número correto de cromossomos. Conheça mais sobre esse método no artigo a seguir.
O que é o diagnóstico genético pré-implantação?

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 03 julho, 2020

O diagnóstico genético pré-implantação (DGPI) é um dos mais novos métodos de diagnóstico a serem utilizados no embrião antes da sua implantação no útero. Através dessa avaliação, é possível determinar o estado de cada um dos embriões concebidos e permitir que apenas os saudáveis ​​sejam transferidos para o útero.

É possível distinguir três tipos de DGPI: O DGPI direcionado – responsável por determinar os embriões livres de qualquer doença genética que afete um único gene -, o DGPI que analisa a existência de doenças genéticas que afetam um ou mais cromossomos e o DGPI para o estudo de aneuploidias.

Como é feito o diagnóstico genético pré-implantação?

De acordo com a Revista Genética Médica, o primeiro DGPI foi feito nos anos noventa, mas foi usado apenas para determinar doenças ligadas ao cromossomo X.

No entanto, os avanços tecnológicos, tais como a amplificação do DNA e as melhorias nas técnicas de cultura de embriões, permitiram diagnósticos mais precisos. Mas como eles são feitos?

  • Fertilização in vitro para a obtenção dos embriões.
  • Biópsia embrionária: é feita entre 72 e 76 horas após a recuperação dos óvulos, quando o embrião está em um estado de 6-8 células. Para sua realização, uma célula do embrião é extraída, sem comprometer o seu desenvolvimento normal. Após a biópsia, o embrião é devolvido à incubadora do laboratório, onde será mantido em cultura in vitro sob as condições ambientais apropriadas.
  • Análise genética: a célula obtida durante a biópsia é preparada para análise e estudo genético.
  • Transferência embrionária: após o recebimento da análise genética, ela é transmitida à equipe de reprodução assistida através de um relatório detalhado e é determinado quais embriões serão transferidos com base na dotação cromossômica e nas características morfológicas de viabilidade embrionária.

“No momento da biópsia, a extração de uma célula não afeta o desenvolvimento normal das outras células do embrião.”

diagnóstico genético pré-implantação

Vantagens do diagnóstico genético pré-implantação 

O diagnóstico genético pré-implantação tem várias vantagens. Entre as mais importantes, descobrimos que, através de sua implementação, é possível evitar a transmissão de uma doença genética. Outros benefícios são:

  • Evitar a transferência de embriões que não se implantam: com a realização desse diagnóstico, é possível determinar a existência de alterações cromossômicas, as quais costumam impedir que o embrião se desenvolva adequadamente ou se implante no útero da mãe.
  • Diminuição do tempo de concepção da gravidez: através do DGPI, é possível determinar quais embriões são saudáveis ​​e em quais ocorrerá uma gravidez evolutiva, evitando, assim, a transferência de embriões que poderiam não ser saudáveis.
  • Melhora na seleção de embriões: ao aplicar o diagnóstico, será possível selecionar os embriões cromossomicamente normais.
  • Custo mais baixo: pode parecer que esse diagnóstico poderia gerar despesas mais altas, mas, ao conhecer a natureza de cada embrião, será evitado o congelamento e a manutenção de embriões que poderiam parecer saudáveis, mas que não são saudáveis geneticamente.
  • Redução da incerteza: é garantido que o embrião é saudável e também é reduzida a probabilidade de risco de aborto.

Quais tipos de DGPI podem ser feitos?

Nos diferentes centros de ginecologia, obstetrícia e reprodução assistida do mundo todo, podem ser feitos três tipos de DGPI. No entanto, eles devem ser realizados apenas em um desses casos:

DGPI para o estudo de aneuploidias

Geralmente, esse tipo de exame nos embriões é feito em caso de infertilidade. A princípio, é estudado o número de cromossomos que o embrião possui. Posteriormente, os embriões com o número correto de cromossomos são selecionados. Geralmente, isso é usado quando:

diagnóstico genético pré-implantação

DGPI para o estudo de doenças hereditárias

É feito quando um dos parceiros é portador de uma doença hereditáriaAlgumas das mais comuns podem ser, por exemplo, a fibrose cística e a distrofia muscular, entre outras.

DGPI para o estudo de anomalias cromossômicas

Esse exame é feito quando um dos parceiros é portador de uma anomalia cromossômica no cariótipo. Nessa análise, determina-se quais embriões são saudáveis ​​e têm o número correto de cromossomos.

Antes de fazer qualquer exame ou teste, é essencial se informar e marcar uma consulta diretamente com um especialista. Os profissionais poderão informar os casais corretamente para que eles possam ter as melhores opções.


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  • Lledó, Belén. (2017). Ventajas e inconvenientes del Diagnóstico Genético Preimplantacional. Grupo Instituto Bernabeu.
  • Sebastián, Irene. (2017). Diagnóstico Genético Preimplantacional: ¿Qué es? ¿Para qué sirve? El Blog de divulgación de Revista Genética Médica.

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