Ensine as crianças a não renunciar os seus princípios

Durante a infância e a adolescência, a necessidade de aprovação pode levar os jovens a tomarem decisões das quais logo se arrependerão. Devemos, portanto, ensiná-los a serem fiéis aos seus princípios.
Ensine as crianças a não renunciar os seus princípios
Elena Sanz Martín

Escrito e verificado por a psicóloga Elena Sanz Martín.

Última atualização: 27 dezembro, 2022

A vida em sociedade tem implícita a necessidade de pertencimento e o desejo da aprovação alheia. Isso é algo natural e todos nós, em maior ou menor grau, nos adaptamos aos demais para podermos estabelecer vínculos. No entanto, temos que ensinar desde muito cedo as nossas crianças a não renunciar os seus princípios, pois nenhuma relação saudável vai fazer com que você se separe da sua própria essência.

Todos sabemos que a adolescência é a etapa dos amigos por excelência. O grupo de iguais passa a constituir uma parte muito importante da identidade dos jovens. Entretanto, já na infância, torna-se notável a pressão por se encaixar e ser aceito. Por isso, não devemos adiar a conversa sobre a importância de sempre ser você mesmo.

Não renunciar os seus princípios é se manter fiel a si mesmo

Os nossos princípios formam o nosso ser essencial e definem as nossas atitudes e os nossos desejos, o que esperamos dar e receber. Esses preceitos nos guiam no caminho da vida e servem de bússola na hora de tomar decisões. Ainda que existam alguns princípios universais, cada pessoa os adota em maior ou menor grau, e isso faz com que ela seja quem ela é.

Ensine os seus filhos a não renunciar os seus princípios

Como pais, nos esforçamos para inculcar nos nossos filhos certos valores, para ajudá-los a entender a diferença entre o bem e o mal. Além disso, tentamos dar para eles exemplos e ferramentas para que se transformem em pessoas no mais amplo sentido da palavra.

Sem dúvida, o ambiente familiar assenta as bases da educação sobre valores para uma criança. Contudo, em várias ocasiões a vida vai colocá-los à prova, fazendo estremecer qualquer princípio moral que não esteja bem arraigado no pequeno.

O desejo de ser aceito pelos seus colegas e a necessidade de fazer parte de um grupo podem levar as crianças e os adolescentes a tomarem decisões das quais posteriormente vão se arrepender. Por isso, devemos explicar para eles a enorme importância que há em não trair a si mesmo para ganhar o afeto de outra pessoa.

Ensine as crianças a não renunciar os seus princípios

Respeito por si mesmo

O respeito por si mesmo é absolutamente fundamental para que uma criança (e também um adulto) possa ser feliz. Ajudar uma criança a saber escutar os seus próprios desejos e compreender as suas emoções vai facilitar a vida dela em muitos aspectos.

Mas, além disso, devemos explicar que colocar você mesmo em primeiro lugar não é uma atitude egoísta, é o ato de amor mais importante de todos, o amor próprio.

Devemos forjar nelas uma autoestima tão saudável ao ponto de que não duvidem quando alguém exigir que elas abram mão do autorrespeito. Uma pessoa que nos humilhe, nos use ou nos deprecie não merece a nossa amizade. Certamente isso é algo que as crianças têm que ter nitidamente claro.

Respeito pelos demais

Muitas vezes, as crianças e os jovens podem se deparar com situações nas quais elas terão que tomar partido da vítima ou do valentão. Talvez, por exemplo, o seu grupo de amigos esteja criticando, agredindo ou extorquindo outro colega, e esteja também pressionando seu filho para que ele vá pelo mesmo caminho.

Ensine os seus filhos a não renunciar os seus princípios

O medo de ser rejeitado pode levá-lo a participar da dinâmica agressora, por isso é tão necessário que os valores estejam bem arraigados. Uma criança educada na bondade, na tolerância, na solidariedade e na empatia estará mais inclinada a se negar a realizar esse tipo de comportamento. Ela vai compreender que isso não é algo aceitável, não apenas pelo dano causado a um terceiro, mas também porque os seus atos vão defini-la como pessoa.

Honestidade

Desde o início da pré-adolescência, é comum que os jovens comecem a contar pequenas mentiras ou a omitir partes da verdade para seus pais. Algo que pode formar parte do processo natural de formação da identidade pode ir longe demais se o valor da honestidade não for bem trabalhado.

Temos que tentar transmitir aos nossos filhos que a honestidade é o caminho corajoso. Pode parecer que mentir vai nos poupar de problemas em certas ocasiões, mas, a longo prazo, isso só piora a situação e nos transforma em pessoas desonestas.

Esses são apenas alguns exemplos, mas cada pessoa forja a sua personalidade com os princípios que acredita serem importantes. Como pais, devemos guiar as crianças na escolha daqueles valores que vão guiar o seu crescimento. Trabalhe com os seus filhos a integração daqueles princípios que você considerar necessários. Assim, você formará um ser humano maravilhoso.


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