Ensine seu filho a não seguir estereótipos

Sentir admiração por alguém não é ruim. O inusitado acontece quando nossos filhos querem imitar outra pessoa, famosa ou simplesmente popular, para ser aceito por seu grupo de amigos.
Ensine seu filho a não seguir estereótipos

Última atualização: 12 julho, 2018

Neste artigo, vamos falar sobre como ensinar seu filho as vantagens de ser autêntico e a não seguir estereótipos. 

São muitos os conceitos de estereótipos. Mas para se ter uma ideia clara a respeito partiremos da definição que o dicionário Michaelis possui: uma “imagem, ideia que categoriza alguém ou algo com base apenas em falsas generalizações, expectativas e hábitos de julgamento”.

Ou seja, ninguém pode mudar esse “exemplo a seguir” que é idealizado por um grupo de pessoas. Porque, do contrário, seria visto como alguém que não se adapta.

Mas o que acontece quando seguir esses estereótipos se torna uma obrigação para socializar? Não é segredo para ninguém que chega um momento na vida das crianças em que elas procuram agir de determinada maneira para agradar aos outros, aos colegas de escola, da vizinhança ou do clube. 

E essa disposição por adotar uma nova forma de ser pode se agravar durante a adolescência. É na adolescência que nossos filhos sentem uma pressão verdadeira pelo seu grupo de amigos.

Nesses anos de suas vidas, eles se verão tentados a aceitar como própria uma maneira particular de falar, de se vestir e de agir porque essas qualidades irão ajudá-los a serem aceitos pela maioria.

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A estabilidade emocional associada à ideia de popularidade

Nossos filhos irão investir toda a sua energia para se tornar parte de um grupo que é conhecido como popular. Caso não consiga, a rejeição desses colegas pode desencadear uma forte depressão e complexos.

Então, o que nós, pais, podemos fazer para proteger as crianças das prisões sociais típicas de suas idades? São muitas as ações que podemos tomar como mães para reduzir o impacto de uma rejeição a nossos filhos. Desde nos aproximarmos de seu grupo de amigos para conhecer seus interesses até enclausurar nossos filhos dentro de casa para tentar protegê-los.

É muito provável que exageremos nas medidas que aplicaremos para mantê-los a salvo. Mas devemos evitar o risco de reforçar suas fraquezas e complexos. Por isso, o recomendável é criar crianças com autoestima à prova de pressões. 

Mas, como conseguir que nossos filhos sejam emocionalmente fortes e desenvolvam amor próprio? Esse objetivo não se consegue da noite para o dia. Por essa razão é que desde pequenos devemos ensiná-los que eles são livres e que merecem respeito. 

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Atenção em casa

No entanto, muitas vezes somos nós, os pais, que ocasionamos alguns complexos em nossos filhos, ao tratá-los de acordo com os estereótipos de gênero com os quais nós fomos criados. E é possível que nos pareça inofensivo dizer a nossa filha de cinco anos que não se deve brincar com carrinhos, porque isso é coisa de menino.

Ou talvez chamar a atenção do nosso filho, porque os meninos não choram. Mas a verdade é que essas ações são a ponta do iceberg do desenvolvimento de complexos que irão evitar que nossos filhos tenham medo de mostrar sua identidade, e no futuro pareça normal ser obrigados a seguir estereótipos.

Se você cria filhos que conhecem as noções de liberdade e individualismo, será difícil que se deixem levar por pressões sociais

Como ensinar nossos filhos a não seguir estereótipos é uma tarefa progressiva, a seguir vamos dar alguns conselhos para aplicar desde a infância até a adolescência.

Conselhos para ensinar nossos filhos a não seguir estereótipos

  • Respeite seus gostos e não tente obrigá-lo a se vestir de determinada maneira. Lembre-se que toda roupa que seu filho possui foi comprada pelo pai e pela mãe. Dessa forma, é necessário ser flexível quando seu pequeno de cinco anos lhe disser que não quer usar tal camisa.
  • Suas ações podem gerar a inibição do seu filho para agir como ele é. Dê confiança à sua menina para subir em uma árvore sem sentir que ela será julgada, e a seu filho de usar uma camisa rosa sem que isso signifique nada de mais. Permita que se sintam livres e amados.
  • Estabelecer limites. É verdade que é importante ensinar nossos filhos a seguir normas e a estabelecer limites que eles poderão ir superando de acordo com sua idade. No entanto, você deve permitir que sejam geradas discussões a respeito do que está certo ou não.
  • Comunicação, o fator de sucesso. Quando chega a adolescência, é primordial conversar com seu filho sobre a importância de não se anular como indivíduo ao seguir estereótipos.
  • Explique a ele que todos somos diferentes. Essas diferenças são enriquecedoras e nos permitem aprender com os outros. Ajude-o a identificar quando alguém quer impor alguma ideia sobre como ele deve agir ou se vestir.

Se chega o momento em que ele sofre algum tipo de rejeição por não se ligar à maioria, lembre-o que ele está em seu direito de decidir se deve se afastar das pessoas que o ferem ou continuar lutando para defender seu ponto de vista.

Seu filho deve ser capaz de entender que seguir os estereótipos pode ser positivo se isso nos ajuda a nos superar pessoal ou profissionalmente. Mas quando os estereótipos tentam anular o que somos, deve-se desestimulá-los.


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